De volta para casa

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[...] a beijou apaixonadamente. [...]

No outro dia John apareceu de manhã cedo e logo ao entrar no quarto a doutora Denver estava se despedindo da Natasha:
- Obrigada doutora
- Não precisa me agradecer, é o meu trabalho
- Bom dia – John saudou.
- Oh! Senhor Harris
- Amor – Natasha abriu um grande sorriso.
- Algum problema com ela doutora? – Olhou para a jovem e depois para a médica.
- Não, muito pelo contrário, Natasha está melhor do que nunca
- Sim, Lily veio me trazer uma boa notícia
- Ah é? Qual?
- Amanhã eu vou ter alta, eu vou poder ir para casa
- Ah! Isso é sério? – Um sorriso se formou nos lábios de John.
- Sim, todos os exames dela mostraram que não há nenhuma lesão grave, fora o braço quebrado Natasha está ótima, e não vejo porque mantê-la por mais tempo aqui no hospital. Claro, ela ainda precisa de repouso, não pode fazer força e nem se esforçar muito, infelizmente terá de ficar deitada por bastante tempo – Olhou para jovem erguendo as sobrancelhas.
- Arg! Eu passo o dia todo nessa cama, eu quero poder pelo menos andar um pouco
- Mas você anda – John respondeu se aproximando dela.
- Só para ir ate o banheiro e mesmo assim tem sempre alguém me segurando
- Há! Há! Há! Natasha tem que entender que isso é para o seu bem, você passou três semanas em coma, apesar de não ter sido muito tempo você perde um pouco dos seus movimentos, fica desorientada, e também seu corpo está se recuperando do acidente, é pouco tempo para estar 100% - Doutora Lily sorriu segurando sua prancheta na frente do corpo.
- Eu já consigo mexer os dedos – Natasha falou olhando para o seu braço na tipoia e mexeu seus dedos lentamente.
- Isso é muito bom, ele está melhorando cada vez mais, eu diria que em quatro ou cinco semanas ele estará novinho em folha.
- Ah! Tudo isso?! – Ela fez cara de desanimo.
- Há! Há! Vai passar rápido, vai ver – Riu balançando a cabeça. – Bom agora se me derem licença irei ver meus outros pacientes.
- Sim, obrigada Lily – Natasha agradeceu.
- Obrigada de verdade doutora – John andou ate ela estendendo sua mão, e a médica segurou. – Obrigado por tudo o que fez, eu tenho uma divida muito grande com você.
- Não me deve nada, se eu deixasse a Nat morrer estaria quebrando juramento que fiz quando me formei. – Sorriu com convicção dando um passo atrás – Qualquer coisa basta me chamar – E assim ela saiu do quarto.
John virou e estava com um sorriso gigantesco, andou ate a jovem e segurou seu rosto lhe dando um demorado selinho:
- Você vai sair amanhã minha linda – Beijou outra vez – Essa é a melhor noticia de todas.
- Eu sei, eu mal posso acreditar que finalmente vou sair – Segurou o pulso dele – Só que vai ter confusão amanhã.
- Confusão? Como assim?
- Meus pais vão querer que eu vá para casa me recuperar e...
- Não, você vai para o meu apartamento – Respondeu com firmeza.
- Viu só?!
- Isso não tem discussão
- Tem quando meus pais estão envolvidos, e gostando ou não eles têm mais direitos que você.
- Hunf! E o que você prefere?
- Hmmm! Acho que é melhor ir para casa
- Qual das duas?
- A dos meus pais
- Por quê?
- Amor lá eu tenho meus pais, Ethan e a Lala que ficará o tempo todo comigo
- Tina também ficará
- Eu sei amor, mas a Lala cuida de mim desde quando eu era um bebê, ela ficará chateada se eu não for... E também você tem que trabalhar, e eu ficaria sozinha, eu não quero parecer egoísta, mas eu já passei bastante tempo nesse hospital e não quero mais ficar só.
- Eu posso dar um tempo do trabalho para ficar com você
- Não, não, eu não quero que faça isso, você já passou muito tempo longe da revista por minha causa e eu sei que o Sam já não aguenta mais assumir seu lugar, você precisa retomar seu lugar – Passou com suavidade sua mão sobre o rosto de expressão distorcida dele – Meu amor vai ser melhor assim, e você ficaria despreocupado sabendo que estou bem e segura, sabe que poderá me ver todos os dias.
- Não vai ser a mesma coisa, você estando perto de mim eu saberei o que fazer e como está. – Sentou na cama.
- Você saberá. Sabe que pode ir dormir comigo lá. E sim, eu sei que não é o mesmo, mas é temporário só ate eu ter total controle sobre meu corpo. Por favor, compreenda que é só por um curto período.
- Você nunca me dá alternativas
- John...
- Tudo bem, tudo bem – Ergueu as mãos em derrota e deitou ao lado dela – Se não tem jeito, mas saiba que assim que se sentir melhor você vai voltar para o meu apartamento.
- Eu prometo – Entrelaçou sua mão esquerda a dele e beijou a costa.
De repente alguém passou no corredor com um bebê nos braços que chorava sem parar. Natasha não pôde deixar de suspirar e lembrar-se do seu filho. Um silêncio pesado caiu no quarto, o único som que se podia ouvir era o da respiração deles. Então Natasha perguntou:
- O que você acha que era?
- Hmm? – Ele olhou para ela.
- Nosso bebê... O que você acha que era? Menino ou menina?
John respirou fundo e lembrou-se de seu sonho, do bebê que Natasha carregava, e do garotinho as margens do lago acenando para ele. Não pôde deixar de sorrir:
- Algo que me diz que era um menino
- Menino? – Foi a vez dela sorrir.
- Sim – Beijou o rosto dela – Um lindo menino que com certeza seria muito parecido com você.
- Acho que seria mais com você – Beijou a ponta do seu nariz – Lindo, de cabelos negros, olhos acinzentados, só que não tão sério.
- Ah eu sou sério?
- Muito
- Não sou não
- É claro que é. Você tem um olhar muito intimidador assim como seu rosto, e você é todo grandão, acaba deixando uma pessoa amedrontada.
- Você nunca se amedrontou comigo
- É porque eu nunca tive medo de você, desde o começo eu sabia como você era, e eu o amei desde então.
- Hmmm! Então você foi a única
- Ainda bem – Sorriu lhe dando um selinho.

No outro dia pela tarde John apareceu no hospital queria está presente no momento em que Natasha receberia alta. Quando entrou no quarto viu Ethan deitado no sofá com a cabeça sobre o colo de Susan e dormia profundamente:
- Noite de festa? – Ele perguntou apontando para Ethan.
- Passou a noite terminando um projeto e foi trabalhar hoje de manhã, está esgotado – Susan passou as mãos com delicadeza no cabelo do filho.
- Entendo, também já precisei do colo da minha mãe varias vezes. Só espero que não seja ele que vá dirigir.
- Não, apesar dele ter vindo com o carro dele, mas pedi ao Jason
- Deveria ter me ligado, sabe que eu faria com todo o prazer
- Pensei que fosse se ocupar a tarde toda, não queria atrapalhar
- Quando o assunto é a Nat nunca me atrapalham. E por falar nela, onde está?
- No banheiro com a Michelle terminando de se arrumar
De repente a porta se abriu e a loira vinha segurando Nat pelo braço bom:
- Minha linda – Se aproximou dela. Mich cedeu o lugar para ele, e o mesmo passou o braço em volta da cintura dela e a levou ate a cama para senta-la – Pronta para ir?
- Mais do que pronta
- A doutora Denver já passou aqui e deu alta para ela – Susan comentou.
- Isso é ótimo, então podemos ir – John sorriu dando um beijo na testa dela.
- Sim – Concordou devolvendo o beijo no queixo dele.
Susan tocou o rosto do filho:
- Ethan acorde querido – O sacudiu suavemente – Vamos meu bem. Quando chegarmos em casa você volta a dormir.
- Ele está acabado – Nat falou.
- Então é melhor eu levar o carro dele, Phillip está comigo e pode nos seguir ate sua casa
- Eu acho uma ótima ideia
Ethan resmungou antes de abrir os olhos e esfrega-los:
- Nós já vamos meu amor, levante.
- Hmmm! Meus olhos estão pesando uma tonelada – Ele sentou e Susan passou as mãos ao redor do rosto dele lhe dando um beijo na bochecha.
- John vai levar o seu carro, é melhor ir com ele, você está com muito sono para dirigir
- Está bem – Bocejou. Tirou as chaves do bolso e jogou para o moreno.
Logo Michelle voltou com uma cadeira de rodas para Natasha sentar e seguirem ate a saída. Ela estava mais do que contente em poder sair daquele hospital e voltar para sua casa.

Continua...

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