Capítulo 27 - A Festa

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Gente, antes de iniciar mais um capítulo, apenas um conselho. Pra quem quiser entrar no clima, ai vai o link da música: https://www.youtube.com/watch?v=YY_rsRVMvyQ

Boa leitura!

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O Ay que Rico! ficava há apenas três quadras de casa. Todos andavam alegres e falantes pelas ruas do campus. O clima de festa devido às férias de verão estava mais do que espalhado pela Universidade. Estava dando graças porque apesar do contratempo com o tiro, consegui ajustar as provas finais antes do fim do semestre e ainda que não estivesse 100% concentrada com tudo que acontecia a minha volta, passei direto.

A ansiedade tomava conta do meu corpo. Não que estivesse com medo. Apenas me sentia ansiosa pelo que poderia acontecer aquela noite. Motivos? Tinha de sobra pra isso, mas preferia não pensar no estrago que a volta de Alice e Diego poderia fazer.

A única coisa que eu sabia, como uma espécie de pressentimento, era que algo ia acontecer essa noite. Se era coisa boa, ou ruim, eu não sei. Só que aconteceria.

Entrei no bar ouvindo alguns assovios. Minhas bochechas ruborizaram na hora. Mas ficaram ainda mais vermelhas quando os olhos de Poncho caíram sobre mim. Por alguns instantes, pude ver um olhar fugaz de admiração. Meu coração explodiu de felicidade.

Poncho andou na minha direção e nos encontramos no meio do bar. Ouvia ainda alguns assovios, mas pra mim, a única coisa que importava no momento era ele.

- Niña... você está linda! – Ele disse com um sorriso e eu ganhei a noite.

Minha Annie interior começou a fazer a dançar Macarena e tive que me conter pra não dançar também.

- Obrigada. – Sorri de volta me sentindo como uma menininha boba.

“Não perde tempo garota. Agarra logo ele!”

 

- Cala boca.

- O que? – Poncho perguntou e mais uma vez amaldiçoei minha mente insana que não dava uma dentro!

- Humm... nada, estava apenas pensando. E então já terminou? – Apontei com a cabeça para o copo em sua mão.

A festa era feita num campo a céu aberto nos limites da Universidade. No entanto, muitas pessoas usavam o Ay que rico! como uma espécie de esquenta, um local para beber algumas e se reunir com os amigos antes da hora.

- Claro, vamos. Pedro, aqui!  - Deixou o dinheiro em cima do balcão e com um aceno saímos.

Fomos conversando durante todo o caminho. Em meio a risos e brincadeiras, os minutos passaram rápido e quando vimos, já estávamos na festa.

Tequilas, vodkas e energéticos passavam de um lado para o outro em frente aos nossos olhos enquanto a batida agitada de reggaeton e alguns outros ritmos latinos tocavam a todo o volume em todo o campo.

DespretensiosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora