Qenbet semanal

142 14 0
                                    

No Ueju no Shinden, Akhenaden, o sumo sacerdote reconhece o homem cujo manto o cobria como sendo Geberuku, o guardião das masmorras do Faraó e que era fiel a Akhenaden, não escondendo o fato de que o preferia como Faraó em vez de Atemu.

Afinal, o Hem-netjr havia conquistado a sua lealdade ao falar que quando fosse Faraó, além de aumentar o valor que recebia, aumentaria o seu status, juntamente com o fato de dar vários brinquedos para ele torturar e que poderia fazer o que desejasse com qualquer prisioneiro, trazendo imensa satisfação para o guardião das masmorras e consequentemente, conseguindo outros fieis a ele, consistindo de alguns guardas que amavam torturar e que se ressentiam, assim como o superior deles com as limitações que o Faraó impôs no trato dos prisioneiros, deixando demasiadamente restritos aqueles que podiam ser torturados. As torturas somente podiam ser reservadas aos piores criminosos, após a comprovação da sua culpa.

- Imagino que tenha notícias.

- Sim. Nós temos ambos os planos do senhor em plena ação.

- Ótimo. Não devemos nos ater a apenas um. Precisamos ter sempre um segundo. Afinal, conheço a capacidade dos outros Hem-netjr e do bastardo do meu sobrinho.

- O colar da Hemt-netjr Isis é o nosso maior problema.

- Estou pesquisando uma forma de contornar o poder desse item. Encontrei algumas informações adicionais no livro que usei para criar os itens. Eu encontrei uma sessão que fala sobre esse poder, em específico. Ainda preciso terminar de decifrar a página, mas, acredito que irei encontrar o que eu almejo.

- Mal vejo a hora dele cair, para que o senhor assuma o seu lugar de direito. – Geberuku fala respeitosamente.

- Eu também. O meu sobrinho é inadequado para ser o Per'a'ah (Faraó). Ele é como o imbecil do meu irmão. Kemet precisa de um per aa a altura do grandioso império e somente eu poderei trazer a verdadeira glória. Irei conquistar os outros reinos e intensificar o poder que possuímos. Todos terão que se submeter a nossa superioridade! – ele exclama com fervor, para depois gargalhar, com o guardião das masmorras sorrindo, enquanto se deleitava com as visões de torturas indescritíveis.

Algumas horas depois, era realizado o Qenbet que consistia de um tribunal onde era realizada a resolução de disputas e tomada de decisões políticas, além do julgamento de casos de roubo, crimes violentos e disputas de propriedade.

Havia aqueles realizados em cada cidade, sendo julgado por juízes e o semanal em Men-nefer (Mênfis), capital do império, cujo juiz era o Faraó e ao contrário dos outros realizados por juízes, este não cabia recurso.

Afinal, como era filho dos Deuses e agia com justiça divina, a sua decisão era final e igualmente incontestável.

Na Câmara de audiência pública onde estava sendo realizado o Qenbet semanal, Atemu estava em seu trono ouvindo as pessoas que haviam ido até a capital para terem uma audiência com o Faraó.

Ao lado do governante de todo o Kemet, se encontrava Shimon, Grã Vizir e Conselheiro real, juntamente com o Escriba real que segurava um papiro e caneta de cana, juntamente do seu servo que segurava outros papiros, enquanto que outro tinha o recipiente contendo a tinta preta usada na escrita.

Ademais, os membros do Rokkushinkan se encontravam no recinto também, além de ter juízes assistindo, assim como o chefe dos exércitos e mensageiros, sendo este último utilizado para eventuais envios de mensagens que surgissem durante as audiências.

Yuugi estava sentado em uma almofada macia ao lado do trono, sendo que o governante disse que poderia sentar da forma que apreciasse e que se desejasse falar, teria que esperar autorização quando estivessem em público e que não deveria olhá-lo nos olhos, com o jovem seguindo restritamente essa regra e as outras que foram passadas para ele.

Dois corações e um destinoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon