Minha

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[...] A beijou, desta vez com ternura e sem pressa [...]

Natasha atravessou as portas do elevador entrando no apartamento de John. Tudo estava calmo, nenhum sinal de vida, apenas a luz do escritório iluminava a sala. Sabia que o encontraria lá com a cara enfiada no computador.
A porta estava semiaberta, empurrou devagar ate abrir e bateu. John ergueu a cabeça da tela e viu parada ao lado da porta com uma expressão inocente:
- Minha linda? O que faz aqui? Pensei que fosse dormir na casa dos seus pais – Largou a caneta na sua mão e recostou a costa na cadeira.
- Eu ia, mas resolvi acompanhar o Ethan ate o bar do Cesar e... Bom ele me largou lá sozinha, meus pais saíram para jantar e eu não queria ficar sozinha, então peguei um taxi e vim para cá.
- Ethan te deixou sozinha em um bar? E veio de taxi? – John parecia que teria um ataque de raiva.
- Sim e sim – Desencostou do batente e andou ate ele e se recostou na beirada da mesa.
- Que raios de irmão é ele para deixar você assim?
- Calma John, ele foi embora por uma boa causa – Segurou nas bordas da mesa.
- De toda forma não foi legal da parte dele. Por que não me ligou? Eu teria ido buscar você.
- Não quis incomodar
- Você sabe que nunca me incomoda – Passou a mão sobre a coxa dela e segurou sua mão puxando-a para sentar em seu colo. – Era para ter me ligado.
- Já foi John. Vamos esquecer isso – Tocou seu rosto encostando sua testa a dele – Eu posso dormir hoje aqui?
- Me ofende você perguntar isso, sabe muito bem que pode. Essa casa também é sua. - Passou os braços ao redor da sua cintura e fixou seu olhar no mar azul dela.
Nat lhe deu um longo selinho:
- Está mais tranquilo com as fotos?
- Nem um pouco
- Ah! John, por que se preocupa tanto com isso? A Lucy era modelo e você nunca se importou em vê-la estampando capas de revistas e desfilando com pouca roupa.
- Era diferente, Lucy era modelo, é a sua profissão, então eu não podia fazer nada... Na verdade eu nunca me incomodei com isso, sei lá, não sentia ciúmes. Não sentia nada, para ser sincero.
- E comigo é cheio de ciúmes
- Atolado neles. Você é minha, só minha, e eu não quero que ninguém veja aquilo que é meu. Seu corpo me pertence.
- E vai continuar pertencendo a você. Minha vida... – Ergueu o rosto dele – As fotos são por uma boa causa, estou fazendo isso apenas para ajudar minhas crianças, elas precisam de um lugar maior, e mais conforto e com esse trabalho eu posso proporcionar isso a elas.
- Sim, eu sei... Aah – Suspirou alto – Às vezes seu bom coração me irrita.
- Há! Há! – Riu baixo balançando a cabeça. – Vai ficar tudo bem.
- Eu sei
- Amor
- O que? – Perguntou sussurrando.
- Eu te amo – Esboçou um lindo sorriso que mal alcançava os olhos.
- E eu amo você - Segurou o rosto dela e a beijou de forma terna, nada sensual ao selvagem, apenas um beijo cheio de amor.
- Eu vou deixar você trabalhar e vou subir para o quarto, estou um pouco cansada – Falou suavemente passando a costa dos seus dedos sobre a bochecha dele.
- Tudo bem, eu vou acabar isso aqui e logo subirei.
- Ok – O beijou uma última vez e saiu do seu colo dando a volta na mesa e saindo do escritório.
Outra noite que John dormiria muito bem. Odiava todas as vezes que Natasha decidia dormir na casa dos pais, o lugar dela era ali, no seu apartamento, no seu quarto, na sua cama e perto dele. Não aguentava passar as noites sozinho, mesmo sendo apenas uma noite ou outra. Tinha de fazer algo para mudar isso, ela precisava ficar com ele o tempo todo 24 horas do dia e sete dias por semana.
Poucos minutos depois que Nat saiu Phillip apareceu e bateu na porta:
- Entre Phil
- Desculpe interromper senhor, mas tenho algo importante para falar
- Sim, diga – Pediu que ele se aproximasse.
- É sobre senhorita Adams
John na mesma hora tencionou o maxilar:
- Lucy? O que tem ela?
