Do outro lado

35 2 0
                                    

[...] a tomou em um beijo selvagem e cheio de luxúria. [...]

- Ethan, por favor, me responda, eu só quero falar com você, me atenda ou retorne minhas ligações, ou pelo menos responda minhas mensagens, eu não sei, só quero falar com você. Não podemos ficar assim. Eu perdi as contas de quantas mensagens já mandei... Por favor, vamos resolver isso. Eu te amo. – Foi uma mais uma das milhares de mensagens que ela lhe enviou. Ethan estava a duas horas tentando terminar um projeto, mas após duas ligações, e cinco mensagens de texto ele não conseguiu se concentrar. Desde a última noite ele ignorava Naya constantemente. Pela manhã ela veio ate sua casa, e por sorte ele não estava presente. Mas apesar do desprezo merecido, Ethan se sentia um caco, seu coração parecia do tamanho de uma ervilha de tão pequeno e frágil que estava, ele a queria com toda a sua alma, tinha vontade de responder suas mensagens, atender suas ligações, ouvir sua voz, mas sem a promessa de que as coisas irão melhorar, tudo continuará como está.
Ele levantou de sua cadeira e abriu o guarda roupa tirando de um pequeno espaço uma mala. A jogou em cima da cama e tratou de escolher suas roupas para pôr nela:
- É o melhor para nós dois Naya – Ele pegou duas calças dobradas e colocou na mala, mas não levantou e nem foi pegar mais roupa, apenas suspirou – Ou talvez eu nunca devesse ter me apaixonado, a vida antes era mais simples.
Seu celular novamente tocou alertando uma nova mensagem. O pegou e leu o pequeno texto:

- Eu não sei mais o que dizer... Me perdoe. – Sexta mensagem. Ele se arrependera do que acabara de dizer, se apaixonar por ela foi a melhor coisa que já lhe aconteceu, e esperava que isso fosse o suficiente para salvar a relação, e o tempo longe servisse para Naya refletir sobre tudo. Ele olhou para a foto do plano de fundo. Ele olhava todo sorridente para a câmera, enquanto ela tinha o rosto voltado para ele dando um beijo em sua bochecha rindo e com os olhos fechados tocando o outro lado do seu rosto. Nesse dia Ethan pegou sua moto e levou Naya para visitar uma casa que estava sendo construída, um projeto seu, ficava próxima a uma praia, como ele sabia que não haveria ninguém no dia, os dois aproveitaram bastante. Foi um excelente dia.
Ele puxou o ar profundamente largando o celular e voltando a arrumar sua mala.

Natasha estava sentada no meio da cama ajudando John a dobrar as roupas para pôr na mala:
- Amor não tem problema mesmo o Ethan ir conosco?
- Claro que não. Quando eu estiver em reunião ele vai ficar com você, o que me deixa mais aliviado, e de acordo com o que me contou também acho que vai ser de grande ajuda para ele sair daqui – Ajeitou a camisa na mala.
- Sim – Natasha suspirou com tristeza – É uma pena isso o que está acontecendo, eles se amam, mas como sempre a distancia atrapalha os casais.
- Pois é. Por isso estou levando você comigo – Se inclinou dando um selinho nela.
Natasha sorriu balançando a cabeça:
- Você é o oposto da Naya, é grudento ate demais
- Hmm! E a senhorita acha ruim?
- Quando tem dois brutamontes me seguindo sim, acho bastante ruim.
- Os seguranças são para o seu bem, e sabe disso. E você já os conhece.
- Sim, sim, eu sei, mas sabe que não gosto de ser vigiada, eu me sinto como se estivesse usando uma tornozeleira eletrônica, só que com a diferença é que posso andar livremente, mas com dois guardas o tempo todo atrás de mim.
- Minha linda isso não é para sempre, é só ate eu ter certeza de que está segura – Apalpou seu rosto dando um beijinho na ponta do seu nariz – Quando não houver mais perigo, nenhum deles a seguirá mais, eu prometo.
- Hunf! Tudo bem, eu gosto deles, mas ainda sim não gosto de ser seguida – Colocou a peça de roupa dobrada na mala e o ajudou a fechar.
- Por que não vamos jantar? – Segurou as mãos dela ajudando- a sair da cama.
- Hmm! Ta
John sentiu o anel de noivado dela tocando seus dedos. Sorriu olhando para a joia:
- Já pensou em uma data?
- Hmm? – Seguiu o olhar dele e soltou um suspiro seguido de um sorriso – Não ainda não, nós precisamos decidir.
- Eu não quero esperar, por mim casaríamos amanha mesmo, Paris é um ótimo lugar para isso.
- Não, eu quero que toda nossa família e amigos estejam lá. O casamento religioso é muito importante para mim, por isso quero que seja perfeito.
- Tudo bem. Se é o que você quer, então deixarei fazer do seu jeito, com vestido branco igual de princesa.
- Ele não vai ser extravagante, mas também não vai ser simples. Estou cheia de ideias.
- Apesar de saber que você ficará linda, eu não ligo para isso, apenas quero que diga sim no altar.
- Eu vou dizer sim juntamente com um belo vestido, e você estará igual a um príncipe, não aceito menos que isso.
- Tudo o que você quiser – Segurou seu rosto lhe dando um demorado selinho. – Vamos jantar noivinha cabeça dura.
- Alguém precisa ser a adulta nessa relação – Falou enquanto caminhavam para fora do quarto.
- E com certeza não é a garota que sonha em mergulhar em uma banheira de chocolate e comer os próprios dedos – Respondeu olhando de rabo de olho para ela.
- E quem não sonha com isso?
- Um ser humano normal?
- Ah! Qual é. É chocolate em uma banheira, mergulhar ate o pescoço e poder lamber os próprios dedos.
- E ainda diz que é a adulta – John começou a rir.

Simply, I love youWhere stories live. Discover now