A ameaça é loira

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[...] deu meia volta indo para o seu quarto. [...]

Já estava dentro do carro e a caminho da instituição quando Natasha terminava de falar com seu pai:
- Sim, pai está tudo bem, não se preocupe com isso – Ela sorriu balançando a cabeça – Há! Há! Há! Pai eu já sou grandinha, sou dona do meu próprio nariz eu sei o que faço, nem se estresse com isso, vai só cansar – Ela riu da resposta dele – Certo! Nos vemos mais tarde, beijos – Desligou o celular e pôs dentro da bolsa.
- Então o lance entre você e o John é realmente sério?!
- Sim – Respondeu mostrando um sorriso que queria esconder, mas não pode – Ele me surpreendeu ontem quando pediu permissão para o meu pai na frente de todo mundo. Eu nunca achei que o John fosse esse tipo de cara.
- Os que vão ate o pai pedir permissão para namorar a filha dele?
- Sim
- Com o que você falou e o que eu pesquisei também pensei a mesma coisa
- Você pesquisou sobre ele? – Endireitou-se no banco para olhar para ele.
- É claro, que amigo seria eu se não averiguasse com quem minha melhor amiga está dormindo?! – Deu de ombros sempre com a atenção voltada para o transito.
- Há! Há! Há! Raphael eu não acredito, ou melhor, acredito sim, você já fez coisa pior. Lembra quando invadiu o banheiro feminino só para perguntar se a Ellie estava mesmo namorando o David? Isso logo depois que eu disse que achava ele bonito e veio conversar comigo.
- Estava na cara que ele queria ficar com você, e foi fácil saber disso, o grupo das fofoqueiras da sala me passaram a informação, prometi sentar na mesma mesa que elas na hora do almoço em troca. E o David estava apenas transando com a Ellie, nunca quis assumir nada.
- Então foi por isso que naquele dia você não quis sentar no lugar de sempre comigo – Bateu no ombro dele.
- Sim, eu era bastante popular e elas eram minhas admiradoras, então ofereci algo que eu poderia cumprir e não manchar minha reputação sem me submeter a sacrifícios.
- Ah é! Você era o gostosão do ensino médio, competia com o Alec pela beleza mais admirada.
- Não ajudou muito quando vocês começaram a namorar
- Há! Há! Há! Fazer o que? Ele era capitão do time de futebol e eu a garota nerd que não dava bola para isso.
- Esqueceu de dizer a nerd mais gata de todo o colégio, as meninas se mordiam porque você não fazia nada e mesmo assim todos os garotos caiam babando por você, Alec foi um deles.
- Não lembro assim
- Por que você é modesta – Ele virou para a direita – Mas eu era o cara sempre antenado em tudo, e perdi as contas de quantos desses caras vieram ate mim pedindo para que eu te apresentasse a eles e desse uma força.
- Você já me meteu em varias ciladas por isso.
- Nem todos eram perfeitos
- Só o Alec, naquele ano – Riu.
- Eu juro que fiquei morrendo de pena dele quando você terminou tudo, o cara tava amarradão na sua, nem as líderes de torcida conseguiram aguentar a fossa em que ele estava.
- Há! Há! Há! Eu sinto muito, mas ele era muito fútil, as nossas programações de encontros eram as mesmas coisas, boliche, sorvete, falar sobre ele, falar sobre o time, o quanto ele ganhou mais músculos, que nessa parte eu ate me interessava, mas o resto era vazio, ele não tinha papo, exceto quando estava com os amigos, aí sim era divertido conversar com ele e dizer que éramos namorados.
- É eu sei bem como é isso. Já participei de diversas dessas conversas na época – Ele parou embaixo do semáforo vermelho.
- Depois na faculdade veio o Sean, ele era muito legal, tinha um ótimo papo, era compreensível, adorava criar roteiros novos e diferentes para nossas saídas, na época eu julgava que ele era perfeito para mim, mas por incrível que pareça tudo caiu na rotina, com o passar do tempo começamos a fazer mais coisas que amigos fazem do que namorados, ate que um dia resolvemos apenas ser bons amigos, e ate hoje somos.
- E agora eu pergunto qual é a diferença entre esses dois e o John? – Acelerou quando sinal ficou verde.
- Ah bom com o John é tudo diferente, eu fiquei impressionada com ele no primeiro momento em que o vi. Ele é o oposto do Sean e do Alec, os dois eram previsíveis, mas o John não, todo dia é uma surpresa sobre o que ele vai fazer, o sentimento é mais intenso, ele sabe conversar e prender uma pessoa com qualquer assunto do mais interessante ao mais banal. Ele é grande, forte, sensível e romântico mesmo que não admita, me faz rir por qualquer coisa, eu adoro estar com ele e sinto sua falta, um grande vazio quando estamos longe um do outro, eu nunca senti nada parecido por alguém. Eu fico saltitante só de lembrar o rosto dele – Ela suspirou fazendo exatamente o que dissera, lembrar do rosto dele – Resumindo, é um relacionamento maduro.
- Nat você o ama? – Ele perguntou sério olhando para ela quando a rua onde estava passando não havia movimento nenhum.
- Sim, eu o amo... E hoje quase disso isso – Olhou para o lado.
- E por que não disse?
- Ele ainda não está pronto para ouvir. Preciso saber mais sobre o passado do John, entender melhor porque ele tem tanto medo de escutar essas palavras, de saber que é amado.
- Mas também precisa que ele diga isso a você, que a ama.
- Sim – Suspirou – Mas não quero assusta-lo, não quero que se afaste de mim, eu não suportaria isso, John é uma parte essencial da minha vida.
- É tô vendo como está completamente rendida por ele – Sorriu. Estacionou o carro.
- Sim, e não escondo isso – Ela tirou o cinto e abriu a porta do carro – Mas nós vamos marcar um almoço ou um jantar para vocês se conhecerem, assim quem sabe quando ele falar com você vai parar com o ciúme.
- Ele tem ciúme de mim? – Olhou para ela por cima do carro quando saiu.
- Sim, quase me empurrou para dentro do carro e me trouxe pessoalmente para não pegar carona com você – Riu pegando uma das caixas do banco de trás.
- Há! Há! Há! Essa eu queria ter visto
- Por isso eu quero que se conheçam
- É só marcar o dia – Pegou a outra caixa.
- Ótimo – De repente uma multidão de crianças veio correndo ate eles rindo e saltitando.
Quinze minutos depois que Natasha havia saído John foi para a sala de jantar comer alguma coisa, e enquanto mexia em seu tablet e comia um pedaço de panqueca o "ding" do elevador avisou que alguém estava chegando. Ele esticou o corpo e o pescoço para ver, mas daquele ângulo não dava para ver nada:
- John? – A voz de Sam ecoou.
Ele suspirou aliviado:
- Aqui na sala de jantar – Voltou a comer.
Sam logo apareceu girando as rodas da sua cadeira e ficando ao lado:
- Como você tá cara? – Ergueu uma das mãos, John bateu e apertou.
- Bem e você?
- Na mesma
- Quer tomar café?
- Aceito o sanduíche – Apontou com o queixo.
- Aqui – Pegou e entregou a ele. John teve que se esticar para o lado oposto deixando a vista metade da sua costa. Sam ficou de boa aberta quando viu o excesso de arranhões, não só naquela área, mas nos braços, e quando ele virou para entregar a comida seu peito também estava arranhado.
- Cara você andou brigando com leões?
- Hmm? – Seguiu o olhar dele, e logo riu virando-se para seu tablet – Tá mais para leoa.
- Caramba. O que você deu para essa garota? – Continuou olhando ainda surpreso.
- Uma dose de mim – Sorriu.
- Uma dose? Diria o frasco todo. Cara a última vez que eu fiquei arranhado desse jeito foi quando fui pegar o gato endiabrado da minha avó no meio da moita. – Ele puxou o braço de John – Cara olha só. Minha nossa essa mulher deve ser um furacão na cama.
- Nunca quis me gabar – Deu de ombros.
- Mas já fazendo isso – Largou o braço.
- Ela consegue me levar ao limite só com um beijo, me destrói na cama e ainda sim quando acaba eu tenho energia para mais uma vez
- Uau! Eu tô morrendo de inveja de você. Não quer me emprestar ela por um dia? Sabe coisa de amigo.
- Nunca – Falou divertido, mas ainda sim sério – Ela é o que tenho de mais precioso, se quer me atingir basta mexer com a Natasha.
- Não deixa seus inimigos saberem disso – Riu – Sério John veste uma blusa, tô começando a sentir ódio de você.
- Há! Há! Há! Fazer o que se minha garota tem um apetite voraz e unhas afiadas – Olhou para uma das cadeiras perto de Sam e havia deixado uma blusa lá – Pegue para mim, por favor.
Sam se movimentou para frente e esticando o braço pegou e entregou a ele. John vestiu e pegou o tablet mostrando para Sam a matéria sobre o namoro dele:
- É eu vi, um monte de gente me ligou perguntando sobre isso – Mordeu um pedaço do seu sanduíche.
- O que respondeu?
- Disse o que estava escrito aí, que estavam se conhecendo, que você estava apaixonado por ela e a pediu em namoro.
- Hunf – Suspirou apoiando seus antebraços sobre a mesa novamente – Por causa disso Nat ficou uma fera comigo e quase foi embora.
- Foi você que soltou essa nota?
- Pedi a Brenda para fazer isso, fingir ser uma repórter e falar sobre isso com alguém desse site
- Nossa John
- Ela disse que não queria que ninguém soubesse assim tão rápido, que detesta ter a vida exposta.
- Eu concordo com ela, você devia ter esperado um pouco mais, uma hora ou outra algum paparazzi ia fotografar vocês dois juntos, sabe bem como funciona. – Suspirou olhando-o – Mas também entendo seu lado, estava tão empolgado com esse relacionamento que não aguentou guardar tudo isso para si.
- Não mesmo – Sorriu.
- Engraçado, você não fez isso com a Lucy, a imprensa só soube de vocês dois na festa de aniversário da empresa que você a convidou, lembra?
- Sim, naquela época não tinha motivo para expor isso, mas com a Natasha eu não sei o que acontece, meus sentimentos comandam tudo.
- Eu já disse o que é isso
- Sabe hoje ela... – Ele foi interrompido quando o barulho do elevador soou novamente.
- John – Uma voz feminina irritada e conhecida, mas não bem vinda cortou a sala.
- É a Lucy? – O moreno perguntou.
- Não fale o nome do demônio porque ele sempre aparece – Sam ironizou, ele empurrou sua cadeira para trás e seguiu John ate a sala.
- O que quer Lucy? – Ele perguntou ríspido adentrando a sala.
- Quer me explicar o que diabos é isso? – Virou o celular para ele batendo o pé no chão se aproximando para mostrar a matéria da Star.
- É exatamente o que está escrito aí – Cruzou os braços mostrando um sorriso de deboche.
- Como é? Quando isso aconteceu? Como não fiquei sabendo?
- Aconteceu tem pouco tempo e não soube por que não é da sua conta, se era só isso, por favor, volte por aonde veio – Ele fez menção de sair, mas ela o agarrou pelo braço virando-o de frente.
- Você não vai fazer isso comigo, estamos noivos, todos sabem disso, não pode simplesmente passar por cima disso por causa de uma garota sem graça
- Lucy você tem o dom de me irritar, e sinceramente isso está cansando, preste bastante atenção, não estamos mais noivos há quase um ano, a droga do nosso noivado foi desfeito por causa das suas traições, eu não sou mais nada para você, exceto o cara que te coloca na capa da revista e te deixa mais famosa, fora isso, nossa convivência é infernal... E sobre a Natasha não ouse tentar desmoraliza-la, porque você não me conhece, não tem ideia do que eu faria para defende-la.
- Natasha? Não é aquela garota que estava na sua sala?
- Essa mesmo – Sorriu sabendo que ela ficaria irritada.
- Arg! E também no dia do desfile... Você foi atrás dela e não voltou mais, me deixou sozinha.
- Você não era minha acompanhante, e quer saber por que não voltei? Porque nos entendemos, e eu passei a noite com ela, a melhor de toda a minha vida.
- É o que? Como pode fazer isso comigo? – Gritou – Você estava comprometido comigo, e me traiu – Bateu no peito dele diversas vezes.
- Tem certeza de que quer por em questão quem traiu quem? – Segurou os pulsos dela – Nós estávamos juntos e você não estando saciada com um, procurou por mais, nosso noivado acabou, passei um bom tempo sem me apegar a ninguém, daí Natasha apareceu e tudo começou a fazer sentido, tudo está girando em torno dela, e a única coisa que fiz foi correr atrás e ela me aceitou do jeito que eu sou, nunca me pedindo nada em troca, exceto meu amor. Natasha é a melhor coisa que aconteceu na minha vida em anos, e pode ter certeza que não vou deixar você estragar isso.
- Lucy para com isso, não se rebaixe, só você continua acreditando que esse casamento vai acontecer. Deixa o John em paz, vai viver a sua vida, fica com aquele modelo alemão, eu vi suas fotos com ele.
- O que? Do que está falando seu idiota?
- Oh! O que? Não sabia? – Fingiu cara de surpresa – Ah é desculpe, um fotógrafo da revista estava passando pelo seu camarim e viu vocês dois no maior amasso... Ele tem pegada hein.
John olhou para ela com uma sobrancelha erguida:
- E ainda vem me cobrar satisfações – Largou os braços dela.
- Isso foi um erro – Obviamente nervosa por ter sido pega.
- Igual aos outros três neh
- John, meu amor, eles não são nada para mim, sabe que foi sempre você que eu amei – Ela tentou se aninhar nos braços dele, mas o mesmo manteve distancia.
- Eu renego esse seu amor – Ele apertou os dedos acima do nariz – Lucy você está me dando dor de cabeça, vai embora, e não volta mais, vou avisar ao recepcionista que você está proibida de subir.
- Não faria isso
- Quando chegar lá no saguão ele já estará sabendo – Ele apoiou as mãos no quadril – Olha é sério, vai embora, se continuar perturbando a mim e a Natasha eu vou ter que dizer a verdade no blog, que não nos separamos amigavelmente, mas sim porque você me traiu três vezes com três caras diferentes.
- Isso vai pegar mal na sua carreira – Sam ironizou.
- John esqueça isso, me perdoa, larga essa garota estúpida e vamos nos casar logo, onde você quiser – Ela realmente acreditava que mostrando seu sorriso de dentes perfeitos e olhos com um brilho fácil iam fazer ele mudar de ideia.
John fechou a cara com sua respiração em puro ódio, se aproximou dela e disse em tom ameaçador que a fez se encolher:
- Nunca mais insulte a Natasha assim, eu juro que vou faze-la se arrepender – Se ele pudesse lançar chamas faria com todo gosto – Eu jamais vou esquecer o que fez comigo, me fazendo parecer um idiota, eu nunca vou voltar para você, esteja certa disso. Não venha mais na minha casa tentar tirar satisfações como se fosse uma amiga, você não é porcaria nenhuma para mim, e não devo mais satisfações da minha vida a você.
- Seu arrogante, eu juro que vou faze-lo pagar pelo o que está dizendo. Você e essa garota não serão felizes enquanto eu estiver aqui.
- Nossa felicidade não depende de você – Sorriu. Aquilo foi um tiro certeiro nela.
