Maldade explícita

37 2 0
                                    

[...] De fato era uma situação engraçada. [...]

Lucy pegou o primeiro vaso que viu e atirou contra Joe, que desviou por pouco:
- Você ficou louca? – Perguntou irritado.
- Idiotas, vocês são um bando de idiotas, você e aqueles imbecis que contratou para sequestra-la.
- Eu disse que nada daria certo
- Eu dei uma chance para você Joe, tudo o que eu queria era a Natasha morta, só isso, mas você não consegue executar uma única tarefa.
- Você fala como se fosse fácil
- E não é?
- É claro que não. Eu já disse, Harris tem um batalhão a sua disposição, os melhores seguranças estão vigiando ela tanto de perto como de longe. É impossível chegar perto dela e não ser pego antes. Não dá para saber quem são eles.
- Droga – Empurrou a cadeira jogando-a no chão – Ele protege aquela vaca como se fosse uma santidade.
- Lucy esquece isso, estou avisando, John está de olho em você, ele quer apenas uma única prova para incrimina-la, e pode contar que a qualquer momento vai conseguir.
- Eu posso ate ir para a cadeia, mas não sem antes matar aquela vadia, depois disso... Eu posso ate me entregar, mas pelo menos terei a certeza que ela não existe mais, que está a sete palmos abaixo do chão e de lá não poderá voltar.
- Então me explica como vai conseguir chegar perto dela? – Ele cruzou os braços perguntando com ironia e sentou no sofá – Pretende assassina-la no dia do casamento? Se esse for o seu plano, sugiro que esqueça, John jamais casará em um lugar aberto onde qualquer pessoa habilidosa possa entrar, e principalmente, o esquema da segurança vai estar mais do que dobrado, ninguém sem um convite e ter passado por uma revista vai entrar.
- Eu sei, e não, eu não penso em deixa-la pisar no altar, ela vai morrer antes disso. Eu preciso achar apenas uma brecha para conseguir me aproximar. Eu mesma quero ter o prazer de ver a vida dela se acabando em minhas mãos.
- Lucy chega, para com isso, você está cada vez mais louca, você não consegue raciocinar direito. Você acha que depois de matar a Natasha, John vai simplesmente te jogar na cadeia e deixar você apodrecer lá?
- Como assim?
- Ele é um dos homens mais poderosos que conheço, ele tem tudo a sua disposição, e principalmente dinheiro para fazer qualquer coisa, não seria nada difícil para ele contratar alguém para acabar com você. Seria olho por olho.
- Ele jamais faria isso. John é um homem cheio de princípios.
- Um homem ferido e zangado perde seus valores e só consegue pensar em revanche.
- Duvido muito
- Veja só você, quer eliminar uma mulher que você acha que é a pivô da sua não reconciliação com John, isso tudo por que diz que o ama, e olha que quando a Natasha apareceu vocês nem estavam mais juntos, mas mesmo assim quer se vingar... Agora eu pergunto, acha mesmo que o John também não vai querer?
- Ele pode ate tentar, mas não vai conseguir, ele é rico, mas meus pais também são, e irão me ajudar – Bufou – E eu não quero pensar nisso agora. Preciso que fique de olho em cada passo da Natasha, eu preciso de uma única chance.
- Hunf! Tá, você que sabe. – Bateu as mãos nas coxas e ficou de pé – Enquanto fica enlouquecendo aí, eu vou tomar um banho.
- Vai, vai – O enxotou com as mãos e sentou – Idiota. Eu preciso de uma chance, só uma. Ela não pode entrar na igreja, não pode. Se eu conseguir matar ela, a única noiva que John receberá no altar, serei eu. Há! Há! Há! Isso é perfeito, exatamente como eu sonhei. Entrarei de branco, muitas pessoas me olhando, me admirando, eu sendo o centro das atenções, e lá no altar ele vai está, com seu lindo sorriso apenas me esperando e ansioso para me tomar como esposa – Fechou os olhos imaginando a cena – Sim, como nós planejamos. Logo ela sairá de nossas vidas, e poderemos finalmente ficar juntos. Saiba que tudo isso é por você meu amor – Pegou a almofada ao seu lado – Eu te amo John, nossas vidas logo se tornarão uma. Meu amor... – Beijou o travesseiro como se fosse John e deitou no sofá.

A noite quando John voltou para o apartamento a primeira coisa que viu foi dois cachorros correndo em sua direção, um era Sam e o outro não sabia a quem pertencia:
- Oi garoto – Se abaixou para acariciar Sam – Quem é seu amigo?
- Essa é a Ava, e é a namorada do Sam – Natasha respondeu enquanto se aproximava dele.
- O que? Namorada? – Olhou para os dois. Ficou de pé.
- Sim. A dona da Ava é sua vizinha, mora no terceiro andar, e nos conhecemos quando saí para dar uma volta com Sam aqui no parque de trás. Os dois ficaram encantados um com outro, e então resolvi convidar Ava para passar à tarde com Sam – Olhou para os dois brincando em meio aos brinquedos – Eles não são lindos?
- Ah eu não sei se é uma boa ideia. Sam ainda é muito novo, ate pouco tempo ainda era um filhote, acho que não está na hora de namorar.
- Ah! John não seja estraga prazeres, Ava é apenas dois anos mais velha que Sam. Ela é muito bem cuidada, é uma Shih-tzu linda.
- Sim, eu sei, mas o que vai acontecer quando nos mudarmos? Você lembra que em breve iremos para nossa nova casa?
- Oh! É eu sei, mas... Sam nunca brinca com ninguém, quero dizer, com outros cachorros, achei que não teria problema se fizesse amizade com ela por esse curto tempo. E também podemos convidar a dona da Ava para nos visitar.
- Hunf! Você que sabe. – Deu de ombros.
- Sua mãe ficou louca quando a viu, disse que assim que sairmos ela vai atrás de um cachorro da mesma raça Há! Há! Há!
- Imagino, minha mãe sempre gostou de animais.
- Agora ela terá bastante espaço para adotar quantos quiser – Lançou seus braços em volta do pescoço de John ficando na ponta dos pés – Eu também penso em adotar outros, teremos um jardim grande o bastante para acolher vários.
- Hmmm! Veremos isso outra hora – Segurou o quadril dela. Desceu seu rosto para perto do dela.
- Eu estava esperando você para jantarmos juntos
- Estou aqui, qual o prato da noite? – Perguntou com um sorriso lascivo, o qual ela entendeu muito bem.
- O prato ou a garota?
- Eu posso escolher? – Deu um passo se afastando do elevador indo em direção ao sofá.
- Não está com fome? – Olhou desejosa para a boca dele.
- Oh! Sim, eu estou com muita fome – Deslizou suas mãos segurando o bumbum dela pressionando seus corpos. Os dois caíram no sofá.
- Hmm! Então eu devia matar a fome do meu marido – Natasha dobrou os joelhos na altura do quadril dele.
- Sim, deve – Segurou a coxa dela distribuindo beijinhos por todo o seu pescoço.
- Eu adoraria fazer isso agora, mas não posso
- Por que não?
- Porque a dona da Ava chegará a qualquer instante para pega-la
- Eu não me importo com isso, podemos dar um show a ela.
- Há! Como se eu fosse deixar ela ver sua bunda e todo o resto para depois ficar fantasiando coisas. Por exemplo, como seria se ela estivesse no meu lugar, desfrutando de tudo... – Passou as mãos por cima da camisa dele – Isso.
- Há! Há! Há! Há!
- Não, nem pensar. Eu sei muito bem o tipo de delírio que você causa nas mulheres, tive vários quando nos conhecemos, me assombravam.
- Teve? – Ergueu uma sobrancelha gozadora.
- Sim, quase todas as noites. Não tem noção do que era sonhar com você fazendo tudo aquilo e ao acordar perceber que nada daquilo poderia ser real porque você não era meu, mas só um amigo. Era frustrante.
- Eu posso imaginar, ate porque também tive vários sonhos com você, imaginava seu corpo, suas curvas, a forma da sua boca enquanto fazíamos amor.
- Jura?
- Sim, era uma tortura, eu estava delirando por não poder ter você. – Enfiou as mãos por debaixo da blusa dela.
- Semanas de tortura... Eu não podia assistir uma cena de sexo em um filme que imaginava eu e você... Tinha que correr para trocar a calcinha. – Falou ficando um pouco ruborizada.
- Sério? – Ele perguntou sentindo-se muito lisonjeado, ela concordou com um aceno de cabeça – Então já que estamos sendo francos, tenho algo para dizer.
- O que?
- Uma vez, em um dos sonhos, foi tão intenso que... Eu acabei gozando
- O que? – Natasha ficou de boca aberta. – Sério?
- Sim, acordei por causa disso e vi o estrago. Foi nesse dia que eu decidi que teria você de qualquer maneira.
- Hmm! E conseguiu – Mordeu o lábio dele – Graças a Deus conseguiu. – Deu um longo selinho – Agora, sai de cima de mim. Ela pode chegar a qualquer momento – Deu alguns tapinhas no peito dele.
Entre resmungos e xingamentos John saiu de cima dela sentando no sofá, e quase no mesmo instante a campainha do elevador soou e logo uma voz feminina ecoou pelo apartamento:
- Olá! Natasha?
- Viu só, quase ela nos pega – Levantou pegando a almofada – Depois eu vou querer saber sobre esse seu sonho, e cubra isso – Jogou a almofada no colo dele.
Ela andou para perto do elevador:
- Aqui.
Logo latidos vieram junto com ela, Ava correu toda animada para sua dona:
- Ah! Oi querida – Ela se abaixou para pegar sua cadela – Você se divertiu? Espero que ela não tenha dado trabalho.
- De jeito nenhum. Eles ficaram brincando e esqueceram completamente de mim – Sorriu fazendo carinho em Ava. – Traga-a sempre que quiser, Sam precisa de amigos.
- Ele é muito fofo – Sorriu.
John apareceu se aproximando das duas pousando uma mão no quadril de Nat:
- Nat o mima muito
- Todas as mães são assim
- Há! Há! Verdade. Apesar de morarem no mesmo prédio eu não sei se vocês se conhecem pessoalmente, mas de qualquer forma, Clara esse é meu marido John, e John essa é Clara Johnson.
- É um prazer Clara – Estendeu a mão em um cumprimento.
- O prazer é meu – Apertou de volta. – Bom eu vou voltar, meu marido logo chegará, e mais uma vez obrigada por ter cuidado da Ava esta tarde.
- Não foi nada. Ate mais – Nat acenou quando Clara entrou no elevador e as portas se fecharam.
- Mulher simpática – Ele falou como se não fosse nada de mais.
- Sim
- Onde está minha mãe?
- Saiu minutos antes de você chegar, disse que ia ate a casa da sua avó
- E Tina?
- Terminou tudo e foi para casa.
- Hmmm!
- Então, eu quero saber sobre esse seu sonho perturbador
John abaixou a cabeça olhando-a de forma faminta, o que a fez tremer dos pés a cabeça. Era um olhar de antecipação do que estava para acontecer. Ele segurou a mão dela e a conduziu de volta para a sala:
- Eu prefiro te mostrar – Sentou no sofá e a fez sentar em seu colo, com os joelhos em volta do seu quadril.
- E quanto ao nosso jantar?
- Vou pular para o prato principal – Enfiou as mãos por debaixo da blusa dela segurando sua cintura.
- Há! Há! Ok – Natasha puxou o cabelo para lado e segurou o rosto de John tomando seus lábios em um beijo lento e profundo querendo sentir seu doce gosto. A língua dele invadiu a barreira de seus dentes se encontrando com a dela pronta para se enroscar a dele.
John escorregou suas mãos para o botão do short dela abrindo-o e baixando o zíper, logo as mesmas mãos foram para trás passando por dentro do jeans e atravessando a calcinha agarrando a bunda dela forçando-a ir para frente. Natasha sorriu sentindo sua ereção latejante tocando-a:
- Eu acho que não devíamos transar ate a lua de mel, esse é o certo – Falou aquilo para provoca-lo.
- Como se eu fosse um homem que sempre segue o que é certo – A apertou com mais força. Nat não pôde segurar um suspiro de prazer – Está louca se acha que vou esperar ate lá.
- Você é sempre tão impaciente – Mordeu o lábio dele desabotoando sua camisa – Pense no resultado, tantos dias de abstinência, nossa lua de mel seria maravilhosa.
- Minha linda sempre que eu transo com você sinto como se estivesse há meses em abstinência, acredite, nossa lua de mel será inesquecível – Ainda segurando seu bumbum a forçou a se movimentar sobre sua calça para sentir o nível da sua excitação. Ela tirou a própria blusa querendo sentir a pele dele na sua.
- Hmm! Tem razão – Passeou com seus dedos sobre o peito dele, dedilhando seus músculos poderosos. Enfiou uma mão entre os cabelos dele e se apossou de sua boca com tamanha fome.

As semanas passaram voando, todos estavam correndo para a preparação do tão aguardado casamento. Quase tudo estava pronto, por sorte faltavam poucas coisas, ate mesmo vestido de Natasha estava em seus últimos ajustes.
Uma semana antes Michelle propôs uma pequena festa de despedida de solteira para Natasha e suas amigas em sua casa. Todas foram, ninguém queria perder essa comemoração, e principalmente fazer Natasha passar vergonha com os presentes obscenos que ganharia.
No meio da festa Natasha levantou do chão:
- Eu vou no banheiro, é rápido
- Mas tem que ser rápido mesmo, ainda tem mais presentes, principalmente o meu.
- Oh! Por favor, nada de stripper, John jamais me perdoaria.
- Sem graça, mas não, eu não chamei nenhum – Sorriu.
- Acho bom – Natasha se distanciou delas. A festa estava rolando na área de trás da casa, onde tinha mais espaço, o banheiro ficava lá dentro.
Abriu a porta e correu para dentro, estava hiper apertada, depois de tantas bebidas. Ao terminar foi ate a pia lavar as mãos. Abriu a torneira e a água caiu em abundância:
- E lá vem a noiva – Uma voz feminina a tirou de seu silencio.
Natasha ergueu o rosto olhando para o espelho que exibia o reflexo de quem estava logo atrás. Franziu a testa quando a viu:
- Lucy?

Continua...

Simply, I love youWhere stories live. Discover now