Lá No Morro.

Setenta.

Cadu: Não, não.- Falei após terminar de ler a carta.

Sair correndo de casa, montei na minha xre e me catei pra casa do Jota, invadi a casa dele e subi correndo pro quarto deles.

Minhas irmãs eram tudo pra mim, eu não sei mais viver sem as chatices delas,não dá!

O closet estava vazio, sem roupa alguma dela, meus olhos se encheram de lágrimas e e eu joguei um vaso chão.

Jota: Colfoi, meu bom? - Invadiu o quarto, olhos vermelhos, vestígios de coca no nariz, desgraça.

Cadu: Filho da puta. - Soquei o nariz dele.- Tu merece ficar sozinho mermo,vai se fuder.

Ele baixou a cabeça e eu sai com a mente mil, Bruna iria ficar triste pra caralho.

Capei pro postinho na velocidade da luz, passei a mão no rosto e entrei indo sem convite até o quarto que a Bruna estava.

Bru: Jú? - Perguntou quando eu bati na porta, eu preciso buscar minha irmã.

Cadu: Desculpas decepcionar.-Brinquei e ela me olhou sorrindo mas depois mudou a expressão pra preocupada.

Bru: O que aconteceu? Foi a Liv? Aquela mandada! - Resmungou

Cadu: Não pô, se liga.- Me sentei do lado dela na cama segurando a mão dela.- Júlia foi embora, ela disse que não quer mais viver aqui, disse pra nós não procurar dela.-Menti com um aperto no peito.

Mandei logo o papo, se eu ficasse enrolando ela ia ficar nervosa, a gravidez dela já é de risco.

Bru: Engraçado! -Fingiu uma risada.- Pode entrar Jujuba.

Olhei pra ela deixando algumas lágrimas caírem, ela negou com a cabeça.

Bru: Não, ela ama aqui, ela não iria nos deixar.

Cadu: Ela nós ama, mais o Canadá sempre foi mais importante.- Tava me embolando todo pra falar, voz falha e cada mentira que eu inventava só doía mais.

Ela chorou pra caralho, eu tava sem reação alguma, só abraçava ela enquanto chorava junto. Lk chegou um tempo depois e nos olhou estranhando.

Lk: Quem morreu? - Fez graça.

Bru: A Júlia.- Ele parou de sorrir.- A partir de agora eu só tenho o Carlos Eduardo como irmão, não quero nem mais ouvir fala o nome dessa garota.