Dando a notícia aos amigos

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[...] a beija-la como nunca antes fez. [...]

Pela manhã Natasha abriu os olhos com preguiça, mas se sentia muito animada, o balanço das ondas sob o barco a deixavam mais sonolenta. Ela se espreguiçou soltando um gemido:
- Pelo jeito você dormiu bem – John falou ao seu lado.
Ela olhou para o lado e o encontrou sorrindo com a cabeça apoiada na mão e o cotovelo sobre a cama. Ela sorriu fechando os olhos e encolhendo os ombros:
- Como uma pedra.
- Que bom – Tocou o rosto dela empurrando uma mecha do cabelo para o seu lugar – Foi uma ótima noite.
- Com certeza, e na sua companhia ficou melhor – Virou de lado passando o braço por baixo do dele tocando sua costa.
John deu um beijo na testa dela:
- Você ainda está com carinha de sono – Deu outro beijo – Eu vou tomar banho e depois vamos tomar café.
- Ok – Deu um beijinho em seu queixo.
John saiu da cama e Natasha pôde aproveitar a vista por trás de seu traseiro nu. Mordeu o lábio inferior e gesticulou um "uau". Quando escutou o barulho da água caindo, ela não resistiu, empurrou o lençol com os pés e pulou da cama indo para o banheiro. Abriu a porta de vidro de box e tornou a admirar toda sua beleza por trás. Beijou sua costa e deslizou suas mãos sobre o físico molhado dele:
- Eu tinha quase certeza de que viria – Ele falou.
- Eu não perderia essa oportunidade – Beijou seu ombro.
John virou de frente e segurou a cintura dela. A trouxe para debaixo do chuveiro e deixou a água escorrer por seu cabelo encharcando-o e descendo para seu corpo. Nat passou suas mãos sobre a costa musculosa dele banhando seus dedos com a água no corpo dele, beijou seu peito fazendo uma trilha ate seu pescoço. Tocou o rosto dele com uma das mãos e o puxou para encontrar seus lábios. John recebeu sua boca com grande satisfação apertando as mãos em seu quadril colando-a em seu corpo, invadindo os espaços entre os lábios com a língua encontrando a dela quente e ávida para se enroscar a sua. Enfiou uma mão em meio aos cabelos dela segurando-a e intensificou o beijo, deixando-os completamente sem ar. Ela gemeu contra sua boca e ele fechou o braço em volta dela deixando-a na ponta dos pés:
- John...
- Shh. – Não deixou que ela continuasse a falar e a calou com o beijo.

Eles tomaram café na mesa do deque e depois foram para cabine de cima dar meia volta e retornar para o caís e para a realidade. Natasha sentou no banco do piloto e John ficou apoiado entre suas pernas enquanto pilotava o pequeno iate, ela o abraçou apoiando seu queixo sobre o ombro dele:
- Eu não queria voltar. Estamos longe de tudo e todos, aqui ninguém pode nos alcançar ou tentar nos machucar. – Falou perto do seu ouvido.
- Eu sei, também adoraria ficar, mas eu prometo que nada acontecerá a você de novo, eu prefiro morrer a ver você passar por tudo aquilo outra vez.
Natasha beijou sua costa e apoiou novamente seu queixo no ombro dele:
- Sabia que eu amo você?
- O que? Isso é serio? E depois de todo esse tempo que estamos juntos você só fala agora? - Fingiu estar ofendido.
- Há! Há! Há! Bobo – O abraçou mais forte.
Quando eles entraram no carro Natasha pegou seu celular e viu centenas de ligações e mensagens, respondeu cada uma e enviou uma em especial para sua mãe, para que preparasse um jantar para esta noite e mandou o convite a todos seus amigos.

Enquanto Natasha terminava de se maquiar ela olhou para seu corpo no reflexo do espelho, ainda estava apenas de calcinha e sutiã, e seu olhar se voltou direto para a barriga. Deixou o batom na penteadeira e levou sua mão a barriga lembrando-se do seu bebê que não teve a oportunidade de conhecer. Reclinou a cabeça para o lado tentando imaginar como ele seria, suas pequenas características físicas, ao mesmo tempo em que era doloroso, também era reconfortante pensar assim. John entrou no quarto enquanto colocava o relógio no pulso e ao vê-la ficou parado:
- Nat?
- Hmm? – Ela ergueu o rosto e ao ver que ele a olhava tratou de baixar sua mão. – Eu já estou terminando de me arrumar, vou apenas colocar o vestido. – Se virou para pegar a roupa que estava sobre a cama.
- O que houve? – Não se mexeu.
- Nada...
- Não minta
- Não é nada – Esboçou um forçado sorriso e abriu o vestido para poder vesti-lo.
- Minha linda...
- Eu não... Não quero chatear você – Passou um braço de cada vez pelas alças do vestido.
- Estava pensando no bebê?
- Eu não... Err, sim... Talvez – Por nenhum momento o olhou nos olhos. Fechou o zíper do vestido.
- Em que estava pensando?
Natasha ficou imóvel e encarava o chão como se tivesse visto algo muito valioso jogado ali. Engoliu em seco pensando se seria uma boa ideia dizer a ele sobre seus pensamentos, mas apesar de tudo, John era o pai, então tinha o direito de saber:
- Estava pensando que... Se ele ainda... Estivesse... – Se recusava a falar a palavra "morto" – Aqui – Tocou sua barriga – Já daria para perceber, eu estaria com quase quatro meses e minha barriga começaria a crescer, nesse tempo ela estaria visível – Ergueu a cabeça e o encontrou olhando-a com doçura e com um sorrisinho fofo nos lábios.
- Eu sei o quanto queria que ele nascesse, eu também queria, mas apesar de não concordar com o que todos me falaram eu vou repetir o que me disseram, cada coisa tem seu tempo, eu me recuso a aceitar que já era o dele, mas infelizmente não pudemos controlar isso – Ele se aproximou dela tomando sua mãos – Ele ainda vai vir, não na mesma forma de antes, mas de um jeito novo, ainda teremos nosso menino.
Os olhos da Natasha começaram a lagrimar:
- Nós tentaremos outra vez, e na hora certa ele virá. Teremos nossa chance de novo. Mas eu garanto que ele vai vir.
- Ou talvez ela – Sorriu abertamente.
- Sim, sim, talvez ela – Concordou. Passou seu polegar na bochecha dela limpando a lagrima – Não fique mais triste por isso, tudo vai ficar bem.
- Você tem razão
John a abraçou forte:
- Ainda temos muito tempo – Beijou a testa dela. – Vamos indo? Aposto que estão todos curiosos para saber o que você tem para falar.
- Nós temos. Está pronto para encarar meu pai outra vez senhor Harris?
- Não, estou morrendo de medo
- Há! Há! Há! Fazer o pedido para mim é muito fácil, quero ver convence-lo a entregar minha mão a você. – Sorriu abertamente.
- Que Deus me ajude, mas se for para ter você eu encaro a fera
- Há! Há! Então está pronto. Vamos – Lhe deu um selinho.

Simply, I love youWhere stories live. Discover now