Capítulo 1 - Conto de Fadas x Vida Real

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E o prêmio sensibilidade de elefante vai para: Christian Chavez! Sinceramente por mais que eu tentasse pensar, não sabia porque ele era tão grosso assim, principalmente com ela. Parecia até que existiam dois “Christians”, um divertido que estava aqui comigo há menos de dois minutos e o de agora, completamente intragável. E desse, eu não gostava nem um pouquinho.

       

 - Christian! – Gritei em protesto.

       

Maite abaixou a cabeça em resposta. Sinceramente não sei que tanto poder ele tem sobre ela!

       

- O que foi?  - Ele deu de ombros com a cara mais deslavada do mundo - Eu só falei a verdade, se ela tivesse feito na hora que eu disse não estaria assim agora, não é mesmo Perroni?

       

- É sim... está certo, me desculpe. Com licença.  – Ela concordou e se retirou levando para cima as duas grandes sacolas. Nem ao menos tive tempo de ajudá-la, quando vi, ela já tinha sumido.

       

Ali tinha algo muito estranho. Eu não estava certa do que fosse, mas era algo que ia muito além de uma simples implicância. Era algo que ia além das paredes daquela república. Arrisco até a dizer, que era algo que havia acontecido antes de chegarmos ali, mas isso eu dificilmente saberia, pois Mai, apesar de morarmos na mesma casa e estudarmos na mesma sala, era muito fechada e Christian, bem ninguém se atreveria a perguntar nada a ele, afinal ninguém estava disposto a levar uma patada de graça!

       

- Por que está me olhando assim? – Desviou o olhar indo jogar as sementes da maçã fora. Eu o fulminava com os olhos.

        - Você sabe o porque. – Cruzei os braços enquanto acompanhava os seus movimentos da porta da cozinha.

        - Não se meta Annie. Para o seu próprio bem, não se meta nisso! – Avisou e então saiu batendo a porta dos fundos.

Suspirei indignada pela sua falta de educação, mas também sabia que não obteria nada dele. Christian podia e sabia ser bem duro e reservado quando queria. Aliás, era o mais velho de todos nós, talvez isso explicasse ser tão fechado ainda que não fosse uma boa desculpa, ou talvez não...

Não entendo ele, não entendo porque um cara com 28 anos e já tendo cursado uma faculdade decidiu morar numa república cheia de jovens de na faixa dos 18 anos, mas isso não importa, afinal não conseguiria descobrir nada mesmo!

- Mas que saco! – A porta da frente bateu com força. Quando voltei pra sala, dei com Dulce esparramada no sofá, que por sinal eu tinha acabado de arrumar, com os braços cruzados e a cara mais amarrada do mundo.

“Ai minha Nossa Senhora dos estudantes estressados, hoje é o dia!” Me armando de paciência, resolvi perguntar:

- O que foi?

- O que você acha? – Ela indagou em resposta completamente mal-humorada. – O seu amiguinho de novo! Ou será que devo chamar de amiguinha? – Sorriu com escárnio e neguei com a cabeça em sinal de reprovação. Não pode ser! Hoje realmente nada está dando certo nesse lugar!

DespretensiosaWhere stories live. Discover now