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--- Bia On ---
Abro os olhos e vejo que já anoiteceu. Levo algum tempo a aperceber-me do local onde estou. Eis que aí me lembro do Harry e da nossa troca de mimos. Sento-me na cama e noto que estou sozinha. Por momentos penso que ele se foi embora e que isto não passou de um sonho, mas depressa oiço barulho da água a correr, o que me leva a crer que ele está tomar banho. Sorrio para mim mesmo ao lembrar a maneira como resolvemos a nossa desavença. Pode até ter sido rápida e não da melhor forma, mas o amor entre nós ajudou a superar.
Passado uns minutos vejo-o sair da casa de banho apenas com a toalha na cintura e com o cabelo ainda molhado.

Harry: Oh. Já acordaste? (diz enquanto se seca)
- Sim, mas não estavas a meu lado. (falo e levanto-me aproximando-me dele)
Harry: Não me digas que tiveste saudades minhas? (agarra-me na cintura)
- Nem imaginas quanto. (inicio um beijo suave)
Harry: Desculpa mais uma vez se desconfiei de ti.
- Não vamos falar mais sobre o assunto. O que interessa agora é que estamos bem. (abraço-o)
Harry: Não sei o que fiz para merecer alguém como tu… (abraça-me mais forte)
- O mesmo posso eu dizer. (sorrio e dou-lhe um beijo no peito) Bem eu tenho de passar em casa para trocar de roupa antes do nosso jantar.
Harry: Não precisas. (pega um saco em cima da cadeira do quarto) Acho que poderias usar isto.

Pego no saco e quando abro, sorrio ao ver o que tem dentro. Umas simples calças de ganga preta e uma camisola branca, mas de tecido leve.

Harry: Sei que não és muito amiga de vestidos, por isso achei que esse conjunto te ficaria bem.
- Obrigada amor. Não precisavas ter gasto dinheiro. (digo dando-lhe um beijo)
Harry: Acho que posso mimar-te de vez em quando. (sorri) Vá, agora vai tomar banho que daqui a pouco é hora de jantar.

Depois de sair do banho, regresso ao quarto para me vestir. Vejo que em cima da cama está mais algo que não só a roupa que ele me deu. Um conjunto de lingerie branca muito simples estava junto à roupa, assim como também posso ver os meus ténis no chão junto à cama. Este rapaz pensa mesmo em tudo. Não se esqueceu de pormenor nenhum. Lá me arranjei e no fim dirijo-me à sala onde encontro o Harry a olhar para o telemóvel e com a televisão ligada. Assim que repara na minha presença um sorriso rasgado aparece na sua cara.

Harry: A roupa fica-te bem. Pelo menos não errei no número. (diz desligando a televisão)
- Acho que me conheces demasiado bem para cometeres um engano de números. (rio e visto o meu casaco)

Entrelaçamos as nossas mãos e lá saímos nós, trancando a porta atrás de nós. A viagem de carro foi calma e de vez em quando o Harry lá me fazia carinho na mão ou então olhava para mim com aquele olhar apaixonante que tem desde que o conheci. A música de fundo era a nossa companhia e houve um instante em que sorri mais que nunca, pois a música que passava na rádio era dele e dos rapazes. Pude ver o seu sorriso quando ouviu os primeiros acordes. Pelo que soube ninguém sabia que a música iria passar hoje nas rádios. O meu telemóvel começou a tocar dando sinal de mensagens e chamadas dos rapazes. Acabei por atender a chamada ao Louis.

*Chamada On*
- Louis…
Louis: Olá Bia. Diz-me que  Harry está contigo.
- (olho para o Harry) Sim está. (coloco a chamada em alta voz) Podes falar que ele está a ouvir-te.
Louis: Harry diz-me que ouviste a nossa música? (percebia-se o entusiasmo na sua voz)
Harry: Sim ouvi. Mas era mesmo para passar hoje?
Louis: O Richard ligou a dizer que hoje teríamos uma surpresa.
- E olha que foi um surpresa em grande.
Harry: Já falaste com os outros?
Louis: Apenas com o Niall pois ele estava comigo quando a ouvimos.
- Vocês estão de parabéns.
Louis: Obrigado. Vamos ter de ir comemorar o lançamento na rádio.
Harry: Pois, mas Louis não vais poder contar connosco.
Louis: Porquê?
- Digamos que eu e o Harry estamos a caminho de um jantar a dois.
Louis: Harry tu vais fazer o que eu estou a pensar?
Harry: Parece que sim. (ri-se)
Louis: Então vou deixar-vos em paz. E vejam lá. Não quero ser já tio.
- Louis!!
Louis: Pronto, pronto… Harry vai lá mimar a tua menina que já vi que ainda não mataram saudades deste mês.
Harry: Até amanhã Louis.
- Até amanhã.
Louis: Até amanhã casal Styles.
*Chamada Off*

- O Louis já sabia que estamos bem de novo?
Harry: Foi o primeiro a saber. Depois de teres ido tomar banho, ele ligou e eu contei-lhe.
- E afinal que me queres tu mostrar?
Harry: És muito curiosa. Mas já estamos a chegar.

Passados alguns minutos chegámos então ao destino. Qual o meu espanto quando me deparo com o pavilhão de patinagem. Fico confusa e sei que se perguntar algo, ele não me vai responder.
Saímos do carro e vejo o Harry ir buscar um saco de desporto ao porta-bagagens. Ele sorri para mim e mesmo não percebendo nada do que está a acontecer sigo atrás dele para dentro do pavilhão. Ao passar pela recepcionista, a mesma entrega-nos uma chave e sorri para nós com a maior cara de quem está derretida com o que se está a passar.

Entramos numa das salas do pavilhão e vamos até ao restaurante do mesmo posso ver uma mesa posta para duas pessoas. Ao aproximarmo-nos um dos empregados sorri para nós e indica-nos a mesa.
O jantar foi muito agradável. Conversámos, rimos bastante e tivemos os nossos momentos de troca de amor. De repente o Harry levanta-se e puxa-me até à entrada do gelo. Vejo que de dentro do saco ele retira dois pares de patins. Um deles, eu reconheço como sendo os meus. Mas como raios ele os tem se os deixei em casa?

- Que vais fazer? (pergunto vendo que ele calça os patins)
Harry: Uma vez disseste que me gostava de ver a patinar.
- Mas tu dizes que não sabes andar nesses “sapatos com lâminas” como tu lhes chamas.
Harry: Eu sei, por isso e enquanto tu tiveste fora este mês, eu tive aulas de patinagem.
- Tiveste o quê?! (questiono surpreendida)
Harry: A Becca deu-me algumas aulas. Os rapazes também quiseram aprender, mas apenas eu fui até ao fim.
- Tenho mesmo de ver isto. (rio)
Harry: Não acreditas?
- Acredito apenas quando te vir deslizar ali dentro.
Harry: Mas tu vais comigo.
- Claro. (sorrimos e entramos no gelo)

Suavemente começamos a deslizar no gelo e ter a companhia do Harry foi das melhores coisas que me poderiam acontecer. Está bem que ele era iniciante, mas o facto de ele querer fazer parte deste “meu mundo” deixa-me muito feliz. Houve algumas quedas, tanto da parte dele como da minha e no fim apenas nos limitávamos a rir. Foi bastante divertido e acho que esqueci por completo tudo o que se passava à minha volta é como se só houvesse eu e ele. Tenho certezas que ele sente o mesmo. Numa das vezes em que ele deslizou até mim atacou por completo os meus lábios num beijo carregado de paixão e desejo, mas acima de tudo amor e ternura. Depois deste beijo acho que já nenhum de nós tinha disposição para continuar a patinar. Rapidamente nos dirigimos para fora do gelo e voltamos a calçarmo-nos para fazer de volta o caminho para casa – nossa casa.
--- Bia Off ---

--- Harry On ---
Estamos neste momento à porta de nossa casa e mal posso esperar para fazer da Bia minha mais uma vez. Para a ter nos meus braços enquanto nos entregamos um ao outro. Pego na sua mão e abro a porta de casa, acendendo as luzes logo de seguida. Caminho até ao nosso quarto e quando abro a porta noto que ela está meio nervosa. Quem visse até parece que é a primeira vez que vamos fazer amor. Tirei os ténis e o casaco que trazia vestido e vejo que ela faz o mesmo. Liguei a luz da mesa-de-cabeceira e todo o ambiente se tornou acolhedor para o momento. Suavemente puxei o seu corpo para perto do meu e iniciei uma trilha de beijos pelo seu pescoço, ao que ela suspira em cada toque meu. Quando os nossos lábios se tocaram foi como se tivéssemos sido recompensados por tudo o que nos unes. Por todas as pequenas coisas que fazem parte da nossa relação e a tornam tão forte como muitos dizem. Levei as minhas mãos à sua cintura e olhei profundamente nos seus olhos.

- Nunca pensei amar novamente alguém como te amo a ti.

Ela sorri para mim timidamente e de forma doce o seu nariz roça no meu dizendo palavras que me deixam o coração cheio.

Bia: E só contigo consigo ter a felicidade completa. (murmura no meu ouvido)

Os seus olhos brilham como no primeiro dia em que se cruzaram comigo. Sorri notando e reparando em cada detalhe do seu rosto. Com o meu dedo percorro cada traço do seu rosto e observo que ela fecha os olhos ao sentir o meu toque. Ela aproxima-se de mim e abraça-me. Sinto o seu corpo relaxar e um suspiro é solto. Sinto também que ela descansa a cabeça no meu ombro o que me faz mais uma vez saber que só eu sou o seu porto de abrigo. A sua respiração no meu pescoço faz com que eu a sinta na perfeição. Nesse instante eu deixei um pequeno e suave beijo no seu pescoço ao que ela se arrepia. Levei as minhas mãos ao fundo da sua camisola e retiro-a suavemente. Ela faz o mesmo comigo. Suavemente pego nela e deito-a na cama ficando a admirar o seu olhar profundamente. Não são precisas palavras para nos entendermos. Ela puxa-me para si e a sua língua invade a minha boca procurando decorar para pedacinho dela. A minha mão vai de encontro ao cós das suas calças, desapertando-as. Ela sorri envergonhada e não evito uma gargalhada com a sua maneira de tentar esconder que está corada. Retiro as suas calças deixando-a apenas em roupa interior. Deito-me por cima dela beijando cada centímetro do seu corpo provocando-lhe arrepios e fazendo com que ela suspire a cada beijo molhado que vou deixando. No momento em que me ia levantar ela vira-nos na cama e desaperta-me o botão das calças deixando um rasto de beijos pelo meu tronco, o que me deixa maluco de desejo. Mas quero que a noite seja especial por isso não vou apressar nada.
Quando finalmente me vi livre das calças ela continuou sentada sobre mim com uma perna de cada lado, como se me prendesse. E confesso que eu amo esta prisão que ela me proporciona. As suas mãos desceram ao longo do meu peito e no instante que ela se inclina para me beijar levo as minhas mãos ao fecho do seu sutiã tirando-o. Viro-nos na cama e beijos são depositados nos seus seios vendo-a arquear-se de prazer sob mim. A visão deixa-me ainda com mais desejo e vontade de a sentir rapidamente. Mas se quero que esta noite seja única vou fazer o esforço de esperar e tornar tudo mágico. Não demorou muito até estarmos completamente nus. Os nossos lábios mantinham-se em permanente contacto, mesmo que desalinhado. Não temos pressa para terminar a noite, por isso os nossos movimentos são lentos e calmos, proporcionando um prazer incalculável. Aos poucos fomos chegando ao nosso limite e o cansaço começava a consumir-nos.

- Amo-te tanto. (falo roucamente)

Beijei-a novamente com a maior delicadeza possível. Ela sorriu para mim e beijou-me de volta com todo o amor possível. Esta foi sem dúvida uma das melhores noites que tive com a minha menina. Uma noite que tão depressa não pretendo esquecer. A primeira a ser passada na nossa casa. Está bem que já cá tínhamos estado antes, mas hoje é sem dúvida especial.
Vejo que ela aperta o lençol com maior força sussurrando um “amo-te” sentido. Os meus beijos caiam sobre os seus lábios como se não houvesse amanhã. Puxei-a mais para mim de forma a que este fosse o movimento final. Ambos gememos o nome um do outro e comigo ainda dentro dela um beijo apaixonado foi trocado. Deitei-me a seu lado e tentado restabelecer a respiração sorri estupidamente pensando no que acabou de acontecer. Olho para a Bia que se vira para mim e encosta o seu corpo mais ao meu, fazendo com que o meu braço se posicione à sua volta.

Bia: Amo-te. (disse e eu dei-lhe um beijo no topo da cabeça)
- Também te amo.

No fim das nossas forças acabamos por adormecer nos braços um do outro como sempre desejámos.
--- Harry Off ---

Hate and LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora