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--- Bia On ---
Depois da horrível noite que passei com a Darcy a tentar sufocar-me, o Dr. Robin achou por bem que eu falasse com a Dr.ª Kristina. Ele disse que como psicóloga ela poderia ajudar-me a exprimir o que estou a sentir. Num momento tenho uma amiga de infância a tentar fazer mal ao meu filho e no outro tenho a minha eterna inimiga a tentar matar-me para poder ficar com o Harry. A Dr.ª veio ter comigo e até posso dizr que me fez bem falar com ela. Mas no fim o sentimento de que eu não sou o sufiente para o Harry permanece. Afinal existem tantos obstáculos entre nós. Até parece que o destino não nos quer juntos, ou então nos quer pôr à prova. Está tudo tão confuso para mim. Perdida nos meus pensamentos sou interrompida pela entrada no meu namorado pelo quarto perguntando como eu estou. Até lhe posso dizer que estou bem que ele decerto saberia que estou a mentir. Assim opto apenas por lhe sorri e pedir um abraço.

Harry: Amor estive a falar com o médico e se tudo correr bem amanhã estarás em casa.
- Só amanhã? Tenho saudades a nossa casa e sobretudo do Thomas.
Harry: Eu sei paixão. Mas acredita que ele está bem e também tem saudades tuas. Mais que ninguém ele sente e sabe que não estás perto dele. Mas aqui (aponta para o meu peito) ele sabe que estás bem e desejosa de voltar para casa... Soube que estiveste à conversa com a psicóloga.
- Sim estive. (aconchego-me no seu abraço) Quando vi a Darcy à minha frente foi como se um grande borrão tivesse passado na minha vida e ela tivesse parado naquele instante. Pensei que era o meu fim. (engulo em seco)
Harry: O Dr. Robin contou-me algo que me deixou deveras furioso.
- Que aconteceu?
Harry: A Chloe... Não foi só ela que esteve aqui na noite em que o Thomas nasceu.
- Não vais falar na El...
Harry: Nada disso. A Darcy também cá esteve.
- Como? A Chloe disse que tinha sido ela.
Harry: Mas pelos visto não foi a única. Lembras a El ter dito que uma mulher passou por ela no estacionamento? (assinto) Pois bem, segundo as câmaras de vigilância essa mulher era a Darcy.
- Diz-me que ela não vai voltar. (falo com a voz presa)
Harry: Elas estão presas e tão depressa não vão ser soltas. Elas nunca mais se vão aproximar de ti e do Thomas. Eu não vou permitir.

Aquelas palavras do Harry deixaram-me mais segura do que possa vir a acontecer. O dia passou a correr e entre visitas dos meus amigos e família, a noite chegou bem depressa. Quase tive de implorar ao Harry para fazer uma vídeo chamada com a mãe dele para que eu pudesse ver o Thomas. Depois disso posso dizer que fiquei com o coração mais sossegado, pois mesmo longe, eu sei que o meu filho está bem e está a ser bem tratado. Mas isso já se esperava de uns avós como os Styles ou até os Malik. Assim que termino o meu jantar, o Harry despede-se de mim dizendo que amanhã estaria aqui bem cedo para me levar para casa. E que saudades já tenho de casa. Embalada nos meus pensamentos lá me deixo adormecer, mas sabendo que daqui para a frente a vida talvez me sorria de maneira diferente.

Acordo com a enfermeira que me trás o pequeno-almoço. Aquelas torradas deslavadas e aquele leite simples dão-me enjoos, mas é comida de hospital e não há nada a fazer. Estava difícil comer aquilo e acho que o meu filho "encarnou" em mim e estou a fazer birra que nem uma criança.

XxX: E parece que alguém acordou de birra hoje. (diz rindo) Bom dia paixão... Senhora enfermeira...
Enfermeira: Ainda bem que chega senhor Styles. Aqui a sua mulher não quer comer. (sorrio ao ouvir o que enfermeira me chamou)
Harry: Deixe estar. Eu faço-a comer. (senta-se a meu lado)
Enfermeira: Então se me dão licença. (assentimos e ela sai)
- Não penses que lá por estares aqui vou comer esta torradas deslavadas. (cruzo os braços)
Harry: Pelos vistos a enfermeira tem razão. A senhorita Styles hoje está do piorio. (dá uma trinca na torrada)
- Ei... Isso é meu. E eu não estou rabugenta.
Harry: Pois não. Estás pior que o Thomas hoje de manhã.
- Ele está bem? (digo bebendo o leite)
Harry: Apenas acordou com cólicas. A minha desconfia que possa estar algum dente para nascer. (brinca com os seus dedos)
- O nosso menino está a crescer.
Harry: E a olhos vistos. (sorri para mim) Agora só resta dar-mos o próximo passo.
- Próximo passo? (pergunto meio confusa)
Harry: Sim. Bia, nós estamos noivos daqui a pouco há dois anos. Só falta mesmo casar. (olha-me tentando ler a minha mente)
- Ainda queres casar comigo?
Harry: Mais que nunca.
- Então que venha o casamento.

Ele sorri para mim daquela forma que me enfeitiça e os nossos lábios encontram-se de forma eletrizante. Somos interrompidos pela enfermeira e pelo Dr. Robin.

Dr. Robin: Olá bom dia. Desculpem interromper. (a enfermeira leva o tabuleiro)
Harry: Não interrompe doutor. Está tudo bem?
Dr. Robin: Sim. Apenas venho ver a Beatriz para lhe poder dar alta.
- Finalmente. (respiro aliviada)
Dr. Robin: Eu compreendo que não gostes muito desta zona no hospital. Aliás. Nenhum dos dois deve gostar.
Harry: Não mesmo.

Depois de ser examinada pelo médico e de ele me ter dado todas as recomendações necessárias lá finalmente me preparei para ir embora. Apenas fiquei triste pois devido a ter o braço ao peito para não esforçar o ombro não vou poder pegar no Thomas ao colo. O Harry tentou animar-me, mas não estava fácil.

Finalmente vejo no fundo da rua a minha casa. Um sorriso aparece no meu rosto quando com a ajuda do Harry caminho para dentro de casa. Um certo silêncio carregado de múrmuros se apodera da sala. Automaticamente sorrio ao ver a sala enfeitada de forma a dar-me as boas vindas. Olho para o Harry que sorri e pousa a chave na mesa da entrada. Ao caminhar vejo que foi tudo preparado com muito carinho.
Vejo o Zarry correr e ladrar na minha direcção o que me faz gargalhar. Já tinha saudades deste pequeno. Sinto o Harry entrelaçar a minha mão na dele e ambos fazemos o caminho até ao jardim. Assim que abre porta um enorme aplauso é ouvido. Toda a minha família e amigos está aqui para me receber.

Ellen: Bem-vinda de volta filha. (dá-me um beijo na testa)
Zayn: Mana isto já não era o mesmo sem ti. (abraça-me tendo cuidado com o meu braço)

Olho em volta e um a um os meus amigos e família vão dando abraços e beijos. Debaixo do enorme chapéu de sol posso ver as minhas sobrinhas e a minha irmã sorridentes e na brincadeira. O Louis está perto delas e a Eleanor está a seu lado. A Perrie mantém-se ao lado da Inês que me olha com um enorme sorriso. O Niall aparece na companhia do Liam e ambos riem junto da Sophia. Agora algo salta à minha vista quando vejo o meu pai e o Ben de volta do churrasco enquanto a mãe Bella coloca a mesa juntamente com a Anne.

Harry: Parece que alguém acordou e está com saudades da mamã.

Sorrio quando os dois homens da minha vida caminham calmamente na minha direcção. Devagar deposito um beijo na testa do Thomas que leva a sua mãozinha ao meu rosto. O facto de não poder pegar nele transtorna-me, mas vou ter de resistir. Dirigimo-nos à mesa assim que o meu pai nos chama e almoçamos com calma e com muita conversa à mistura. Durante a tarde contámos que iriamos marcar a data do nosso casamento e digo que houve uma explosão de alegria.
No fim da tarde já me sentia cansada e o Harry pediu que eu fosse descansar que ele tratava de acompanhar todos os outros. Não podia ter arranjado pessoa melhor para ter a meu lado. Sempre atencioso e cuidado com tudo e todos à sua volta. Enquanto me deito, um cachorro enrola-se no fundo da cama para me fazer companhia. Respiro fundo e tento relaxar. Coisa que não é impossível pois finalmente acho que vou ter sossego por uns tempos. Quando estava quase a pegar no sono oiço alguém bater à porta e vejo a Inês entrar meio a medo.

Inês: Desculpa estar a chatear-te, mas queria pedir-te uma ajuda.
- Ajuda? Em quê?
Inês: Vais pensar que eu sou maluca, mas eu..
- Tu?... Inês, não fizeste nada de errado pois não?
Inês: Nada disso. Eu aprendi com os erros e estou feliz e disposta a segurar a segunda oportunidade que me deram.
- Então?
Inês: (respira fundo) Eu quero pedir o Niall em casamento.
- Awww. A sério? Isso é fantástico.
Inês: Então não achas maluquice ser eu a pedir e não o contrário?
- Inês, o mundo não está na época em que os pais tinham de dar dotes para poder casar as filhas. Evoluímos e com certeza não vais ser a primeira mulher a pedir o homem em casamento.
Inês: Então e ajudas-me com o pedido?
- Naquilo que puder.

Ambas sorrimos e passamos uns bons minutos a discutir a forma como ela iria pedir o Niall em casamento.
--- Bia Off ---

Hate and LoveWhere stories live. Discover now