É a vez dela

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[...] selando suas promessas com um beijo cheio de amor. [...]

Ao longo do dia John tentou distrair Natasha, e quando encontrou em sua bolsa vários modelos para o convite do casamento, achou a ideia perfeita. Eles passaram horas decidindo qual era o mais bonito, a letra, a cor e se levaria algum detalhe. Devido ao curto prazo, eles teriam de decidir e mandar para a gráfica do mais rápido possível que fossem entregues com antecedência. Ele conseguiu fazer com que ela esquecesse toda aquela história por um tempo, ate estava sorrindo e com um clima mais leve. Vitória do maridão. Quando a escolha foi decidida John não queria que Natasha parasse e acabasse voltando a pensar em tudo aquilo, então decidiu que seria uma boa levar Sam para passear. Ela gostou disso.
Eles foram para o Central Park, já era tardezinha e estava cheio de gente, como de costume. Eles andavam de mãos dadas enquanto Nat segurava a guia de Sam deixando-o ir na frente para cheirar tudo a sua volta:
- Você quer tomar um sorvete? – Ele perguntou.
- Sim, quero.
- Tem uma barraca ali na frente – Apontou com o queixo e seguiram na direção.
Tiveram de esperar as duas crianças fazerem seus pedidos para poder pedir o seu. Natasha como sempre pediu de chocolate, John optou por baunilha. Eles sentaram em um dos bancos, cansado de andar Sam deitou debaixo deles:
- Então o que mais ainda falta para os preparativos do casamento?
- Quase tudo. Começamos a procurar agora. Eu disse que o prazo é muito curto
- Acredito na sua competência, sei que deixará tudo maravilhoso.
- Eu vou fazer o possível.
- E o seu vestido?
- Jeremy me mandou uma mensagem, quer que eu vá amanhã ao estúdio dele para tirar minhas medidas.
- E como se sente?
- Nas nuvens. As mulheres se matam para conseguir qualquer peça de roupa feita pelo Jeremy, e ele simplesmente vai me presentear com um vestido de casamento, é... Um sonho.
- Terá uma matéria na revista falando sobre nosso casamento, e vou querer varias fotos suas com o vestido.
- O que?
- Sim, eu não poderia deixar a noiva mais linda ficar escondida do mundo. Contaremos apenas o necessário, mas eu vou querer as fotos.
- Hunf! Como se eu já não soubesse disso.
- Você é a mulher mais linda do mundo, e apesar de ser bastante possessivo, creio que devo compartilhar um pouco da sua beleza com os outros.
- Há! Há! Há! Há! Não seja bobo John – Lambeu seu sorvete.
- É a verdade.
- Bom sendo assim eu também não posso ficar indiferente, já que vou me casar com o homem e o noivo mais lindo do mundo. Só que ao contrario de você, eu não quero dividi-lo com mais ninguém.
- Tudo bem, eu não preciso sair nas fotos
- O que? Nem pensar, eu não vou ser uma noiva solitária nessas fotos, é obvio que sairá ao meu lado. Ou é os dois ou nenhum.
- Se você quer assim, seremos nós dois.
- Melhor. – Sorriu. Durante os minutos seguintes eles se dedicaram a terminar o sorvete antes que derretesse.
Natasha se aconchegou em John colocando as pernas para cima do banco, ele passou o braço por cima dos ombros dela trazendo-a para perto aproveitando para dar um beijo em sua testa:
- Agradeço por tentar me distrair
- Hmm?
- Eu sei o que estava tentando fazer desde ontem, e agradeço. Eu sei o quanto fui dura, e a minhas atitudes deixaram todos preocupados, por isso eu entendo sua tentativa de me fazer esquecer aquele episódio.
- Eu não queria que ficasse pensando em tudo aquilo, remoendo a dor, isso só pioraria seu estado. Eu detesto ver você triste, e meu dever como marido é fazer o impossível para anima-la, para se sentir segura e que comigo tudo sempre ficará bem.
- Eu sei amor. Obrigada. É uma linda prova de amor – Ergueu o rosto para ele.
- É pouco comparado a tudo o que posso fazer por você – Deslizou a ponta do seu nariz sobre o dela.
Natasha levou a mão esquerda para tocar o rosto dele, suas alianças brilharam com os últimos raios do sol lembrando-a que tinha algo valioso em sua vida. Ele. Deslizou a costa dos seus dedos sobre a bochecha dele apreciando esse momento de carinho e cumplicidade. Tocou seus lábios tecendo sua forma, sentindo sua macies, pensando em quantas vezes já se perdeu no prazer daquela boca, e em quantas mais se perderia, beija-lo era um pecado ao mesmo tempo uma glória. Tudo com ele era no limiar entre prazer e dor, quente e frio, mas sempre carregado de emoções e novas descobertas. Tornou a olhar em seus olhos e disse em voz baixa:
- Eu amo você
- Eu amo você – Ele respondeu fechando a distancia entre seus lábios, levando-a em um beijo envolvente.
- Vamos voltar? Já escureceu e Sam ainda não comeu nada – Olhou para o cachorrinho dormindo embaixo do banco.
- Sim, vamos – John levantou oferecendo sua mão a ela. Natasha deu um pequeno puxão na guia de Sam acordando-o, então os três seguiram de volta para o carro.

Simply, I love youOnde as histórias ganham vida. Descobre agora