três.

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Senti o clima ficar chatinho e fiquei toda sem graça, decidi cortar logo e pedir pro Cadu me levar pra casa, tava com saudades da minha mãe também. Chegamos lá eu fui logo entrando na frente, os meninos tentaram me segurar mas eu não entendi o por que, é minha mãe poxa!

Me arrependi totalmente de não ter esperado, quando entrei vi minha mãe jogada no chão chorando e um homem com um pedaço de madeira batendo nela.

Ju: PARA, SEU IDIOTA! - Gritei desesperada.

Corri até ela abraçando a mesma, o homem não hesitou em levantar a madeira pra nos bater mas foi segurado por Cadu.

Cadu: Na minha irmã não, sai daqui.

Ele nos olhou e saiu, minha mãe chorava em meu colo, eu e Bruna estávamos chorando juntas também.

Juliana: Você voltou filha! - Falou com a voz fraca.

Ju: Eu prometi que ia voltar não foi? - Alisei seus cabelos chorando.

Bruna: Ela tá ficando gelada Cadu.-Falou desesperada.

Ele olhou pra gente e logo saiu correndo, ela começou a ficar mole em meus braços, a meu Deus, minha mãe não!

Ju: Mãe, fala comigo.- Dei leve batidas em seu rosto.

Comecei a ficar desesperada, Cadu logo voltou com Grego e eles pegaram a minha mãe, comecei a chorar descontroladamente junto a Bruna.

Ju: Porque vocês deixaram isso acontecer?

Bruna: Cadu e eu já tentamos varias vezes tirar ele daqui, mas ela não deixava.- A porta foi aberta.

Não vi quem era nem nada, apenas senti a Bruna ser puxada de mim, me encolhi no canto da parede e olhei pra cima vendo Lk abraçado com Bruna e Jota me olhando.

Jota: Vai ficar tudo bem, não é a primeira vez que isso acontece.- Nossa, ótima coisa pra se dizer, idiota.

Me levantei com raiva e saí como um furacão de casa, eu chorava e sentia raiva do Jota, argh, idiota! Mas ao certo não sabia o porque da raiva, talvez pelo o que ele falou, não sei.

Continuei caminhando sem rumo até me trombar com alguém.

-Olha por onde anda, dá próxima te quebro.- Falou com o dedo na minha cara.

Era uma menina acho que com uns 14 anos, querida, eu fiz luta livre tá!? e além disso eu tô com raiva, sai do meu caminho.

Ju: Pega esse dedo e enfia no teu cu.- Peguei o dedo dela virando pra quebrar mesmo.

Jota: Tá acontecendo o que aqui? Solta minha preferida aí.- Me puxou.

- Amor, ela que começou.-Começou um choro falso.

Ju: Ah garota, cala a boca! Eu esbarrei nela sem querer e ela veio me ameaçar, só não vou aceitar calada.-Cruzei os braços.

Jota: Se liga, tu não encosta mais nela.- Apontou pra mim, dei um riso debochado.- E tu aquieta o cu que tu não é porra nenhuma desse caralho pra querer botar moral não e para com esse choro falso aí, desgraça.

Juro que quis ri da cara que ela fez.

-Mas, eu sou quase sua fiel.- Ela fez um biquinho horrível.

Revirei os olhos e me virei pra sair dali, parei na porta da minha casa e me sentei com a cabeça entre as pernas chorando, eu prevejo que minha estadia aqui não seja muita boa!

Lá No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora