Mar para os noivos

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[...] Te amo John. [...]

John a deixou de pé no chão, tinha um sorriso do tamanho do mundo no rosto. A beijou como se sua vida dependesse disso:
- Você é louco John – Riu jogando a cabeça para trás.
- Por quê? Por pedir você em casamento?
- Por tudo
- Já estava mais do que na hora de eu fazer o pedido – Beijou sua bochecha.
- Há! Há! Há! Eu estou tremendo, isso parece ate um sonho e eu tenho medo de acordar e perceber que nada disso é real.
- Não é um sonho, eu garanto. Eu pedi você em casamento e você aceitou, logo será minha esposa – Empurrou para trás da orelha dela uma mecha do cabelo – Eu tenho mais uma surpresa para você.
- Mais uma? Duvido muito que irá superar essa.
- Acho que chega perto – Sorriu tomando a mão dela – Vamos – A conduziu para fora da casa. Abriu a porta do carro para ela entrar, depois foi para o seu lado e por fim saíram da propriedade.

John foi para um pouco mais longe da cidade, e para mais perto do mar, Natasha olhava as placas durante o caminho, e não entendia para onde eles iriam:
- Onde estamos indo? – Perguntou olhando para ele.
- Você já vai saber
John dobrou a última curva e um ancoradouro surgiu com diversos barcos de todos os tamanhos e estilos. Alguns eram pequenos e bastante comuns, outros eram iates luxuosos e irradiavam riqueza. Foi então que ela lembrou:
- Ah! Eu não acredito, nós vamos andar no seu barco? – Ficou de boca aberta.
- Há! Há! Sim, eu disse a você que depois do pedido eu a traria para conhecer meu barco
- Oh! Meu Deus, isso vai ser incrível – Ela estava saltitando no banco.
Ele parou em uma das vagas do estacionamento, e ela não o esperou para abrir sua porta, saltou do carro e o esperou do lado de fora. John não parava de rir, pegou seus óculos e colocou no rosto:
- Vamos apressadinha – Entrelaçou seus dedos aos dela.
- Qual deles é o seu? – Perguntou enquanto caminhavam pelo píer olhando para todos os barcos.
- O penúltimo ali – Apontou mostrando qual era.
- Tá de brincadeira. Ele é enorme.
- É um iate pequeno, mas eu tenho um veleiro... Esse bem aqui – Mostrou o veleiro que ficava do lado oposto ao iate – Minha ideia era ir com ele, mas o vento hoje não está forte e andar em um veleiro sem vento e só com a ajuda do motor não tem graça nenhuma. Por isso vamos com o outro.
- Meu Deus John, isso é...
- Muito rico? – Sorriu de canto.
- É
- Não ligue para isso. – Ele a conduziu ate a pequena rampa para subir no iate, e logo um homem que aparentava ter uns 40 ou 45 anos apareceu.
- Senhor Harris, que prazer em revê-lo – Estendeu a mão.
- Como vai Abe? – John apertou a mão dele – Esta é minha noiva Natasha Donovan.
A palavra noiva ainda era nova para ela, e ao escutar saindo da boca dele um arrepio de ansiedade percorreu todo o seu corpo. Tinha de admitir que adorava o som que fazia:
- É um prazer senhorita Donovan. – Segurou a mão dela dando um beijo sobre.
- O prazer é meu – Sorriu tímida.
- Então está tudo pronto? – John perguntou.
- Sim senhor, ela está pronta para zarpar. Eu já fiz todos os ajustes e verifiquei todos os controles, basta apenas conduzi-la.
- Ótimo. Muito obrigado Abe.
- Não a de que senhor Harris. Façam um bom passeio – Abe acenou com a cabeça e desceu a rampa saindo do iate.
- Ué! Mas se ele foi embora quem vai pilotar?
John sorriu seguindo para o interior do barco chegando a uma pequena escada que dava ao andar de cima. Natasha o seguiu:
- Eu vou.
- Você? – Entrou na cabine aberta.
- É claro, esse é o meu hobby preferido, velejar – Ele olhou para baixo na direção do caís e viu quando Abe terminou de desamarrar as cordas e joga-las para dentro do barco.
O motor rugiu na parte de trás e Natasha saltou olhando na direção. Ela observava John mexer em todo aquele painel com uma paciência e destreza que a deixaram desconcertada. Ela estaria completamente perdida no meio de todos aqueles botões. Lentamente John empurrava uma alavanca e o barco em velocidade reduzida se distanciava do cais, ele manobrava desviando de alguns barcos que estavam ancorados longe do cais. Natasha estava encantada.
Quando chegaram a parte aberta John empurrou mais a alavanca e o pequeno iate ganhou velocidade se afastando cada vez mais da terra firme.
Ao chegar a mar aberto John a chamou:
- Nat vem aqui – Estendeu a mão para ela.
- O que foi? – Ela segurou, e ele a puxou deixando-a na sua frente.
- Você vai pilotar. Segure o timão – Pegou as mãos dela e colocou sobre o timão do barco.
- Não John...
- Fique tranquila, é bem fácil, é como dirigir um carro
- Só que um carro tem rodas e é quatro vezes menor que isso aqui
- Há! Há! Você vai se sair bem – Ele apoiou o queixo sobre o ombro dela e apontou para frente – É só deixa-lo em linha reta, não há nada para atrapalhar você. – Continuou com suas mãos sobre as dela.
- Tá, tudo bem... Oh! Meu Deus... Isso é incrível
- Você está indo muito bem minha linda – Beijou sua bochecha.
- Até onde nós vamos?
- Hmmm logo chegaremos – Beijou seu ombro e esfregou as mãos em seus braços – Continue no curso, eu vou lá embaixo verificar uma coisa.
- O que? Como assim? Você vai me deixar sozinha aqui? Não, não, não.
- Você está ótima, vai ser rápido – Se afastou dela com um grande sorriso no rosto.
- Não John, e se eu passar do ponto?
- Eu sei exatamente para onde nós estamos indo e em quanto tempo chegaremos, não se preocupe. É rápido.
- John não... – Ela estava tensa – Arg! Eu odeio você.
- Há! Há! Há! Não blasfeme – Desceu a escada e sumiu.
Natasha estava nervosa, mas aos poucos ia se acostumando com a velocidade e o deslizar macio sobre a água, ate mesmo o vento batendo em seus cabelos a deixaram mais tranquila.
Uns vinte minutos depois John voltou para a cabine, e sorriu ao vê-la sentada e pilotando com tranquilidade:
- Vejo que já se familiarizou com a direção.
- Sim, de fato não é tão difícil assim
- Que bom que achou, agora me deixe assumir, nós já estamos chegando – Ela fez menção de se afastar, mas ele foi mais rápido prendendo seu corpo ao dela, colocando sua mão sobre as da mesma.
- Mas você disse que queria assumir.
- E estou assumindo, você não sabe para-lo sozinha, então estou assumindo o controle de vocês dois.
- Ah... – Ela balançou a cabeça sorrindo.

John não ancorou o barco perto da terra, pelo contrario, deixou bem distante.
- Você foi ótima, uma verdadeira capitã – Beijou seu rosto.
- Há! Há! Há! Com você me controlando como um joystick fica bem fácil mesmo – Sorriu virando de frente para ele.
- Eu tenho uma surpresinha pra você. Venha – Eles desceram a escada e Natasha foi surpreendida com uma mesa posta no deque. Um jantar romântico a luz de velas.
Ela olhou o horizonte e viu que o sol começava a se por. Não havia percebido que o tempo tinha passado tão rápido. Pôs as duas mãos sobre o peito e soltou a respiração que estava presa:
- Você preparou tudo isso?
- Sim, eu disse que passaríamos a noite no meu barco. Eu fiz tudo para você – A abraçou por trás.
- Obrigada minha vida – Tocou os braços dele – Eu não sei o que fiz para merecer você.
- Você piscou esses olhinhos azuis para mim e eu me ajoelhei aos seus pés.
- Você mesmo disse que eles têm o poder de enfeitiçar qualquer pessoa, você não podia resistir – Sorriu divertida.
- Eu nem tentei resistir. Me derrubou fácil
Natasha virou de frente passando os braços por trás da nuca dele, John segurou sua cintura mantendo-a colada em seu corpo. Eles começaram a se balançar de um lado para o outro lentamente dançando mesmo sem música, sendo levados pelo som da água batendo no casco do barco e o vento passando por eles:
- Você está feliz? – Ele perguntou olhando-a nos olhos.
- Se estou? Não precisava nem perguntar, estou mais do que feliz, sinto como se meu peito fosse explodir de tanta felicidade – Tocou o peito dele – Mas John, você tem certeza disso? Sobre o casamento? Digo, eu não quero que se sinta forçado a fazer isso, sabe que não precisa...
- Natasha eu nunca tive tanta certeza do que quero na minha vida como agora. Eu me arrependeria eternamente se não fizesse o pedido a você – Recostou sua testa a dela enquanto giravam vagarosamente – Você é tudo o que eu quero.
- Você é maravilhoso – Fechou os olhos.
- Não, eu só amo você
Ela abriu um sorriso e continuou de olhos fechados:
- Bobo – Ergue o rosto e recostou seus lábios sobre os dele beijando-o com doçura.

Eles passaram algumas horas jantando e conversando, aproveitando a companhia um do outro sem se importar com o tempo ou com outras pessoas, apenas eles dois e o mar a sua volta.
Eles desceram para a cabine que tomava uma boa parte do barco. John puxou Natasha para seus braços e a beijou com paixão, desabotoando sua própria blusa passando por seus braços e a jogando no chão. Nat sentiu todo o seu corpo se aquecer quase no mesmo segundo em que a tocou. Essa seria a primeira vez deles depois de quase dois meses, ela estava se sentindo nervosa, como se nunca tivessem feito isso, mas sabia que cada pedaço do seu corpo conhecia o toque de John e ate mesmo seus nervos sabiam como reagir a suas investidas, ela saberia o que fazer.
Ele segurou o rosto dela com uma mão e a outra seguiu para desfazer o laço do vestido dela e abri-lo para deslizar por seus braços. Pé ante pé ele a conduziu para a cama e a deitou com cuidado sem parar de beija-la:
- Por Deus como eu amo você – Ele sussurrou com devoção descendo seus beijos para o pescoço dela.
- Eu amo tanto você – Espalmou suas mãos sobre a costa dele.
Ele subiu e voltou a beija-la como nunca antes fez.

Continua...

Simply, I love youWhere stories live. Discover now