Cento e quatro

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Primeiro capítulo
da história da Bru e P2
já disponível no meu perfil. :)
"Amor Bandido 🔥"

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Júlia 🌻

Deixei meu filhote na Bru e subi na 1100 do João, cravei minhas unhas na barriga dele e ele riu saindo com tudo.

Paramos em uma casa afastada da favela, era acabada e toda feia, ele desceu respirando fundo e segurou minha mão firme beijando minha testa.

Entramos na casa e vi ela amarrada chorando, meu coração apertou, apesar de qualquer mal que ela fez não gosto de ninguém sofrendo. Deitei minha cabeça no braço do Jota que respirou fundo.

Jota: Fala logo o que tu veio fazer na minha favela e qual é a tua, talvez assim eu não corte tua cabeça.- Falou com uma frieza que me assustou, soltei a mão dele e ele me olhou de canto.

Yana: Eu quero falar com você a sós.- Me olhou com desdém.

Jota: Ela é minha mulher, vai ficar! E se tu olhar assim de novo pra ela eu vou ser obrigado a furar teu olho.- Arregalei os olhos e ouvi ele suspirar.

Yana: Você nunca foi assim comigo.- Murmurou.

Jota: Talvez porque eu já sabia que tu era uma vadia.

Yana: Eu vim te apresentar nosso filho, nosso Ruben.

Jota: Meu filho? - Falou debochado e ela assentiu sorrindo, ele foi até um lugarzinho ali e logo voltou com um estilete, dei um passo pra trás e encostei na parede sentindo meu estômago embrulhar, não sei porque eu quis vim.

Abri a porta e ele me olhou preocupado, neguei com a cabeça e sai fechando a porta novamente, os meninos que faziam segurança me olharam e eu me sentei na calçada.

Dan: Tudo bem patroa? Tá precisando de alguma coisa? - Eram ao todo 10 seguranças, 5 ficaram comigo e 5 fazendo a segurança da casa.

Jú: Tô bem.- Murmurei.- Vocês me arrumam uma água?

2D: Pra já, marca dois.- Saiu indo em direção a barraquinha ali.

Escutei uns gritos vindo de lá de dentro e apoiei minha cabeça entre meu rosto respirando fundo.

Menó: É o trabalho dele pô.- Sentou um pouco afastado do meu lado.

Jú: Eu sei.- E eu realmente sabia, eu decidi ficar mesmo sabendo que ele era desse mundo, eu aceitei ele do mesmo jeito! Eu não tô dando pra trás agora, só não tenho essa frieza toda pra assistir aquilo tudo de camarote.

2D: Aqui ô.- Me entrou a água e eu agradeci.

Jú: Senta do meu lado Menó, eu não mordo.- Ele me olhou.

Dan: Chefe vai ir na maldade.

Jú: Vai nada, só preciso de um ombro amigo.- Ele relutou mas depois bufou chegando do meu lado, deitei a cabeça no ombro dele e ficamos conversando, tomei minha água e depois de alguns minutos o João passou como um furacão do nosso lado, todo mundo se levantou inclusive eu.

Corri até ele e segurei seu braço, ele se soltou e finalmente me olhou, ele respirou fundo me abraçando apertado.

Jota: Me perdoa.- Murmurou com a cabeça no meu ombro.

Jú: Relaxa, já passou.- Fiz carinho na cabeça dele.- Vamos pra casa?

Jota: Vamô pro meu barraco na Sul.- Para minha infelicidade ele se separou de mim segurando meu rosto, ele tava mordendo o lábios inferior com força e segurando meu rosto firme.

Jú: Ei, se acalma.- Segurei o braço dele.- Respira, amor.

Jota: Eu preciso... só um pouco.- Desceu as mãos pra minha cintura apertando.

Jú: Não, não precisa.- Dei um selinho demorado nele.- Vamos ficar comigo.- Ele me conectou nossos olhares e ficamos por um bom tempo assim.- Eu te amo, nenê.

Jota: Também amo você, desculpa.- Sorri e ele me beijou novamente, ainda estávamos no meio dá rua e a atenção era toda voltada nós.

Lá No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora