Seis.

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Gargalhei nervosa e Bru caiu no chão chorando.

Jú: Não moço, não é possível.... Ela não ia nos deixar fácil assim.- Falei chorando.

-Eu sinto muito, o corpo estará liberado as 15h.- Saiu.

Me sentei na cadeira com a mão no rosto, não,isso é um pesadelo, não é possível. Eu chorava descontroladamente, só se ouvia meu choro e o de Bruna, Cadu estava sendo forte por nós, era visível.

Por um impulso eu sai correndo pra dentro da ala dos quartos, eu abria todas as portas em procura da minha mãe, quando finalmente achei corri pra dentro abraçando o seu corpo gélido.

Jú:Mãe não... Por favor mãe.- Eu balançava ela e Cadu entrou no quarto com lágrimas nos olhos.

Cadu: Fica firme, por favor! Eu prometo cuidar de vocês.- Me abraçou e eu me debatia em seus braços.

Ele ficou alisando meus cabelos até eu me acalmar, minimamente, nos dois chorarmos juntos abraçados, isso não pode está acontecendo.

Ele me arrastou pra fora do postinho, lá fora tava a Bru abraçado com o Lk e o Jota observando, Bru se soltou do Lk vindo em minha direção me abraçando.

Bru: Tá doendo tanto.- Me apertou mais.- Precisamos ser forte Jú, precisamos nos unir, não volta pra aquela casa por favor, eu preciso de ti!

Eu assenti, não conseguia falar nada, alguém tocou no meu ombro e eu me separei da Bru observando o Jota com duas latinhas de Coca-Cola, neguei com a cabeça e Bru pegou as duas.

Bru: Obrigada.- Sorriu morto.- Jú, por favor, toma.

Ela ofereceu a latinha mas eu neguei, me sentei na calçada e abracei meu próprio corpo.

Cadu: Você não pode ter aquela crise de novo Júlia, por favor.- Se ajoelhou na minha frente colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Quando acontecia algo muito difícil em minha vida eu não conseguia falar, eu simplesmente ficava muda! Quando eu fui separada da minha mãe e dos meus irmãos a uns anos atrás, eu passei 1 mês sem conseguir falar nada.

Cadu: Tenta falar.- Neguei.- Você sabe que se acontecer de novo querendo ou não a gente vai ter que te levar pro Guilherme pra tu ser cuidada, não é?

Jú: Eu...preciso...dela.- Falei com a voz falha, quase rouca.

Algumas lágrimas caíram no rosto dele e ele pegou a latinha abrindo a mesma, eu respirei fundo e fui pegar a latinha mas eu tava tremendo,o que fez a latinha quase cair no chão mas o Cadu segurou.

Ele sorriu fraco e me ajudou a tomar, eu fui ficando mais calma com o tempo mas ainda sim chorava.

Lk: Olha, nós não se conhece a muito tempo mais tu pode contar sempre com nós, somos uma família.- Se ajoelhou do meu lado me abraçando.

Jú: Obrigada.- Minha voz saiu rouca e me celular tocou no bolso.

Respirei fundo ao ver quem era,mostrei pro Cadu e antendi.

Guilherme: Aonde você tá, sua vagabunda!  - Berrou e meu coração doeu, machucava quando ele falava assim.

Jú: Não é do seu interesse.- Respondi com a voz falha.

Guilherme: Já tá tendo uma de suas frescuras novamente? - Gargalhou e minhas lágrimas voltaram novamente.- A morte da Juliana é só o começo se você não voltar pra casa, se prepare.

Jú: Como você sabe? - Perguntei indignada.

Guilherme: Eu pagava  o Marcos para bater nela a muito tempo, talvez agora ele tenha exagerado.- Falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.- E além disso, tenho informantes aí.

Deixei meu celular cai no chão se partindo ao meio e olhei pro Cadu.

Jú: Foi ele...-Ele me olhou assustado.- Ele pagava o Marcos a muito tempo.

Bru: Não é possível, eles nem se conhecem.- Negou assustada.

Cadu: Ele sempre teve várias amizades,não é impossível.

Jú: Ele disse que tem informante daqui.- Olhei pro Jota.

Lá No Morro.Where stories live. Discover now