Capítulo Final

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Olhos hipnotizantes, lábios desenhados, braços fortes, tórax e abdome definidos, pernas entrelaçadas. Minha mão passeava por todo aquele corpo sem cansar. Eu fechava os olhos e era invadida por aquele perfume que só ele tem e só isso me lembrava de que o que estava vivendo no momento era real. Eu e Poncho, ali, dividindo o mesmo quarto, a mesma cama em um momento só nosso. Depois de tantos desentendimentos era quase inacreditável estar ali.

- No que está pensando? – Poncho perguntou acariciando os meus cabelos.

Sorri e ele retribuiu.

- Estava pensando... – comecei a brincar com os pelos do seu peito. – Não é incrível que depois de tantas brigas que tivemos, estarmos aqui agora?

- Não não é. – Poncho beijou minha cabeça. Olhei pra ele confusa. – Incrível é uma certa menina mulher que está me olhando nesse exato momento. E até agora não sei o que ela viu demais num cara assim como eu... mas só sei que tenho uma sorte danada. – Sorriu e beijou meus lábios mais uma vez.

Eu estava encantada. Por mais que eu sonhasse com algo assim, jamais imaginei que poderia ser tão bom.

- E sabe o que é mais inacreditável ainda? – Depositou um beijo na minha testa. – É que apesar de todas as coisas que eu fiz, ela continua me amando. – Sorriu e eu também antes de voltarmos a nos beijar.

Eu e Poncho já tínhamos trocado muitos beijos. Mas cada um era diferente. Cada gesto, cada toque, cada sinal de carinho tornavam o momento especial e único. Meu amor por ele era tão grande que um beijo nunca era suficiente, acho que nada nunca seria o suficiente para provar o quanto eu o amo, mas só de tê-lo ali comigo, de estar entre os seus braços, me sentia realizada. Estava exatamente onde deveria estar

- Niña....eu fui um cego. Sei que já pedi isso, mas preciso pedir mais uma vez que me perdoe. – Disse e seu sorriso sumiu. Seu olhar tinha uma ponta de tristeza. - Eu fui tão cego que que quando percebi o que sentia já era quase tarde demais. Me desculpe.... – suas mãos seguravam meu rosto - me perdoe por demorar demais, por não ter levado a sério seus sentimentos e por não entender que o seu amor era o que de mais especial podia ter acontecido na minha vida.

- Poncho... não tem que se desculpar. – Ele ia protestar, mas coloquei o dedo indicador sobre seus lábios. – Eu errei, você errou, somos humanos. Mas o importante... – coloquei a mão sobre o seu peito e ele cobriu a minha. – é o que tem aqui dentro. Eu te amo e é por isso que sempre quis te ver feliz não importa de que maneira, sempre quis a sua felicidade. E acho que meu amor sempre foi assim Poncho, sem exigências, completamente despretensioso.

- Niña... eu sei que você ainda tem que terminar com Damian, mas...

- Eu tenho o que? – Interrompi.

- Terminar com Damian não? – Fez uma careta. - Ainda que eu não goste você está com el...

- Eu não estou com ele. – Interrompi uma segunda vez, completamente afoita. – Nunca estive na verdade! – Ele me olhava contrariado e minhas bochechas coraram depois de perceber a tamanha tolice que quase tinha feito. – Na verdade, ele só disse que éramos namorados pra te provocar.

- Como é que é? – Ele me pareceu bravo por alguns instantes, mas logo abriu um sorriso.

- Humm... ele só quis te irritar e eu... eu estava com tanta raiva de você por causa da Alice...

- Mas eu não estou com ela... nem estive. Eu só não queria pensar em você e Damian... – Ele começou a rir. – Somos dois idiotas! Você com raiva por causa da Alice e eu por causa do meu primo.

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