Sessenta.

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Júlia 🌻

Bru: É caô, se liga! Tão querendo envenenar teu relacionamento.

Jú: Não sei Bru, não sei.- Ele pegou o celular da minha mão e deu zoom.

Bru: Porque ele tá de olhos fechados? Ele tá dormindo, ela fez algo pra ele, Jota nunca iria fazer isso contigo pô, para de noia! Tu acha que ele iria te trazer pro baile pra depois sair e comer outra? Ele iria te deixar em casa porque assim não tinha como tu descobrir.

Jú: Vamos na boca? - Me levantei e ela assentiu.

Descemos do camarote e pasamos por toda a multidão, começamos a correr feito duas loucas em direção a boca, chegando lá tinha vários vapores fazendo ronda.

Xxx: Pode entrar não.- Falou um todo feio e magrelo.

Ignorei ele e subi as escadarias e Bru logo atrás, abri a porta bruscamente e vi duas vadias conversando enquanto o João dormia do lado delas.

Elas deram um pulo assim que viram a gente, Bru foi logo atacar uma e eu fui na outra.

Jú: Dá próxima vez, pelo menos faz alguma coisa direito.- Meti a mão na cara dela.

Camila: Aceita que você é corna! - Tentou puxar meu cabelo.

Jú: Aceita que tu não é a fiel e nem vai ser.- Bati com a cabeça dela no chão e montei encima dela mas alguém me segurou.

Cadu: Fica suave.- Eu me debatia tentando me soltar, bufei e me soltei dele sentando na cadeira.

Lk puxou a Bru que sentou do meu lado, eles olharam pra gente de cara feia.

Jú: Tão achando que eu nunca vi cara feia não? Não esqueçam que eu vejo vocês todo dia.

Lk: A princesinha tá revoltada.

Jota: Filha da puta..- Resmungou se mexendo no sofá.

Jú: Alá o falso.- Me levantei.- Vou pra casa.

Bru: Conversa com ele amiga!

Jota: Cadê a Camila ? - Olhou pros meninos que apontaram pro chão ele fez uma careta e olhou pra mim.

Dei os ombros e me virei me retirando dali, eu estava cansada, as vezes acho que sou uma idosa com corpo de adolescente, não tenho pique pra beber e ficar loucona, deus me free! Fui caminhando pelas ruas que estavam pouco movimentada, eu praticamente corria pra casa, tinha medo!

Jota: Ei, mô.- Parou na minha frente me assustando, dei um pulo pra trás e coloquei a mão no coração.

Jú: Filho da mãe.-  Ele riu.

Jota: Vamô se embolar lá na goma, mermã.- Beijou meu pescoço me encostando na parede.

Jú: Não, mermão.- Coloquei as mãos na cintura dele enquanto ele me segurava contra a parede beijando meu pescoço e com a mão na minha bunda.

Jota: Colfoi, neguinha? Vai dá papo pra quem quer te ver no chão?

Jú: Não, meu amor, confio em você.- Deitei a cabeça no seu ombro e ele suspirou aliviado.- Só quero dormir, tô morta.

Jota: Dorme comigo.- Colocou a mão dentro da minha camisa e foi apertando levemente até chegar nos meus seios.

Jú: Você não vai me deixar dormir.- Sussurrei quando a outra mão dele foi parar na barra do meu short.- Eu não sou qualquer uma pra você pegar num beco sujo, para.

Falei bravinha e ele riu tirando a mão dos meus seios segurando meu rosto de beijando.

Jota: Vamô se mandar daqui? - Segurou minha mão me conduzindo a minha casa.

Jú: Você tem que cuidar do morro.- Ele bufou.

Jota: Se eu tô chamando é porque eu me garanto! Eu não podia sair hoje por casa dos bagulhos pô, mas vamos se chegar em algum canto. Eu tenho um apartamento foda lá no leblon, bora se aconchegar por lá, pô.

Assenti levemente e entramos em casa, ele foi pegar bebida e eu fui separar umas roupas, tomei um banho rápido colocando um short e um moletom, calcei minhas sandálias e desci com a mochila nas costas, ele tava encostado na porta fumando.

Jú: Se quer se matar, faz isso bem longe de mim, por favor.- Puxei o cigarro de maconha da mão dele jogando no chão e pisando. Ele me olhou sério e me abraçou, mas eu logo me soltei.- Cheiro insuportável.

Jota: Ô dona, para de arrumar caô com tudo.- Bateu de leve na minha cabeça e saiu na frente.

Balancei a cabeça em negação e fui atrás dele, dei minha mochila pra ele e ele segurou minha mão, fomos até a casa dele, ele subiu e eu fui comer. Me sentei na sala comendo pipos e fiquei olhando uma foto dele mais novo com os pais.

Jota: Eu sinto saudades deles.- Chegou me assustando.

Jú: Sinto saudades da minha mãe também, imagino que eles estejam fazendo festa lá no céu todo dia.- Brinquei sorrindo triste.

Jota: O que faz tu continuar?

Jú: Meus irmãos, Lukas, meu pai...- Olhei pra ele.- E você.

Jota: Tu é minha sanidade mulher, quando eu fico longe de tu por muito tempo eu me perco todo.

Jú: Eu te amo muito, sério!

Jota: Eu sei, como não me amar? - Brincou, fiz um bico manhosa e ele riu mordendo meu lábio inferior, ele me giou até uma de suas motos e eu olhei com medo.

Jú: E se eu cair?

Jota: Vou ri muito, tirar muitas fotos, mas, vou cuidar de você.- Me ajudou a subir.

Ele deu partida com tudo me fazendo soltar um grito e grudar nele, ele riu alto e acelerou mais, babaca!

Lá No Morro.Where stories live. Discover now