Capítulo 4

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Emma

Estou no aeroporto com minha mãe, como meu pai tinha falado não teve como ele comparecer aqui, falta poucos minutos para meu vôo, são 10 horas de vôo de Rio de Janeiro a Nova York, vai ser um tempo bem cansativo dentro do avião. Sinto um frio na barriga rezando para que o nervosismo diminua ao longo da viagem. Esses últimos dias foi uma preparação para hoje.

Eu sou fluente no inglês? Não, mas, fiz quatro anos de aula de espanhol inglês e francês e sempre que posso assisto filmes legandados, se eu não tiver aprendido nada durante esse tempo eu vou me sentir uma inútil.

Minha mãe  está sentada em um banco lendo uma revista e conversando sobre eu ter enxido minha bolsa de besteiras sendo que no avião tem comida.

- É só pra garantir que eu não vou passar fome por não chamar a aeromossa. - Reviro os olhos, eu tenho vergonha demais.

- Esse é o trabalho delas- Minha mãe fala sorrindo da minha cara de tímida.

- Se eu fosse uma dessas aeromossas não gostaria que ficassem me chamando toda hora. - Imagino a cena e começo a sorrir.

- Olha seu vôo já vai sair- Ela olha os passageiros entrando no avião.

- Então parece que tenho que ir mãe, te amo- olho nos olhos delas e dou um abraço em seguida, vou ficar com saudades.

- Eu te amo filha, não fale com estranhos hein, me liga todos os dias e não esqueça de dar notícias. - Caí uma lagrima solitária na beirada do olho da minha mãe.

- Ah mãe, vem aqui- dou um abraço- Tenho que ir, te amo. - dou as costas e saiu em direção ao avião, dou uma última olhada para trás e minha mãe ja estava indo embora.

Entro no avião parecendo uma agulha em um palheiro, me sinto como se tivesse em um show com várias pessoas me olhando. Não olho pra ninguém casso o meu assento e me sento pego meu celular coloco o fone e fecho os olhos.

Uma aeromossa anuncia, " Senhores passageiros, por favor mantenha os cintos de segurança afivelados durante todo o voo".

Sinto alguém me cutucando. Eu odeio isso. Abro meu olhos e olho para quem estava me incomodando, era um cara alto, magro com várias tatuagens no braço, loiro e com um sorriso muito bonito aliás, ele me dá um sorriso e pergunta se pode se sentar. É claro que pode meu lindo.

- Érr... Sim, pode se sentar- Olho para o celular tentando disfarçar a vergonha.

- Me chamo Gustavo Reis.- Me olha esperando eu falar meu nome.

- Emma... Emma Miller.- Dou um sorriso simpático, ele fala inglês comigo, já estou começando a praticar do avião.

- Seu sorriso é lindo- Ele fala olhando para minha boca, agora sim eu queria ser um avestruz e enfiar minha cabeça dentro de alguma coisa.

- Obrigada. - Falo tentando não parecer envergonhada.

Depois disso ficamos calados, um silêncio constrangedor, peguei meus fones e coloquei de novo. Estava escutando uma música do Ed Sheeram-Photograph e acabei dormindo. Acordei olhei no celular e ainda faltava 3 horas de vôo. Olho para o lado e o garoto estava dormindo. Ótimo.

O amigo do meu irmão Donde viven las historias. Descúbrelo ahora