Lá No Morro.

Quarenta e quatro.

Júlia 🌻

Acordei com beijos sendo despejados no meu rosto, quando abri os olhos recebi um tapa na testa e um selinho, o que tá acontecendo?

Jota: Bom dia, bruxa.- Ele se virou pegando uma flor de plástico.-Olha, ela é bem prática, nem água precisa botar. Gostou?

Jú: Ou fode ou sai de cima.- Ele tava de quatro apoiado com os braços na cama, encima de mim, ele deu um sorriso sacana e começou a tirar minha blusa.- Você sabe que não falei nesse sentindo.

Jota: Parabéns, mô.-Beijou minha bochecha.

Jú: Obrigada, ogro.- Ele me deu um selinho demorado e se levantou pegando uma bandeja com comida me entregando.

Jota: Diretamente da padaria.- Eu ri.

Comi tudo, no final ele saiu e voltou com uma vela de aniversário eu ri alto e ele acendeu. Cantamos o típico parabéns e depois nos levantamos.

Ele pegou a bandeja e nos fomos descendo, subi pra pegar meu celular e minhas coisas, coloquei minha roupa de ontem e desci. Ele tava do lado de fora me esperando enquanto conversava com os vapor ali, assim que ele me viu sorriu e segurou minha cintura.

Fomos caminhando pra minha casa, algumas pessoas me davam parabéns, não sei como eles souberam mas...

Jota: Tá na hora de você morar comigo, acha não?

Jú Só saio daí quando meu irmão me expulsar.- Entrei em casa e meus amigos estavam lá.

-SUPRESA! - Falaram uníssono e começaram o parabéns.- É pika, é pika, é pika no seu cu.

Jú: Quanta vergonha alheia.- Brinquei.

Abracei cada um deles e agradeci, vi a Livia meio tristonha, eu ia falar com ela mas me puxaram pra cortar o bolo.

Bru: Sei que o primeiro pedaço é pra mim, pode dar.- Estendeu a mão e eu neguei.

Jú: O primeiro pedaço é pra pessoa que sempre me ajudou, é meu melhor amigo....- Caique deu um passo a frente.- E além disso é um puta de um gotoso.

Todos os meninos deram um passo pra frente eu ri alto mas o único que prosseguiu foi o Cadu, dei o bolo pra ele e a gente ae abraçou.

Depois todos servidos, me sentei do lado da Liv que estava numa roda com a Mari e o Caique.

Caique: Cara, tem um homem quase me matando com o olhar, me ajuda.- Me virei e vi que era o João, ele mandou beijo pra mim e eu mandei dedo.

Jú: Não se preocupa, o máximo que ele pode fazer é te matar e mandar um cartão de luto pra sua família.- Ele se engasgou e eu ri.- O que aconteceu, Liv?

Livia: Tudo aquilo aconteceu novamente, mas dessa vez eu fugi. Vim te procurar ontem mas você não tava, seu irmão me trouxe pra cá, ele é um gotoso mas eu tava mau e a gente começou a se beijar, tava tudo bem até aí, mas ele queria ir mais além, mas eu tava mau e só queria um aconchego.

Mari: Porque não foi lá pra casa? - Perguntou de boca cheia.

Caique: Ela foi pra minha, eu cuidei dela.- Piscou pra Liv que fez joinha com a mão.

Jú: Vocês tranzaram? - Caique negou.

Caique: Quando eu cuido de você, eu tranzo com você?

Jota: Vai tranzar com o capeta.- Distravou a arma e apontou pra ele.

Me levantei baixando tentando baixar o braço do João, parecia que estava imóvel.

Jú: Jota? -Ele nem olhou pra mim.- João Pedro, olha pra mim.- Ele finalmente me olhou.- Guarda isso.

Jota: Esse filho da puta tava falando em te comer.- Os meninos gargalharam.

Jú: Ele tava falando de outro coisa.- Baixei o braço dele e segurei a mão dele, puxei ele pro meu quarto, ele se jogou na cama e eu cruzei os braços.- Odeio pessoas impulsivas.

Jota: Sou esses bagulho não.

Jú: Eu tô com você, não tô? - Ele assentiu.- Então pronto, para de ser assim.

Jota: Desculpa, mô.- Pediu com a voz rouca, tão fofo mas dá vontade de matar.

Jú: Te odeio.- Ele segurou minha cintura e eu fiquei no meio das pernas dele, segurei a nuca dele e fiquei encarando ele.- Acho tão fofo quando você fica assim.

Jota: Assim como, doida?

Jú: Sei lá, quando é fofo comigo, quando demonstra que sempre quer me proteger mesmo fazendo do jeito errado.

Jota: Eu quero sempre cuidar de tu pô, moralzinha mesmo, quando eu te vi já sabia que nós ia fechar, tu é mina dez, gosto mermo de tu, papo reto.- Sorri.- Faço o impossível pra ter esse sorriso nesse rosto gordo, quero sempre o melhor pra nós dois.

Jú: Eu acho que...- Mordi o lábio inferior, será que essa era hora certa?

Jota: Amo tu, Júlia.

Jú: Eu te amo.- Nos beijamos.