Diga as três palavras mágicas

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[...] recebeu varias chamadas de John que ignorou com satisfação. [...]

Sean sentado no sofá assoviou quando a viu resmungar algo e passar as mãos pelo cabelo:
- Uau! Quem deve ter medo de você? – Ele perguntou achando graça.
- Meu namorado, ou ex-namorado, eu não sei – Jogou os ombros para trás – Nós mal começamos e já estamos com problemas.
- Ah é, eu li em um site que você estava namorando um figurão.
- John. É o dono da revista Premium.
- Eu achei estranho quando li aquela nota, e vi várias fotos, você nunca gostou de ter sua vida exposta. Sempre evitou ate sair nas fotos da festa da agência.
- Pois é. Eu não tinha concordado, eu nem sabia pra falar a verdade, ele pediu para publicarem, um dia depois de ter me pedido em namoro, e ainda por cima brigamos por causa disso.
- Nossa! Isso não se parece em nada com você Nat – Batucou seu dedo no copo em sua mão – Você nunca foi de brigar com ninguém. Quando namorávamos dificilmente nos desentendíamos, o Raphael ate perguntava se éramos um casal de verdade, estávamos sempre de acordo com quase tudo.
- Verdade. – Sorriu balançando a cabeça – Nós tínhamos um relacionamento muito bom. Não era estressante nem sobrecarregado.
- É! Eu gostava muito estar com você... Tanto que acabamos voltando para o status de amizade e não nos demos conta.
- Há! Há! Sim. Queria que a relação com o John fosse assim, mas ela está me consumindo em certos momentos, eu não sei lidar com todas essas pessoas em volta dele, principalmente as ex. Eu sei lá.
- Quer falar sobre isso?
- Quer escutar?
- Nós temos a noite toda, e você é minha amiga – Segurou a mão dela.

John não esperou Phillip ir ate a festa busca-lo ia demorar mais, saiu às pressas da festa e pegou o primeiro taxi que passou. Pediu para o motorista pisar fundo. Pegou seu celular e tentou ligar novamente para Natasha, mas caiu direto na caixa postal, ele resmungou e tornou a ligar para Phil que atendeu no segundo toque:
- Senhor
- E então? Sabe onde ela está?
- Não senhor, tudo indica que saiu do hotel
- Saiu? Oh! Deus – Gemeu em frustração – Ela levou a mala?
- Não, ainda está aqui, mas levou algumas roupas
- Ela disse para onde ia?
- Disse que estava na casa de um amigo
- Um amigo? Ela conhece alguém nesse raio de cidade?
- Parece que sim. Eu não consegui rastreá-la, tirou o chip e desligou o telefone
- Merda – Rosnou.
- Senhor ela está bastante magoada
- Eu aposto que sim – Ele fechou os olhos recostando a cabeça no banco passando a mão sobre a testa – Eu já estou chegando.
- Esperarei na entrada
Dez minutos depois John chegou saindo do taxi apressado, mal atravessou as portas e Phil apareceu ao seu lado:
- Não conseguiu falar com ela?
- Não senhor, ainda continua desligado
- Droga – Eles entraram no elevador e subiram ate o último andar.
John abriu a porta como se por um milagre fosse encontra- La deitada dormindo tranquilamente e tudo não passaria de uma hora ruim, mas não foi isso o que aconteceu:
- Meu Deus. Eu preciso encontra- La – Passou as mãos no cabelo em exasperação.
- Não tem como, não adianta rodar uma cidade grande como essa batendo de porta em porta, seria perda de tempo.
- Esse é o único meio que tenho
- Deixa- a esfriar a cabeça, espere ate amanhã.
- Eu conheço a Natasha, ela deve estar me odiando agora, eu não posso deixar que isso aconteça, que nos atrapalhe
- Você devia ter contado a ela que iria a essa festa. Por que não a chamou?
- Eu sabia que ela estava cansada da viagem, ela não dorme em aviões, e estaria exausta quando voltasse da reunião, eu queria que ela descansasse. – Suspirou olhando para a cama bagunçada com sinais de que ela estivera deitada ali – É lógico que eu queria leva- La como minha acompanhante, mas ela estaria esgotada, achei que deixando ela aqui serio o melhor.
- Tivesse dado essa explicação a ela, você nem se quer ligou dizendo que havia chegado
- Ah! Eu sei, eu mal desci do avião e já estavam me ligando a respeito da festa, eu tive tempo apenas para trocar de roupa
- Mesmo assim rapaz, você devia te- La avisado, Natasha não teria se importado em ficar aqui esperando- o.
- Você falando assim soa como se eu tivesse agido como um egoísta
- Desculpe, mas foi isso o que passou pela minha cabeça
- Ah – Ele bufou sentando na cama.
- Ela estava furiosa quando liguei a ultima vez, tentei convence- La a me dizer onde estava e a voltar para o hotel, mas ela respondeu que você não precisava da companhia dela hoje, pois já tinha uma. – Phil sorriu lembrando a fúria com que ela disse isso. É com certeza, Natasha era diferente de todas as outras que estiveram com John.
- Oh! Por Deus, é claro que eu preciso dela. – Ergueu os braços na frente do corpo gesticulando sua resposta.
- Devia ter contado a ela sobre Olivia
- Não havia nada para contar, Olivia é apenas uma amiga – Falou com desgosto.
- Amiga agora, mas nem sempre foi assim – Cruzou os braços na frente do corpo apertando seus músculos.
- Sim, tem razão, mas ela não representa mais nada para mim – Ele levantou irritado – Natasha é minha namorada, é com ela com quem eu quero estar.
- Não foi desse jeito que ela interpretou quando assistiu a reportagem. E torça para ela não ver os sites de fofoca amanhã, isso só a fará querer embarcar no primeiro voo de volta a Nova York.
- O que? – O encarou com os olhos arregalados.
- Ah sim. Ela disse que voltaria amanhã e que não era para você interferir.
- Não, não, ela não vai voltar, não assim, não sem mim
- Olha rapaz, ela está chateada, com raiva se sentindo traída, eu vi a reportagem pela internet e dou razão a ela para estar assim. O modo como você e Olivia estavam conversando qualquer um suspeitaria de algo entre os dois... Então meu conselho é que dê esta noite para Natasha se acalmar, estar na casa de um amigo pode ajudar.
- Mas eu não a quero na casa de amigo nenhum, quero ela aqui – Socou a parede.
- Só deixe ela processar tudo isso, e tente descansar um pouco também – Phillip deu um passo atrás dando meia volta e saindo do quarto.
John tirou seu paletó e afrouxou o nó da gravata fixando seu olhar na mala aberta dela, desde que chegara não a vira nem mandara uma mensagem para saber como estava. Ele se sentiu um inútil por ter feito tudo sem dizer a ela. Prometeu a si mesmo que na manhã seguinte colocaria a cidade de cabeça para baixo, mas a encontraria.

Simply, I love youWhere stories live. Discover now