Marcando território

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[...] Se aproximou mais para beija-la. [...]

Uma semana depois o Natal estava cada vez mais próximo e perto dele uma data comemorativa muito importante para a família Donovan.
Susan estava na cozinha conversando com sua irmã Melissa, cada uma com uma xícara de chá na mão:
- Taylor já deu algum sinal da comemoração de sexta?
- Não, mas ele vai lembrar, sempre lembra. Afinal é nosso aniversário de casamento.
- Ele não lembra nem de tomar a azulzinha pra ver se sai alguma coisa dali
- Há! Há! Não, Taylor sempre foi muito viril, nunca precisou apelar para isso... E esse também foi um dos principais pontos por eu ter me casado com ele. – Bebericou seu chá.
- Uau! Taylor era tão bom assim?
- Ainda é
- Há! Há! E dizem que não existe milagre
- Para Melissa – Sorriu.
Elas estavam rindo quando Taylor entrou na cozinha e pararam na hora. Ele olhou uns segundos para a cunhada e seguiu na direção da geladeira:
- Susan eu já não disse que não queria animais em casa? – Abriu a porta da geladeira e pegou uma garrafa de suco de laranja.
- Ele não falou sério Melissa. – Susan disse olhando para a irmã, mas escondeu o sorriso tomando seu chá.
- Hunf! Tudo bem, o que vem de baixo não me atingi – Pousou a mão na cintura.
- Não é isso o que o Malcon disse – Bebeu do seu suco.
- Ah – Abriu a boca com raiva.
- Não deixa ele te irritar Mel – Susan deixou a xícara sobre a bancada.
- Esquece. Esse daí não mete medo em ninguém, não vai conseguir nenhuma ruga de preocupação da minha parte.
- Se conseguisse ia dizer para pedir reembolso ao seu dermatologista pelo Botox mal sucedido – Alisou a testa dele.
Susan mordeu o lábio inferior e virou o rosto para o outro lado:
- Ah eu tô brincando, sabe que é a minha cunhada preferida
- Jura?
- Não, só queria ver sua cara de besta
- Arg! – Cerrou os punhos e pensou seriamente em jogar o restante do seu chá na cara dele.
- Minha preferida é a Carmem – Respondeu.
- Ah é? E por quê? Qual é a diferença entre nós duas?
- Ela nunca vem aqui em casa
- Taylor – Susan tapou a boca para não rir.
- Ela mora do outro lado do país – Ele fez um arco desenhado no ar quando falou a localização.
- Quer saber eu vou dedicar minha vida a fazer você infeliz, nem que para isso eu viva 150 anos
- Então faltam só quatro – Respondeu sorrindo e saiu da cozinha com seu suco.
- Arrrg! Eu vou... – Pegou uma colher e ameaçou jogar, mas devolveu a bancada.
- Você sabe que ele estava brincando
- Escuta, Taylor vai esquecer a data do aniversário e nesse dia eu vou apontar o dedo na sua cara e dizer "eu te disse". Você deveria ter casado com o George, ele sim era um homem de verdade.
- Se eu tivesse casado com ele provavelmente você estaria grávida
- Mas pelo menos ele era bonito
- E Taylor também é, assim como é romântico, carinhoso e muito atencioso, e me ama incondicionalmente. Ele vai lembrar sim, e aposto que está preparando uma surpresa.
- Hunf! Quero só ver – Terminou seu chá.

Natasha estava amarrando o laço do seu roupão depois do fim da sessão de fotos, estava uma pilha de nervos, mas no decorrer de cada flash começou a se sentir mais a vontade e mais confiante. Beverly era a fotografa e foi mostrar as fotos para Natasha:
- Dá pra acreditar que essa aqui é você?! Meu Deus você é bonita demais. Olha eu adoro homem, mas por você eu viraria lésbica sem problemas
- Há! Há! Há! Obrigada. Ficaram muito boas, no começo eu estava dura igual tijolo.
- Nem dava para ver, a câmera ama você. Não é atoa que John montou esse esquema todo. Ele ordenou que somente mulheres fizessem parte da equipe da sessão de fotos, nem mesmo gays ou lésbicas podiam entrar.
- Há! Há! Há! Sério? Oh Meu Deus, por isso que eu estranhei só mulheres.
- Nem mesmo o Sam ele deixou vir, e olha que ele é o responsável pelas montagens das matérias. O único que veio foi o Jeremy... Esse o meu primo não poderia barrar nem se quisesse. – As duas caíram na gargalhada.
De repente o celular da Natasha começou a tocar dentro da bolsa. Ele esticou o braço e o pegou o telefone:
- Só um minuto
- Ok – Beverly se afastou.
- Oi Sam
- Oi Nat, tudo bem? Como foi a sessão?
- Foi ótima. John ligou para saber se fui assediada por alguma das mulheres? – Riu baixo.
- Também – Ele acompanhou sua risada – Mas também estou ligando para avisar uma coisa.
- O que?
- Olivia chegou hoje, e veio entregar os documentos para o John e eu estava no escritório junto com ele.
- Hmmm! Fico feliz em ouvir isso
- É, só que logo depois ela foi embora, mas agora pouco acabou de voltar e... Bom... Ela não tem nada para fazer aqui, apesar de trabalhar para a revista, aqui a função dela não serve de nada e para falar a verdade eu acho que ela está matando tempo.
- O que quer dizer?
- É que já é final da tarde e muitos funcionários já estão saindo, e como de costume John é sempre o último a sair e... Olha eu gosto de você, é a melhor coisa que aconteceu na vida do meu amigo, por isso estou te ligando...
- Eu entendi Sam. E não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso. Só uma coisa não saia daí, não quero o John sozinho com ela.
- Tudo bem, eu também não quero que ela fique rondando ele.
- Ótimo. E obrigada.
- Não tem de que – Ele desligou.
Natasha rangeu os dentes, aquela cobra estava cercando John e louca para dar o bote, mas antes que fizesse isso iria provar do veneno dela. Se Olivia estava achando que iria se dar bem nessa, é porque ainda não tinha conhecido o lado possessivo da Natasha. Ela se olhou no espelho e sua maquiagem ainda continuava impecável, só precisava de um retoque com o batom. Olhou pelo reflexo o cabide com todas as roupas que havia usado, e Jeremy ainda estava no estúdio. Voltou novamente sua atenção para sua imagem no espelho e respirou fundo, decidida com a ideia que havia passado em sua cabeça.

Simply, I love youWhere stories live. Discover now