- É melhor ir embora Lucy, a Nat pode chegar a qualquer hora e com certeza não vai gostar de ver você aqui – Sam falou fazendo um gesto com a mão para ela ir.
- Ela está morando aqui? – Arregalou os olhos.
- Sim, mora comigo agora – John mentiu, claro que não diria a verdade a respeito disso. Sabia que aquilo seria um limite rígido e odioso para Lucy, pelo menos por um tempo ela manteria distancia dele.
- Você nunca deixou nenhuma garota morar aqui, nem mesmo eu
- Para você ver como tudo é diferente com ela – Deu de ombros. Olhou para a mão dela – Mais uma coisa, devolva o anel.
- O que? Ficou maluco? Claro que não – Escondeu a mão atrás.
- Me dá Lucy, ou quer que pegue eu mesmo?
- Eu não vou devolver John, você me deu
- E agora quero de volta, ele não tem mais significado nenhum. Vamos. – Esticou a mão direita.
Ela ficou olhando para ele perplexa, Lucy tinha um amor obsessivo por John, era uma posse, ele sempre dera destaque a ela por causa da revista e de todo o patrimônio que Mark Harris havia conquistado e deixado para seu único filho. Vendo que ele não recuaria, ela segurou o anel e o tirou com desgosto pondo na mão dele:
- Vá embora
- Vai se arrepender disso John
- Já me arrependi há muito tempo, no dia em que lhe dei este anel – Ergueu a joia.
- Você não perde por esperar seu idiota – Girou os calcanhares jogando os cabelos loiros para o lado e seguiu para o elevador. Eles ficaram olhando-a ate entrar no elevador e sumir.
John jogou a cabeça para trás e respirou fundo:
- Cara essa mulher é fogo, mas acho que agora ela entendeu o que está acontecendo
- Também acho, mas ela não vai parar. Lucy é do tipo de garota que quando não consegue o que quer da maneira mais fácil, tenta pelo método mais cruel – Olhou para o anel em sua mão.
- O que vai fazer com ele?
- Não sei, faça o que quiser – Entregou ao amigo e foi para o seu escritório.
Adentrou a sala caminhando ate a mesa para pegar seu celular. Discou o número da Natasha, estava louco para escutar a voz dela, só assim ficaria calmo, sua raiva se perderia só de escutar o "oi" dela, mas a chamada caiu na caixa postal, ele imaginou que tivesse deixado o celular na bolsa e estava fazendo algo para as crianças. Largou o celular e apoiou as mãos na mesa respirando fundo:
- O que está fazendo? – Sam perguntou entrando no escritório.
- Eu preciso escutar a voz da Natasha para me sentir bem, ela consegue me acalmar de tal maneira que nenhuma outra mulher consegue. Sempre que estou irritado eu procuro algo que me lembre ela, as vezes ligo só para escuta-la, eu esqueço do mundo, me concentro apenas nela.
- E onde ela está?
- Foi com um amigo ate a Casa das Marias, é uma instituição para jovens que moram nas ruas ou foram expulsos de casa, e por falar nisso, eu quero que envie todo mês um cheque para a Casa em nome da revista.
- Ta pode deixar, segunda feira vai ser a primeira coisa que vou fazer – Se aproximou – Mas John tenta relaxar um pouco, eu sei que a Lucy é uma mulher descontrolada, mas não pode mais deixar ela te afetar assim.
- É eu sei, mas ela me tira do sério – Desapoiou da mesa e sentou em sua cadeira.
- Bom enquanto a Natasha não chega que tal eu ocupar sua cabeça com um pouco de trabalho? Ser dono de uma revista famosa não é moleza.
- Hunf! – Sorriu – Tudo bem, acho que trabalhar um pouco me fará bem.
- Isso. Abre o seu e-mail eu mandei alguns balanços e esboços para você analisar.
- Ok – John ficou de frente para o seu notebook e começou a mexer.

Continua...

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