- Tornou a se encontrar com Joe Riley, meus informantes falaram que eles ficaram algumas horas dentro de um restaurante
Todos os nervos de John entraram em alertar, sua mente voou diretamente para Natasha:
- E sabe sobre o que eles conversaram?
- Não, ficaram em um lugar reservado. Mas o que me deixou realmente preocupado é o que o Riley conseguiu.
- Como assim? – Ele sabia que não ia gostar da resposta.
- Licença para o porte de arma, e hoje de manhã comprou uma, a Glock 9mm, alguns policiais usam esse modelo de arma.
John teve de se lembrar de respirar, quase teve um treco quando Phillip falou sobre a arma. Era isso, Lucy tentaria matar Natasha novamente. E hoje ela veio para o seu apartamento de taxi, de um lugar a quilômetros de distancia e sozinha, se quisessem mata-la essa teria sido uma ótima oportunidade. John tentou controlar seu nervosismo e a imensa vontade de trancar Nat em seu apartamento e só deixa-la livre quando esses dois bandidos estiverem presos:
- O segurança que vigia a Natasha, onde está?
- Está aqui no prédio. Ele resolveu dar uma rápida saída para comprar algo para comer e não viu a hora em que a senhorita Donovan saiu com o irmão, assim que eu a vi chegar liguei para informa-lo.
- Ela precisa saber quem é
Phillip tentou conter um sorriso, e respondeu:
- Senhor ela já sabe quem é, soube desde o primeiro dia, já ate tomaram café juntos
- Hunf – John balançou a cabeça sorrindo. É claro que ela sabia, nada escapava dela – Eu quero mais seguranças, quero a merda da CIA toda ao redor dela se for preciso. Quero gente disfarçada dentro da agência e na vizinhança da casa dos pais dela, quero que verifiquem qualquer local antes dela chegar e isso vale para os desconhecidos que se aproximarem dela. Quero Nova York inteira de olho na Natasha, e isso vale para Lucy. Você ainda mantém contato com o Worthington?
- Sim senhor, estou sempre falando com ele.
- Ótimo, quero ele vigiando a Lucy, mas não de fora como os outros, mas dentro de casa e em todos os outros lugares que ela costuma ir. Diga para instalar câmeras escondidas, ela deve ser monitorada 24 horas por dia. Riley também.
- Sim senhor. Eu entrarei em contato com ele agora mesmo e amanhã tudo estará resolvido. Assim como os seguranças extras que chamarei para proteger a senhorita Donovan.
- Ótimo. Natasha já conhece o segurança atual e talvez se mais outro aparecer como parceiro ela não vá fazer caso ou desconfiar, quanto ao restante ela não pode de forma alguma saber que estão ali.
- Não se preocupe senhor, eles sabem o que fazer.
- Muito bem. – Concordou respirando fundo – Por favor, Phil, eu fico apreensivo quando não estou perto da Natasha e sem saber onde está... Não deixe que nada aconteça a ela.
- Nada vai acontecer, eu juro pela minha vida. Natasha é uma boa moça e muito divertida, se tornou bastante querida para mim.
John curvou os lábios em um sorrisinho. Era bom saber que alguém como Phillip gostava de Natasha e pretendia protege-la com a vida se fosse necessário:
- Acho que ela consegue conquistar ate o mais durão dos homens – John comentou.
- Creio que sim – Phil sorriu dando de ombros – Bom se é tudo senhor.
- Sim, sim, você pode ir Phil. Boa noite.
- Boa noite senhor – Ele se virou e bateu em retirada.
John se jogou contra a cadeira deixando escapar um longo suspiro, passou as mãos em seu rosto e seguiu para os cabelos:
- Terão de me matar antes de chegar ate ela. – John fechou seu notebook, não estava mais com cabeça para trabalhar. Saiu do escritório, atravessou a sala e subiu os degraus de três em três. Quando chegou ao quarto, Natasha estava deitada no seu lado da cama, o direito. Ele tirou sua calça ficando apenas de camisa. Levantou a coberta e deitou cobrindo os dois. Ela estava deitada de lado e parecia ter caído em um sono profundo. John a abraçou ficando de conchinha, ela estava geladinha e cheirava a um perfume doce, provavelmente tinha tomado banho antes de deitar. Ele a trouxe para perto do seu corpo, precisava abraça-la, tê-la junto de si, só assim em seus braços teria certeza de que ela não correria nenhum perigo. Esfregou seu queixo entre a curvatura do ombro, pescoço e a cabeça ate ela baixar o ombro e ele encaixar seu rosto ali.
- Eu te amo – Ele sussurrou.
Ela respirou fundo sentindo a presença dele, afastou ligeiramente sua mão e tocou a dele, pegou entrelaçando seus dedos.


- Há! Há! Há! Onde você está indo? – Natasha corria de mim pelo imenso jardim de tulipas. Dava pulos enquanto fugia, e ria alto. Seu cabelo negro balançava com o vento e sobressaía entre o colorido das flores, seu vestido subia e descia conforme suas pernas se movimentavam. Era ela a visão da perfeição para mim.
- Vem me pegar – Disse alto me desafiando.
- Você vai acabar caindo – Eu respondi correndo atrás dela pulando algumas pedras pelo caminho.
- Se eu cair você me levanta
- Mas pode se machucar – Eu estava próximo dela mais um pouco e a pegaria.
- Você cuida de mim – Ela falou cheia de convicção. É óbvio que eu cuidaria dela de todas as formas, Natasha era minha vida e sem ela eu não viveria.
Finalmente eu a alcancei, agarrei sua cintura e a puxei contra meu corpo para abraça-la bem apertado. Quando seus cabelos tocaram meu nariz não pude deixar de inspirar seu cheiro maravilhoso. Sua risada melodiosa invadiu meus ouvidos, ela jogou a cabeça para trás apoiando sobre meu ombro, seus olhos azuis fisgaram os meus quando ergueu o rosto para me olhar. Deus, como eu amava aqueles olhos:
- Peguei você – Disse baixinho dando um beijo na ponta do seu nariz.
- Você sempre me pega
- É porque você nunca consegue fugir de mim
- Eu acho que não tenho forças o suficiente para isso – Deslizou suas mãos macias sobre meus braços que estavam abraçados a sua cintura.
- E ouso dizer que nunca terá, porque eu nunca deixaria você ir – Sussurrei em seu ouvido. Ela jogou a cabeça para o lado quando eu beijei seu pescoço me dando um maior acesso.
- Eu sei que jamais me deixará ir
- Jamais – Afirmei.
- Eu sei que nunca me sentirei derrotada, porque você estará lá para me encorajar a seguir em frente, e sempre que eu cair você vai me erguer, será a minha força quando eu não tiver mais nenhuma... E eu não preciso me preocupar com meus machucados porque sei que você cuidará de cada um deles.
- Sim, eu serei a base da sua vida, sua força, seu norte e tudo o que quiser que eu seja. E você será tudo para mim.
- Sim, eu sou sua, para sempre sua.
Podia um homem amar tanto uma mulher como eu amo Natasha? Era irracional. Tudo ficava mais leve e simples quando ela estava por perto, ate o pequeno ato de respirar se tornava uma incrível experiência com ela ao meu lado. Não havia mais dúvidas de que ela era a mulher certa. Mais do que certa. Ela tinha de ser minha de todas as maneiras. Inspirei outra vez seu perfume:
- Casa comigo?
Ela abriu os olhos e por uns segundos ficou tensa, mas logo virou de frente e lançou os braços em volta do meu pescoço ficando na ponta dos pés:
- É claro que sim. Tudo o que mais quero é ser sua esposa – Abriu um radiante sorriso para mim, e eu tive a impressão de ter parado de respirar, a beijei tirando-a do chão e rodopiando. Sim, ela iria ser minha perante Deus e ninguém na face da terra poderia mudar isso.
Assim que a coloquei no chão ela se afastou sem tirar os olhos de mim junto daquele sorriso brilhante:
- Eu vou ser sua esposa
- Sim, vai
- Há! Há! Há! Eu não acredito – Juntou as mãos perto da boca – Eu estou tão feliz.
- Não mais que eu. – Era verdade, eu estava em êxtase.
- Promete que vai me amar ate o ultimo dia das nossas vidas?
- Eu prometo – Falei de todo o coração.
- Há! Há! Eu te amo John – Ela gritou e começou a rodopiar.
- Há! Há! Há! Você vai ficar tonta
- Às vezes o último dia chega antes do verdadeiro fim – Uma voz diferente tomou conta de todo o ambiente, eu sabia de quem era aquela voz. Era ela, Lucy. Ela estava ali.
- Natasha – Chamei já me sentindo terrivelmente preocupado.
Ela rodopiou uma última vez, seu cabelo balançava ao vento ate parar e seu rosto continuava iluminado pelo seu sorriso. Eu estiquei meu braço para alcança-la, e de repente um disparo, o gatilho de uma arma foi acionado e o barulho perturbou meus ouvidos. Um medo tomou conta de mim, Natasha deu um pequeno solavanco para trás e senti toda a vida do meu corpo ser drenada quando notei o pequeno círculo vermelho que ficava cada vez maior no peito dela:
- Não – Gritei. Corri para pega-la antes de caísse no chão. – Não, não, Natasha fala comigo, fala comigo – A peguei no colo e sentei no chão, tirei os fios de cabelo do seu rosto – Olha pra mim meu amor, eu estou aqui, você vai ficar bem.
Senti as lágrimas arderem e não consegui impedi-las de cair, eu estava em pânico, não sabia o que fazer e nem a quem pedir ajuda, nem sabia onde estava. Natasha começou a fechar os olhos e eu me desesperei, ela estava indo embora, ia me deixar:
- Não, não, não feche os olhos, deixe-os abertos, continue olhando para mim. Por favor, continue com eles abertos, por favor. – Seu rosto virou para o lado e um último suspiro escapou de sua boca. Ela tinha ido, eu acabara de pedi-la em casamento em um minuto e no outro ela partiu da minha vida, o que eu iria fazer sem meu amor? Eu acabara de prometer que a protegeria para sempre, e quebrei minha promessa.
A risada diabólica da Lucy inundou o local, ela era a culpada, ela tirou Natasha de mim:
- Você vai me pagar Lucy, eu vou matar você, eu juro – A voz irritante dela sumiu, e eu agarrei o pequeno corpo da Natasha, embalando nós dois – Volta para mim, por favor, volta. Meu amor... – Eu implorei, mas ela não voltou. Ela morreu.

John acordou em um sobressalto, respirando pesadamente. Olhou desesperado para o lado e teve uma onda de alívio quando viu Natasha deitada. Ela estava viva, estava bem e ainda segura. Tudo foi um pesadelo, literalmente, o pior de todos. Ele tocou a testa suada e respirou fundo:
- John? – Ela sentou ao vê-lo acordado – Amor tudo bem? Você está todo suado – Tocou seu braço.
- Sim, estou bem, só tive um pesadelo
- Deve ter sido horrível para você ter ficado desse jeito – Passou sua mão sobre o peito dele, indo de um lado para o outro.
- Sim, terrível
- Imagino. Deixa eu pegar uma toalha úmida para enxugar seu rosto – Quando ela colocou um pé fora da cama John a deteve.
- Não, eu não preciso, só quero ficar aqui com você, me deixe abraça-la, isso é tudo o que eu preciso – A puxou deitando os dois juntos, a abraçou apertado deixando na altura do seu rosto.
- Você quer falar sobre o pesadelo? – Tocou o rosto dele.
- Não, quero esquece-lo, eu só preciso de você, apenas me abrace
Natasha se aproximou mais dele tocando seu peito por cima da camisa, podia sentir na ponta dos dedos os batimentos acelerados de seu coração:
- Eu amo você, eu amo você – Ele repetiu como um mantra.
- Também amo você


De manhã cedo Naya acordou toda preguiçosa, seu corpo todo reclamava que deveria continuar dormindo, ainda estava bastante dolorido, as gracinhas da noite passada haviam lhe custado caro, Ethan era incansável, por um momento achou que teria que pedir para parar, pois não sabia se ainda tinha forças, mas por sorte ele desabou ao seu lado exausto. Quando tentou sair da cama sentiu um braço em volta da sua cintura prendendo- a junto daquela parede dura de músculos as suas costas. Olhou por cima do ombro e viu que Ethan continuava dormindo tranquilo. No mesmo instante sua barriga roncou, e supôs que se a sua reclamou daquela forma com certeza a de Ethan se auto comeria se não tivesse nada para o café. Com cuidado ela ergueu o braço dele e deslizou para fora da cama e assim que ficou de pé não pôde deixar de admirar aquele lindo homem dormindo em sua cama. Pensou que se existisse um deus com certeza ele se chamaria Ethan. Lembrou da noite passada e sorriu mordendo a ponta do seu dedo indicador, tinha vontade de rir e se jogar na cama balançando as pernas igual a uma adolescente quando recebe uma mensagem do garoto que gosta. Ela despertou dos seus devaneios, não podia ficar o dia todo ali babando, tinha de sair para comprar comida, sua geladeira estava vazia, havia pouco tempo que se mudara, tanto que muitos dos seus pertences ainda estavam encaixotados. Abriu o guarda roupa e pegou sua roupa de corrida, ela sabia que Ethan não era do tipo que acordava cedo, e isso lhe dava tempo de correr pelo quarteirão, comprar comida e preparar o café.

Ethan acordou sentindo o cheiro de café quentinho e sua barriga protestou, estava com uma fome de leão. Abriu os olhos e demorou uns segundos para saber onde estava, e de imediato olhou para o lado vazio na cama:
- Naya? – Olhou para todo o quarto, e o cheiro de bacon fritando denunciou a localização dela. Ele sentou e passou as mãos no cabelo e pegou a cueca e a calça do chão e as vestiu. Passou em frente ao espelho e viu seu corpo todo arranhado, soltou uma risada nasal e saiu do quarto.
Naya pegou um papel toalha e colocou no prato junto da primeira fatia de bacon. Ethan entrou na cozinha:
- O cheiro está ótimo
- Oh... – Olhou rapidamente para o lado e sorriu – Bom dia. Assim que eu terminasse iria acordar você.
- Meu estômago me acordou – Deu a volta no balcão.
- Eu imaginei – Colocou mais duas fatias no prato.
Ethan a abraçou por trás, segurou o rosto dela e lhe deu um beijo:
- Bom dia
- Há! Há! Bom dia – Disse novamente devolvendo o beijo.
- Acordou há muito tempo?
- Um pouco. Tive tempo de dar uma corrida e ir a padaria comprar o que precisava para fazer o café, já que minha dispensa está completamente vazia.
- Você fez tudo isso? – Retornou para o outro lado do balcão e puxou um dos bancos para sentar.
- Sim, e agora nosso café está pronto. – Pegou os pratos com bacon e as omeletes, deu a volta no balcão e seguiu para a pequena sacada que ficava bem à frente e pôs tudo em cima de uma pequena mesa redonda.
Ethan trouxe o bule com o café e ela voltou para pegar as xícaras e os pães junto do queijo:
- Nossa, parece tudo incrível – Ele elogiou olhando para mesa cheia.
- Modéstia a parte eu sou uma ótima cozinheira.
- Você e a Nat vão se dar muito bem. John começou a engordar depois que ela assumiu o controle da cozinha dele.
- Há! Há! Há! Eles dois formam um belo casal
- É, não posso discordar – Pegou o pão e tirou um pedaço – Mas nós somos um casal melhor.
- Ah então nós somos um casal agora?
- É claro, não saio por aí transando atoa – Deu de ombros comendo seu pedaço do pão.
Naya levantou uma sobrancelha com a expressão de "é sério isso?". Ele começou a rir e ergueu as mãos:
- Tá tudo bem, eu saía transando por aí sem compromisso, mas isso acabou.
- Será? – Pegou sua xícara com café e bebericou.
- Sim, dou minha palavra. Daqui para frente serei homem de uma mulher só.
- Eu acho bom. Ontem você disse que era possessivo, só que eu sou muito mais, e não me importo de descer do salto para brigar por aquilo que é meu... E você Ethan Donovan é meu.
- Hmmm adoro uma mulher dominadora – Aquele seu sorrisinho safado a fez rir.
Depois que terminaram o café lavaram a louça e a guardaram como um casal muito feliz. Ethan voltou para pegar sua camisa no quarto, mas antes que tentasse sair do apartamento Naya estava lhe implorando para ficar mais:
- Princesa eu preciso ir para a faculdade – Segurou seu rosto – Antes tenho que passar em casa para tomar banho e trocar de roupa.
- Você não pode sair assim
- Assim como?
Naya tocou o peito dele com as duas mãos e o jogou sentado no sofá. Deslizando as mãos dos seus joelhos ate o alto da coxa, ela ajoelhou entre suas pernas:
- Ontem à noite você fez tem tanta coisa por mim, acho justo devolver o agrado – Subiu mais suas mãos alcançando o botão e o zíper da calça dele.
- Naya... – Gemeu seu nome, e observou atentamente todos os seus movimentos. Ele ergueu o quadril quando ela baixou a calça e a cueca.
- Acho que ele precisa um pouco da minha atenção – Mordeu o lábio sensualmente soltando-o devagar.
- Ainda está cedo para ir para a faculdade – Jogou a cabeça para trás quando sentiu a boca dela tocando-o.

Continua...

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