Meus dois mundos

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[...] tocou seus lábios aos dele iniciando um lento e profundo beijo. [...]

John e Natasha se afastaram de Cold Springs no iate, a pedido dele Phillip veio junto com Abe para levarem os carros de volta a Nova York. Então John tomou o controle da sua embarcação. Já não dava mais para ver a cidade. Natasha foi para a cabine trocar de roupa, colocar algo mais leve como um biquíni e um short. Eles navegaram por quase duas horas ate encontrar uma praia. Havia algumas casas de campo ao longe, pelo menos não seriam incomodados. Natasha foi ate a parte mais baixa do iate que era a popa e pulou na água. John se aproximou e esperou ela voltar à superfície:
- Então é isso? Você nem me esperou.
- Desculpe, mas a água parecia tão boa – O rio tinha o tom azul claro, e refletia com os raios de sol, de fato era muito convidativo pular nele. – Vem.
John tirou sua camisa ficando apenas de bermuda e pulou na água. Ele apareceu na sua frente balançando os cabelos tirando o excesso de água:
- Estou achando um pouco fria
- Claro que não, você que é mole – Ela brincou.
- Ah eu sou mole é. – Agarrou a cintura dela e a puxou de encontro com seu corpo. Natasha passou os braços ao redor do pescoço dele não conseguindo conter seu sorrisinho convencido.
- Não aguenta uma água gelada
- É porque estou acostumado com o fogo da minha esposa na cama
Natasha deu um tapinha no ombro dele e caiu na gargalhada:
- Tá bom – Deu um selinho nos lábios dele.
- Está gostando da nossa lua de mel?
- Amando cada minuto. Obrigada amor.
- Não me agradeça, você merecia uma lua de mel digna, e também sabe que eu faço qualquer coisa por você. – Devolveu o selinho – Para provar que estou falando a verdade eu tenho algo para contar a você.
- O que?
- Eu demiti a Olivia
Natasha se afastou ligeiramente de John para olhar em seus olhos e ter certeza de que não era uma brincadeira de mau gosto:
- Sério?
- Sim, demiti no mesmo dia em que aconteceu aquele incidente.
- Oh!... Eu nem sei o que dizer.
- Não queria que eu a demitisse?
- Claro que queria, mas também manda-la para o Japão estaria ótimo para mim. Eu não sentir remorso por isso me torna uma pessoa insensível?
John não respondeu apenas controlou a risada:
- Ah! Obrigada amor, esse é o melhor presente de casamento que você poderia ter me dado – Abraçou apertado.
- Nossa. Eu sabia que ia ficar feliz, mas não achei que seria tanto.
- John aquela mulher nunca ia nos deixar em paz enquanto viajasse todo mês para se encontrar com você.
- Eu realmente não entendo porque ela fez aquilo. Depois do nosso caso ela continuou indo a minha empresa todo o mês e nunca tocou no assunto, ou tentou algo, e eu ate agradeci por isso, não queria que voltasse a acontecer.
- Ela nunca tentou nada porque antes você era solteiro e não tinha nenhuma intenção de conhecer alguém. Ficar com você a hora que quisesse seria mais fácil, pois não havia impedimento.
- E então você apareceu – Cruzou seus braços na costa dela apertando-a.
- Sim, e ela viu que as chances dela estavam totalmente ameaçadas, por isso atacando você de forma direta ela pensou que conseguiria algo.
- Era tarde demais, pois uma linda bruxa de olhos azuis hipnóticos me enfeitiçou e acabou sendo a minha perdição.
- Unhum. E nem sob tortura eu tirarei esse feitiço.
- Pois bem – Olhou para os olhos dela e desceu para a boca, que em segundos já estava presa na sua. Ele desenho o contorno dos lábios dela com a ponta da língua e abriu espaço para o interior da sua boca. Natasha gemeu com o avanço dele e respondeu com a mesma intensidade, entregando-se ao momento.
John a puxou para o fundo sem soltar sua mão, passou seu braço em volta dela trazendo-a para perto e tomou seus lábios outra vez. Eles começaram a nadar por debaixo d'água e só emergiram quando ficaram sem ar.
Eles voltaram para o iate, vencidos pelo cansaço. Natasha pegou uma toalha e se secou enquanto caminhava para a proa do barco, onde se deitou em um dos colchões para pegar um pouco de sol.
Alguns minutos depois John apareceu sentando atrás dela:
- Eu suponho que não tenha passado o protetor solar
Ela cobriu os olhos da claridade com a mão quando ergueu a cabeça para olha-lo:
- Não, eu esqueci
- Sente, deixe eu passar em você, não quero que se queime
Natasha fez o que ele pediu. Levou as mãos ate à costa e desfez o nó do biquíni, não queria ficar com marca, e puxou seu cabelo para o lado. John pôs uma boa quantidade em suas mãos e começou a passar em toda a costa dela com uma delicadeza que parecia que estava manuseando algo frágil. Seguiu para os seus braços dando um beijo em cada mão após passar o protetor:
- Vire de frente para mim – Pediu. Nat virou ajeitando-se bem perto dele. Ela continuava segurando a parte da frente do biquíni – Solte, ate parece que nunca vi eles.
Natasha estreitou os olhos e sorriu, mas abaixou a peça exibindo seus seios. John novamente derramou protetor em suas mãos e tornou a passar pelo corpo dela, começando pelo rosto, passando pelo pescoço e descendo para os seios:
- Eu não quero que eles queimem
- Ah é? – Ergueu uma sobrancelha brincalhona.
- Sim, porque se eles queimarem eu não vou poder toca-los porque você sentirá dor, e nenhum dos dois ficará feliz com isso.
- É justo.
A mão dele desceu para a barriga dela e em seguida para as pernas:
- Pronto. Completamente protegida do sol – Sorriu orgulhoso.
- Obrigada. Você pode me ajudar? – Ela colocou a parte de cima do biquíni e pediu para que ele amarrasse.
- Tem certeza? Achei que não quisesse ficar com marca, eu não me importo que fique sem ele.
- Sei que não – Riu balançando a cabeça – Mas caso alguém passe por aqui em lanchas ou jet-skis você não vai querer que me vejam assim não é?
- É, pensando bem – Ele amarrou.
- Obrigada. Agora é a sua vez – Ela estendeu a mão pedindo o protetor. John entregou a ela – Deixa eu passar primeiro nesse rostinho lindo – Derramou uma boa quantidade na palma de sua mão e com o indicador da outra melou e passou no nariz dele.
- Há! Há! Há! Se isso fosse tinta você iria fazer uma arte no meu rosto
- Não me dê ideias – Respondeu com um sorriso enquanto passava agora nas bochechas dele.
Quando chegou ao tórax Natasha deslizava sua mão com lentidão e toda sua atenção estava voltada para aquela parte. Ela olhava para o seu físico com grande admiração, era como se estivesse avaliando uma raríssima obra de arte pintada por um dos grandes pintores famosos:
- Você tem um corpo muito bonito – Ela falou sem desviar seus olhos do motivo de sua atenção. – Eu o adoro.
- Fico feliz que goste. Me esforço para que ele continue agradando você, é o meu maior motivo.
Natasha ergueu a cabeça e encontrou os olhos dele:
- Eu amo o seu corpo, mas ele é só um complemento, eu amo muito mais o homem que há nele. E continuaria amando mesmo se fosse gordo e careca – Sorriu achando engraçado a careta dele.
- Ah careca não. – Tocou a cabeça como se estivesse protegendo seus cabelos.
- Há! Há! Há! Agora fiquei curiosa para saber como você ficaria sem todo esse cabelo.
- De jeito nenhum, eu não vou raspar minha cabeça
- Ei! Já ouviu aquela frase "é dos carecas que elas gostam" – Natasha começou a rir.
- É, mas seu eu raspar você não terá mais onde agarrar quando estiver gozando.
- Ahh – Natasha abriu a boca estupefata com o comentário dele e de imediato ficou vermelha. Bateu no braço dele – John... Eu não acredito que disse isso.
- E não é verdade?
- Não... – Ficou ainda mais corada – Em parte.
John explodiu em gargalhada e segurou o rosto dela com uma das mãos:
- Você está linda assim toda vermelha
- Não tem graça
- Tem sim – Aproximou seu rosto do dela e lhe deu um selinho. Quando sua crise de riso passou ele se aprofundou mais no beijo, tomando os lábios dela com fome, sugando-os para dentro da sua boca.
Natasha segurou o rosto dele enquanto relaxava cada vez mais com o avanço do seu beijo. John pediu passagem com a língua para a sua boca e ela cedeu de bom grado enroscando-se nele. Ela passou as pernas ao redor dele sentando em seu colo conforme o clima foi esquentando. Continuava com suas mãos no rosto dele, precisava de ar, mas não queria parar, então puxava em curtos intervalos, respondia os desejos da boca dele com a mesma intensidade.
As mãos de John passeavam pela costa dela indo para cima e para baixo sentindo sua pele quente. Subiu sua mão ate o rosto dela, encaixando entre a curva do polegar e o indicador abaixo da orelha, fazendo-a virar o rosto um pouco mais para o lado casando suas bocas com mais perfeição. Ela gemeu contra seus lábios sentindo a provocação desse intenso beijo tocando sua intimidade. Sorriu contra a boca dele adorando o fato de que ele a desejava tanto que se tornava impossível esconder tal evidencia:
- Eu preciso terminar de passar o protetor em você – Ele rosnou em resposta, não queria que acabasse ali, muito pelo contrário queria ir mais além, começando por tirar o biquíni dela – Grandão, não seja teimoso – Ela escutou o barulho do motor de um barco ao longe, e amaldiçoou a pessoa por ter um barco e resolver utiliza-lo naquele momento. Cessou o beijo com um longo e demorado selinho e então saiu de cima dele voltando a sentar em seus calcanhares – Vamos, vire, preciso passar em suas costas.
John olhou para o lado com cara de desgosto e resmungou algo que ela não entendeu, mas virou de costa:
- Eu não acredito que terei de tomar um banho frio para amenizar meu estado – Sentiu as mãos dela percorrem suas costas.
- Há! Há! Há! Pense em outra coisa.
- Tipo?
- Não sei, um lugar cheio de velhinhas querendo um garotão forte, ou talvez vários gays sedentos pelo seu corpo, estão presos em um quarto e você é o único hétero.
- Confesso que está ajudando – Disse um pouco horrorizado.
- Mas existe um que eu tenho certeza que funciona, é um santo remédio para baixar o tesão.
- Tenho ate medo de perguntar. Qual?
Ela passou as mãos em seus ombros e se inclinou para frente ficando perto do seu ouvido e disse:
- Pensar em seus pais transando
- Arrrg! Tá, já deu. A tática funcionou bastante, estou completamente vazio. Ele desceu no mesmo instante.
- Viu? Eu disse que ajudaria – Ela continuou seu trabalho enquanto ria com a cara de nojo de John com aquelas imagens passando por sua cabeça.
Depois que terminou John estava completamente protegido do sol, da cabeça aos pés, assim como ela. Ele ficou de pé e virou para ela:
- Está com fome?
- Um pouco
- Eu vou preparar um lanche para gente
- Ok – Ela levantou ficando de joelhos – Cadê o meu beijo de agradecimento por ter protegido você do sol?
- Oh Sim, claro, como eu pude me esquecer disso?! Sou um homem horrível – Brincou. Segurou a cintura dela com uma mão e a outra apalpou seu rosto e então seus lábios encontraram os dela, iniciando um beijo envolvente. De repente escutaram alguns assovios e alguns gritos de animação. Eles olharam para o lado e viram alguns jovens passando em uma pequena lancha perto deles.
- O amor é lindo – Um gritou.
- Com uma gata dessas ate eu queria me apaixonar – Outro falou. A lancha começou a desacelerar.
- E aí princesa não quer dar uma volta no meu barco? – O rapaz que estava pilotando perguntou, mas levou um tapa na cabeça da garota que estava atrás dele, provavelmente era sua namorada.
- Fala sério, presta atenção onde ela está, é um iate e você tem a porcaria de uma lancha, nem eu sairia com você se fosse ela. – A moça respondeu com raiva.
- Também não precisa esculachar – O piloto disse.
- Comparado a aquilo parece que a gente está em uma canoa. E já viu o cara que está com ela? É um tremendo de um gostoso.
Natasha olhou para o lado e começou a rir, já John não estava muito feliz com os elogios direcionados a sua mulher:
- Você é bem gostosa, por que a gente não se encontra mais tarde na praia hein? – O outro rapaz perguntou.
John deu um passo com a intenção de enfrenta-lo, mas Natasha segurou seus braços pedindo silenciosamente que se acalmasse. Ela olhou para o rapaz e respondeu:
- Obrigada, é muito gentil da sua parte me convidar, mas eu vou ter que recusar. Sou casada. – Apontou com a cabeça para John que estava com a cara de poucos amigos.
- Viu só idiota. Se falar mais alguma besteira é capaz do marido dela pular aqui e te afogar, e para falar a verdade eu adoraria ver isso. Vamos embora logo. Felicidades ao casal, e devo dizer que você é uma mulher de sorte – Falou apontando para John.
- Eu sei obrigada. Divirtam-se. – Eles aceleraram e logo a lancha se distanciou do iate. Natasha ainda estava sorrindo achando graça da situação, virou o rosto para ver se John ainda continuava bravo.
- Não devia ter respondido
- São só garotos, só queriam se divertir, não seja tão duro você já foi da idade deles e provavelmente fez algo assim.
Ele respirou fundo e olhou para ela. Um sorriso desenhou o canto dos seus lábios e meneou com a cabeça:
- Viu só. Vamos deixar isso para lá – Beijou seu peito.
- Ele chamou você de gostosa e comigo aqui.
- Fez bem para o meu ego – Ele entortou a boca em desgosto e ela começou a rir – Amor esqueça isso, são meninos, e para sua informação, eu não gosto de garotos, e sim de homens.
- Hmm. Bom saber disso.
- Quer saber, eu desisti de tomar sol, quero comer alguma coisa – Pos os pés no chão.
- Eu vou preparar o lanche – Ele se virou, mas Natasha segurou seu braço, e o mesmo voltou sua atenção a ela.
- Não é comida que eu quero comer, tenho fome de outra coisa – Falou toda manhosa deslizando suas mãos sobre o peito dele. No mesmo instante John se curvou pegando-a no colo levando direto para a cabine.
- Então é meu dever matar sua fome – Mostrou seu sorriso arranca calcinha. No mesmo momento Natasha sentiu seu corpo formigar. Aquilo ia ser muito bom.

Simply, I love youWhere stories live. Discover now