6 Empregadinha gostosa

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Nick

Voltei para o quarto, abrindo os armários, constatando que havia roupas de cama, toalhas e a cozinha estava abastecida com utensílios também. Me sentei na cama estupidamente fofa olhando o ambiente em volta.

Aquela mulher tinha mesmo problemas, tinha acabado de levar o inimigo para dentro de casa. E tinha sido tão fácil que me assustava.

Me deitei, sentindo meu corpo sendo abraçado por aquela cama confortável. Coloquei os braços abaixo da cabeça olhando o teto. Mas a visão daquela bunda maravilhosamente esculpida da empregadinha, não saía de mim.

Resolvi tomar um banho, mas infelizmente, tive que vestir a mesma roupa suada do dia inteiro, ainda era cedo, e resolvi me sentar no degrau na porta do meu "quarto" olhando a vista daquela casa imensa, uma casa perfeita, e confortável, mais luxuosa do que eu imaginei que fosse, mas eu queria algo parecido para a Mi, para que ela pudesse ter mais do que tinha naquela casa minúscula. Queria o melhor para ela, e por isso, também estava ali. Os quase cem paus do último assalto não duraram quase nada, já estava no fim, e precisava de grana logo. Eu sabia que o plano ali podia demorar, mas Jubi cuidaria dela para mim, as finanças das nossas vendas iam bem, então conseguiria manter as contas por mais um ou dois meses em casa.

A noite estava calma e o vento frio que soprava vindo da piscina ajudava com o calor.

Vi a luz da cozinha se acender, mas mantive meus olhos no chão, para meus pés descalços. Só ergui a cabeça quando ela se aproximou.

— Aqui, Nickolas, são poucas, mas acho que vão te servir. — Helena estendeu as mãos segurando uma pequena pilha de roupas dobradas, passadas e cheirosas para mim.

Pisquei algumas vezes antes de estender a mão e pegar, sem olhar para ela. — Obrigado senhora Helena... Não precisava se incomodar.

— Não é incômodo algum Nickolas, precisa ter mudas de roupa, essas devem servir, eram para o bazar, mas nessa semana, peço ao motorista da minha filha para comprar o que precisar.

— Não... Não posso aceitar, eu...

Sua mão pousou em meu ombro, e outra vez aquela sensação estranha percorreu meu corpo. Será que ela sentia aquilo também? Será que minha cabeça estava me deixando retardado? Pela cara que ela fez enquanto me olhava, percebi que, se ela não sentia o mesmo, algo, ela com toda a certeza, sentia.

— Amanhã ficarei fora o dia todo, use o tempo para descansar, Dália ficará aqui, caso precise de algo, ou quiser saber o que pode fazer para ajudar.

Assenti. — Tudo bem, obrigado. Eu... Não sei como agradecer a senhora.

— Comece me chamando apenas de Helena. — sorriu ela — Essas formalidades são tão chatas. Durma bem, querido, vejo você amanhã à noite.

Sorri fracamente, e fiquei olhando ela se afastar. Respirei fundo, quase mergulhando o rosto naquelas roupas que exalavam perfume em minhas mãos.

Precisava parar de me deslumbrar. Fechei os olhos lembrando a mim mesmo que eu tinha decidido fazer aquilo por um motivo, e por aquele mesmo motivo, não deixei que nenhum dos outros tomasse meu lugar.

Entrei no quarto, guardando as roupas no armário espaçoso e vazio ao lado da cama, depois arranquei minhas roupas e me soltei de costas, fechando os olhos para tentar dormir.

****

Acordei com o som de um carro se afastando, a garagem não era nem perto de onde eu estava, mas meus ouvidos estavam sempre ligados em tudo, e meu sono era bem leve. Ela disse que iria sair, então era a minha oportunidade de olhar mais atentamente a casa.

Atroz Where stories live. Discover now