Jounouchi e Nuru

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Então, o loiro se concentra e faz surgir o seu Ka que criou com os seus poderes, deixando-a estarrecida.

Era um guerreiro moreno com uma armadura de metal e uma espada imponente que repousava em suas costas, sendo que usava uma capa rasgada nas pontas, assim como, usava uma espécie de elmo, além de manoplas e tornozereiras de metal.

Ele a prende entre os seus braços, com o loiro falando:

- É o meu Ka, Girufoudo Za Raitoningu (Gilford the Lightning). Eu o criei. Portanto, posso controlá-lo. Apenas quero evitar que você faça algo que irá repercutir em algo ruim para você, como inocentes sendo feridos durante a sua fuga, por exemplo, além de outros problemas que podem levá-la a presença do Faraó. Além disso...

Ela sente um forte medo tomá-la, conforme ele se aproximava dela, pois, apesar de saber como invocar a sua dragoa, o homem a sua frente também tinha um ser dentro dele e que o mesmo, a retinha em seus braços ao contrário das outras vezes que eram apenas homens sem seres poderosos os protegendo.

O loiro leva as suas mãos ao pescoço dela e tira a coleira, deixando-a estupefata, assim como o mercador e os outros, sendo que ocorre um murmúrio generalizado, pois ver alguém controlando perfeitamente um Ka, sem ser um portador de Sennen Aitemu era algo inacreditável e mais incrível ainda era a pessoa manter o Ka consigo, uma vez que todos os Ka eram selados pelos shinkan e os únicos que podiam ter um Ka consigo, desde que o controlassem, eram os que foram autorizados, pessoalmente, pelo próprio Faraó.

Então, Jounouchi fornece o nome da mansão onde vivia, deixando todos estupefatos, pois, o reconhecem como sendo filho de um Grão Vizir, tornando-o um, também, sendo que os Grãos Vizires eram as pessoas mais próximas ao Faraó.

A jovem ergue o rosto e fica surpresa ao reconhecer quem a comprou em virtude do fato de tê-lo avistado a distância, brincando com outros nobres, quando o seu pai levava produtos ao palácio, sendo que se lembrava dele pelo fato de ser exótico para os padrões egípcios, assim como os amigos nobres que brincavam com ele, com exceção de um que tinha a pele bronzeada como os egípcios.

Ademais, ao olhar para o homem a sua frente, sentiu o seu coração falhar uma batida, além de corar intensamente, sentindo que as suas pernas eram tomadas por uma fraqueza momentânea, com o rubi dos seus olhos se encontrando com os olhos cor de mel de Jounouchi, com ela percebendo que eles exalavam gentileza e bondade. Por algum motivo, incompreensível para a bronzeada, ela sentia que podia confiar nele, sendo que agora, mais calma, percebia que se tivesse invocado a dragoa dentro dela, iria provocar grande destruição e a punição seria a morte.

De fato, ela traria graves consequências, para si mesma, somando-se ao fato de estar próxima do palácio, sendo plenamente ciente de que a sua dragoa não poderia enfrentar o Rokushinkan do Faraó e o mesmo, que poderiam chegar rapidamente ao local.

Claro que se ela tivesse que enfrentar uma vida como escrava sexual preferia a morte e preferencialmente, levando o seu dono e o máximo que conseguisse junto dela.

Afinal, a garota sentia que se extraíssem sua dragoa, ela morreria.

De fato, a jovem estava certa em sua suposição, pois a Reddoaizu Burakku Doragon (Dragoa negra de olhos vermelhos) em seu corpo era o seu Ka e Ba. Ela morreria, assim que a dragoa fosse extraída.

Ao olhar para o loiro, vendo que os olhos dele eram diferentes dos outros, sendo que era visível a sinceridade nos orbes cor de mel, a morena decide dar uma chance ao seu destino ao mesmo tempo em que o pensamento de se afastar dele, a fazia sentir um estranho vazio dentro dela, sendo algo que a confundia demasiadamente, pois, a liberdade era um desejo genuíno de qualquer escravo e não compreendia o motivo do pensamento dela longe dele, a deprimir daquela forma.

Dois corações e um destinoWhere stories live. Discover now