12.

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A muito custo a Perrie lá te consegue alcançar.

Perrie- Bia afinal que se passou?
Tu- Eu sou uma parva em gostar tanto dele. (dás um pontapé numa pedra)
Perrie- Ei tem lá calma. Ainda te magoas ao pontapear as pedras. Senta-te aqui e fala comigo.

Com calma contas à Perrie tudo o que se passou e ela como boa ouvinte ouviu e no fim tentou aconselhar-te.

Perrie- O Harry foi muito abaixo com a morte do Thomas. O irmão era tudo para ele e como ele se sente culpado é normal que sinta que ao desistir do seu sonho possa vir a atenuar a culpa.
Tu- Acredito que sim, mas escusava de magoar com as suas palavras.
Perrie- De certeza que não o fez com essa intenção.
Tu- Não sei…
Perrie- Tu para o Harry és muito especial. Ele quando fala de ti é de uma maneira bastante especial mesmo. E lá no fundo ele quer que te sintas amada quando estás com ele.
Tu- (sorris) Eu sei que sou importante para ele, mas ele tem uma maneira estranha de o demonstrar.
Perrie- Ui. Esse sorriso significa mais qualquer coisa. Tem a ver com os beijos de que ele falou?
Tu- (coras) É assim tão evidente?
Perrie- Ahahah. Sim... Conta lá.
Tu- Pronto eu conto. Ele declarou-se a mim e pediu-me em namoro.
Perrie- wow… O Harry com namorada fixa. Isso é uma óptima novidade. Sabes que não vai ser fácil lidar com a reputação de mulherengo que ele tem?
Tu- Perrie eu sei disso tudo e estou disposta a lutar pela nossa “relação”. Isto se posso ainda chamar de relação. (suspiras) Eu quero aprender a lidar com o que sinto pelo Harry e para isso preciso que ele o faça também.
Perrie- Eu sei que vocês vão saber ultrapassar os obstáculos.
Tu- Pois, só que agora nem sei como estamos.
Perrie- Por causa do que se passou à bocado?
Tu- Sim.
Perrie- Pelo que conheço do Harry deve estar a esta hora a remoer ter falado contigo daquela maneira.
Tu- Não acredito muito. Ele é teimoso e não gosta de admitir quando erra.

Ficaram à conversa mais uns minutos e depois lá se decidiram a ir ter com os outros. Assim que chegaram o teu olhar cruzou-se com o do Harry, mas depressa ele o desviou e notaste que estava sem o seu brilho habitual.

Zayn- Então Bia estás melhor?
Tu- Sim. Acho que sim. Vou trocar de roupa e já volto.

O ambiente estava um pouco mais fresco durante o jantar que prepararam embora tu e o Harry se evitassem e até longe um do outro se tinham sentado.

Inês- Bia chegaste a falar com a tua mãe sobre a tua adopção?
Tu- Não, mas assim que regressarmos é o que vou fazer. Aliás já que não posso contar com o meu pai. (a tua voz soa baixo na última frase e o Harry apercebe-se disso)
Harry- E que tal cantarmos um bocado? (todos os olhares se focam nele)
Liam- Estás bem Harry?
Louis- Meu tu queres mesmo cantar?
Harry- (olha para ti) Eu não. Mas vocês sim. (diz meio atrapalhado)
Inês- Logo vi que era fruta a mais.
Harry- Inês queres mesmo que eu te responda?
Niall- Por favor não vão discutir.
Perrie- Eu vou buscar a guitarra.
Sophia- E eu vou buscar umas mantas.
Inês- Espera que eu vou contigo.
Louis- Bia podes trocar de lugar comigo. Quero ficar mais pertinho da minha El.
Harry- (olha para ele meio confuso pois significava que irias ficar ao lado dele) Bolas… (diz baixinho de maneira a que ninguém oiça)
Tu- (olhas para o Harry e de seguida para o Louis) Ok eu troco contigo.

A Inês e a Sophia regressam com as mantas e tu e o Harry acabam por dividir a mesma manta. Ele aproxima-se mais de ti fazendo com que praticamente te encostes a ele. Depois de muita música e conversa à mistura aos poucos todos se retiraram para as suas tendas tendo ficado apenas tu e o Harry para o fim.

Harry- Vou dormir. Vens? (dirige-te a palavra pela primeira vez desde a vossa discussão)
Tu- Se não te importas eu fico aqui mais um bocado.
Harry- Ok. Tu é que sabes. (vira costas e vai para a tenda)

A frieza dele estava a magoar-te mais do que querias. Uma lágrima estava prestes a cair, mas limpaste-a antes que desses em chorar descompassadamente. Deste por ti a falar alto e os soluços eram quase inevitáveis.

Tu- Porquê? Porque gosto tanto daquele rapaz. Eu só o queria ajudar. Aquele rapaz consegue ser tão carinhoso e frio ao mesmo tempo.

Enquanto tu estavas perdida nos teus pensamentos, o Harry não conseguia dormir. Dava voltas e mais voltas e não parava de pensar em ti e na maneira como tinha falado contigo. Ele estava arrependido mas não sabia como pedir desculpa. De repente entras na tenda e quando o vês…

Tu- Desculpa pensei que estivesses a dormir. (evitas olhar para ele)
Harry- Estava à tua espera.
Tu- (colocas a manta por cima do teu saco cama e deitas-te) À minha espera para quê? (ansiavas a sua resposta)
Harry- Porque… Porque estava preocupado contigo. (não era bem o que ele queria dizer)
Tu- (suspiras e viras costas para ele) Não preciso da tua preocupação. (falas friamente)

Ouviste o seu suspiro e o silêncio instalou-se na tenda numa questão de segundos. Passados largos minutos tu ainda não dormias e estavas a tentar resistir a teres o Harry mesmo ali ao teu lado. Nisto sentes o Harry aproximar-se de ti. O teu coração começou a bater rapidamente. Não te mexias e fingias que dormias, mas ao mesmo tempo estavas atenta às suas acções. Ele começou a fazer festas nos teu cabelo e do nada começou a falar.

Harry- Eu sei que sou um idiota contigo. Sei que não consigo demonstrar o que sinto, mas quero que saibas que te adoro.

Aquelas palavras estavam a mexer com o teu emocional, mas mesmo assim continuaste no teu canto a ouvir o que ele dizia.

Harry- Sabes, às vezes pergunto-me se usas chinelos pela casa ou que bebida gostas de pedir nos restaurantes. Embora eu tenha certeza que uma simples água te pode satisfazer. Pergunto-me quais os teus últimos pensamentos antes de dormir e os primeiros quando acordas. Sei que se forem como os meus onde tu estás sempre presente quando adormeço e acordo eu fico feliz…

Tinhas vontade de abrir os olhos e abraçá-lo com toda a tua força. Mas optaste por te virares de frente para ele aproximando-te do seu corpo, mas continuando a fingir que dormias. Ele ficou com um sorriso ao ver-te assim serena e continuou o seu discurso mesmo não sabendo que estavas acordada.

Harry- Pergunto qual o cheiro do teu cabelo e aposto que é baunilha ou coco. O toque da tua pele embora já a tenha tocado quando te coloquei o creme naquela tarde. Pergunto se gostas mais que te mande mensagem ou que ligue. Mas digo que eu prefiro ligar pois quero ouvir a tua voz nem que seja para me chamares idiota. Sei que a tua história é complicada mas mesmo assim gostava de saber se a tua mãe te cantava canções de embalar. Sabes gostava de ser eu a cantar para ti.

Cada palavra que ele dizia era como se fosse música para os teus ouvidos. Aconchegaste mais a ele o que o faz sorrir como uma criança.

Harry- Pergunto como gostas do café, mas essa resposta eu sei. Sim eu estou atento a ti e sei que preferes a canela ao açúcar. Não sei qual a sensação de ter a tua pele contra a minha. Apenas sei que os teus lábios são macios e não me imagino sem poder tocá-los. Não sei como me fui apaixonar desta maneira. Sim apaixonar, pois ainda quero entender como conquistaste o meu coração apenas com o teu olhar enfeitiçante. Sei que não vou conseguir repetir isto tudo amanhã quando acordares. Apenas sei que significas mais para mim do que eu mesmo.

Ele dá-te um beijo na testa e deita-se no seu saco cama virado para ti e sem nunca deixar de brincar com o teu cabelo e admirar o teu rosto sereno e calmo. Aos poucos abres os olhos e sorris para ele que retribui docemente. Ficaram em silêncio com o olhar colado um no outros durante uns segundos. Tu depressa quebras esse silêncio…

Tu- Podes ter a certeza que és um idiota, mas sei e sinto que sou importante para ti. Podes não demonstrá-lo da melhor forma, é verdade, mas é real. (olhas nos seus olhos verdes que estavam bastantes brilhantes) Eu em casa prefiro andar de meias ou até mesmo descalça. Sinto-me livre assim. Tens razão quando dizes que eu prefiro um copo de água nos restaurantes…

Fazes uma pausa para perceber a reacção do Harry que era de total admiração. Admiração pois entendeu que ouviste tudo o que ele tinha dito enquanto supostamente estavas a dormir.

Harry- Ouviste tudo? Pensei que estivesses a dormir.
Tu- (assentiste e sorriste continuando a falar) Os meus pensamentos antes de dormir vão direccionados para os meus problemas, mas logo no mesmo instante tu ocupas a minha mente. Ao acordar passa-se exactamente o mesmo. Gosto de sentir as tuas mãos na minha pele pois têm um toque suave. Gosto de receber mensagens, mas prefiro que ligues para poder ouvir a tua voz. (o Harry estava cada vez mais admirado com o que estavas a dizer) A minha mãe cantava para mim até aos meus dois anos. Depois a Ellen ao oito ocupou o seu lugar e cantava para mim mas só até eu ter os meus dez anos. Neste momento gostava que fosses tu a cantar para mim. (ele sorri para ti meio envergonhado) Eu gosto de café morno e com canela. Posso dizer que és um rapaz atento. Amo sentir os teus lábios contra os meus e desejo um dia vir a sentir a tua pele contra a minha. Também não te sei dizer como me apaixonei por ti desta maneira. Apenas sei que esse teu sorriso derreteu-me e enfeitiçou-me por completo.

Sem mais demoras vocês trocaram um beijo intenso e apaixonado. Apenas se separam para respirar, mas o sorriso esse permanecia nas vossas caras como se fossem crianças.

Harry- Desculpa a maneira como te tratei. Eu só estava confuso pois tenho medo de arriscar. (afasta uma madeixa do teu cabelo) Desculpas?
Tu- Eu só quero que te sintas realizado. Gosto demasiado de ti para te ver triste. (dás-lhe um beijo)
Harry- Obrigado. (retribui o beijo)

Encostaste mais ao Harry e adormeces com ele a fazer festas no teu cabelo.

Hate and LoveWhere stories live. Discover now