32 Encomenda

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Isa

Fechei os olhos aproveitando a água quente sobre mim, o corpo de Nick me envolvendo, minha cabeça jogada para trás, apoiada em seu ombro. Suas mãos passeando por meu corpo ainda fervendo, após, mais uma vez, ele me deixar mais do que satisfeita.

Aquelas quatro palavras doidas para escaparem de mim. Mas eu sabia que ele me acharia ridícula, é claro que eu não o amava, era cedo demais... Mas depois de ter suas mãos, seu corpo e aquele... Nada minúsculo pau em mim, depois das nossas conversas, depois de como ele me tratara na festa... Como eu podia raciocinar? Eu já amava Nick, por mais bizarro que pudesse ser, eu já amava aquele cara... E de um jeito que eu nem sabia nomear. Não só pela foda, não só por ter sido, como ele prometeu, a melhor foda da minha vida, mas pelo medo de perdê-lo. O que parecia ridículo, já que ele parecia totalmente na minha, assim como eu na sua, mas aquele pé atrás estava ali, o tempo todo me atormentando quando se tratava dele.

Me desvencilhei de seus braços para encará-lo, e envolver sua nuca com os dedos - Vou preparar uma coisa especial pra gente comer.

Ele sorriu apertando minha bunda - Já tenho uma coisa especial aqui.

Sorri - Para Nickolas! - dei-lhe um tapa no peito - Preciso de um tempo para me recuperar de você. Além disso, a última coisa que comi foi aquele bolo, daqui a pouco desmaio aqui, e quero ver você explicar para a minha mãe.

Ele me deu aquele sorriso cafajeste de sempre e esfregou o local do meu tapa - Poxa Merdinha, esperava mais de você. Mas beleza, também tô cheio de fome.

Dei um beijinho nele e saí do banheiro para me vestir enquanto ele continuava seu banho. Meu corpo inteiro estava dolorido, cansado, mas também, imensamente feliz. Não dava para usar outra palavra para o que eu estava sentindo.

- Nick, vou indo na frente, quando terminar, me encontra lá na cozinha.

Ele não respondeu, mas esperava que tivesse ouvido. Depois daquela noite, eu precisava era de muito carboidrato!

*****

Nick

Continuei me esfregando, ouvi o que ela havia dito, mas meu raciocínio estava longe. Assim que ouvi a porta se fechar, voltei para o quarto enrolado na toalha e peguei meu celular debaixo da cama, liguei, esperando com impaciência o aparelho iniciar.

Aproveitei o tempo para vestir uma bermuda, e comecei a ouvir os sons de notificação. Havia um monte de mensagens e um vídeo curto.

Abri, e a cena era, Helena amarrada e amordaçada, deitada no chão, a blusa tinha marcas de sangue... "Tá aí tua encomenda Atroz, agora dá a fita. Aonde a gente desova?"

Senti meu peito ser esmagado, vi o vídeo de vinte segundos quatro vezes para conseguir raciocinar.
Não consegui responder, liguei para Jubi.

- E aí Nick? Como foi a noite com a preticinha? - minha raiva chegou na minha garganta ao lembrar dos dois na festa.

- Foi... Jubi... Você já traçou Isabella?

Ele riu - Porra Nick! Claro que não, caralho, meu tio comeria meu cu. E cê sabe que não curto negona...

Revirei os olhos, era um imbecil mesmo. - Tá, eu sei, mas precisava saber Jubi... Esquece... E a encomenda? Como tá?

Ele fez uma pausa - Esperando você dizer como vai ser. Mandei os caras que eram do Al cuidar disso pra gente, como você pediu.

- Aonde estão?

- Perto do rancho que cê indicou em Ibiúna. Mano, lugar pra desovar é o que não falta. Quer que eu mande resolver?

Atroz Where stories live. Discover now