Oito

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Júlia ❤

Ele me encarou depois encarou os meninos e deu as costas subindo na sua moto saindo rápido.

Jú: Que ingrato! - Bufei e Cadu riu e limpou meu rosto.

Lk: Vou pra boca, te cubro hoje, pode ficar suave.- Falou pro Cadu.- Tchau, amor.- Beijou ela e eu fiz careta.- Tchau, morena.

Ele beijou o topo da minha cabeça e saiu parando um menino que tava de moto, conversou algo com ele e subiu na moto, deitei a cabeça no ombro da Bru e algumas lágrimas desceram novamente.

Cadu: Vamos fazer compras? Laricar na tia Elisa, comprar chocolate, ir conhecer a goma nova..? - Perguntou tentando nos animar.

Bru: Eu topo almoçar, tô varada de fome.- Se levantou.

Jú: Eu topo ir conhecer a casa nova e dormir lá pelo resto da minha vida.- Me levantei desanima.

Bru: Irmã, eu sei que é difícil, pra todos nós tá sendo, mas precisamos tentar seguir em frente, não desanima.- Alisou meu cabelo.

Jú: Tudo bem, eu tentarei.- Falei sincera.- Eu preciso ser emancipada.- falei enquanto caminhávamos.

Cadu: O que? - Perguntou desentendido.

Bru: É um documento que se tiver assinado por algum responsável dela, aos olhos da lei ela já será maior de idade.

Jú: Ou isso ou alguém que fiquei com minha guarda, tipo você. O que seria impossível já que o Guilherme manipula todos em sua volta, tempo perdido tentar brigar na justiça.- Suspirei.- Por isso você precisa assinar o documento.

Cadu: Quer dizer que se eu assinar esse documento tu pode fugir de nós e eu não posso fazer nada? - Falou tirando o celular do bolso já que o mesmo tocou.

Jú: É, mas eu nunca fugiria de vocês. Eu amo vocês, vocês são tudo pra mim.- Fui sincera e eles me abraçaram de lado.

Cadu: Fomos chamados pra almoçar na casa branca, partiu?

Jú: Dispenso, eu tô cansada não dormi direito.- Menti.- Me leva pra casa.

Ele fez cara de triste e eu dei um beijo na bochecha dele, Bru disse que ia andando na frente pra tal casa e Cadu foi me levando, a casa era simplesmente linda! Por fora era simples, mas por dentro era toda linda, dois andares e tudo mais, por um lado me sentia mal por isso ser do dinheiro sujo, mas de qualquer jeito o dinheiro do senhor Guilherme também é sujo, não faz tanta diferença. Eu entrei e ele se despediu de mim dizendo que logo voltaria e que minha mochila já tava aí, subi as escadas e escolhi um quarto, peguei um pijama do unicórnio e fui tomar um banho, chorei novamente no banho mas eu tinha que ser forte e levar a vida do jeito que dava, ela iria querer me ver feliz, depois disso me joguei na cama. O barulho da porta do andar de baixo batendo foi tão grande que eu acordei em um pulo, logo em seguidas ouvi passos e a porta do meu quarto foi bruscamente aberta, era o mesmo homem que matou a minha mãe, olhei pra ele com nojo e ele apontou a arma pra mim.

Marcos: Hora de voltar pro seu pai, mocinha.- Neguei assustada, escutei um tiro vindo lá de baixo e ele me olhou disparando a arma, sentir um ardor na minha coxa e logo em seguida mais dois tiros fazendo o sangue pular por todo o quarto.

Jú: Tá doendo.- Gemi de dor e Jota entrou seguido por Lk me olhando.

Lá No Morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora