Capítulo 39 - Futuro Ameaçado

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Era la luna, eran las estrellas
Era la piel con unas emociones nuevas
Era la noche, eran unas las flores
Estando a obscuras se veían los colores...

Ah era a lua, eram as estrelas, eram as nuvens e um par de sonhos se realizando que faziam meu coração saltar de alegria. Eram certamente emoções novas a cada dia, a cada noite, a cada mísero segundo que faziam meu mundo bem mais colorido.

Era tudo isso e muito mais que me faziam ter certeza de que não tinha nada do que me arrepender. Eu o amava, ele poderia apenas gostar, mas isso já era o suficiente para andarmos de mãos dadas pelo mesmo caminho descobrindo todo dia algo novo.

Se eu estava feliz? Muito! Era como andar sobre as nuvens: algo que me parecia surreal. Poncho era um namorado muito atencioso. Me comprava flores, me convidava pra jantar pelo menos umas duas noites na semana, se esforçava pra ficarmos o máximos de tempos juntos e quando eu estava triste, falava qualquer besteira apenas para que eu sorria.

A felicidade não é algo que se compra. Eu sempre soube disso. Mas o fato de ter Poncho ali, do meu lado no sofá, assistindo a um filme meloso no sábado a noite, ao invés dele sair para balada com os amigos como sempre fazia, só me provava que sim, é possível ser feliz com coisas simples como essa que tinham muito mais valor pra mim do que qualquer bem material.

- Ah não, mas ai já é demais! Esse cara é idiota o que? – Poncho disse ao ver o mocinho do filme beijara melhor amiga da mocinha. – Assim não vai ter prêmio rapaz! Como quer que o seu brinquedinho funcione com a garota se você tá pegando a amiga na frente dela?

- Poncho! – Tinha certeza que minhas bochechas ficaram rosadas.

- O que foi? Eu só falei a verdade. Ele não vai brincar no playground nunca se continuar assim. – Ele disse e então me olhou. Não levou dois segundo para perceber a cor que eu estava. – Ah Niña não acredito que está com vergonha de mim! Que linda!

- Poncho para! – Coloquei as mãos no rosto me sentindo com o rosto quente.

- Ah não vem aqui. – Me puxou para os seus braços e então começou a distribuir uma série de beijinhos pelo meu rosto até começar a fazer cócegas.

- Para Poncho para! – Tentei empurrá-lo, mas ele é mais forte e veio pra cima de mim. – Por-fa-fa-vor! – Pedi em meio aos risos.

- Não mesmo, só paro mediante pagamento. – Ele respondeu e continuou me atacando. Eu não conseguia fazer mais do que rir enquanto tentava escapar. – Hey nada disso mocinha! Nada de trapacear, vem cá! – E me puxou de novo quando eu estava quase conseguindo sair.

- Tá bem eu me rendo! – Anunciei quando não aguentava mais de dor na barriga. Poncho levantou meus braços acima da minha cabeça e aproximou seu rosto do meu. Fiquei sem respirar. Isso sempre acontecia quando ele estava muito perto, era reação involuntária.

Cada vez que meus lábios se encontram com os de Poncho sou invadida por borboletas no estomago. Era uma sensação estranha a cada vez, não era ruim, ao contrário, era algo que me fazia querer sempre mais e mais.

Poncho soltou minhas mãos que correram automaticamente para os seus cabelos. Seus dedos se cravaram na minha cintura e um gemido escapou dos meus lábios. Poncho encerrou o beijo e ficou me olhando com um sorriso safado. Corei envergonhada e seu sorriso se abriu mais ainda. Coloquei minhas mãos no rosto querendo enfiar a cabeça debaixo da terra como se fosse um avestruz.

- Ah não! Você fica tão linda corada! – Ele disse e ai sim senti minhas bochechas pegarem fogo, o que aumentou ainda mais suas gargalhadas.

- Interrompo? – A voz aguda de gralha de Alice invadiu nossos ouvidos. Olhamos para porta e lá estava ela parada nos fulminando com o olhar, quer dizer, me fulminando porque na frente de Poncho sempre se fingia de santinha.

DespretensiosaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt