Lá No Morro.

Trinta e cinco.

1 meses depois

Os mês passou num piscar de olhos, nem vi.

Estava cada vez mais próximo do meu aniversário que por acaso era nesse final de semana, estava planejando uma festa maravilhosa, ia ser em um clube que o meu pai fez questão de alugar.

Não queria mesmo sabe? Só queria uma reunião com os mais próximos e pronto, ótimo!

Mas fazer o que né? Reclamar eu num vou.

Nesse tempo poucas coisas mudaram, eu me meio sozinha dentro dessa casa, então eu vivia na Penha.

Bruna saiu de casa pra ficar com o Lukas, tão até planejando o casamento, vê se pode?

Cadu ainda anda por aqui, poucas vezes mas sempre chega aqui e me dá aconchego.

Luan teve que viajar pra fazer uns negócios do tráfico que eu não entendia bem, e muito menos apoiava,mas fazer o que né?

Jota nem vejo muito, fico concentrada nos estudos, final de ano tá chegando! Também desde aquele dia nem nos falamos mais, não consigo acreditar no "tô ligadão em tu." É falso igual ele.

Nesse momento eu estava estudando, semana de provas e tal, joguei os livros de física bem longe e me joguei na cama com preguiça.

Passei a manhã toda estudando, precisava de um mísero descanso, tomei um banho colocando uma regata e um short, calcei uma havaianas e peguei meu celular junto aos fones descendo as escadas.

Me assustei quando vi um ser humano tomando uma garrafa de skol beats, coloquei minha mão no coração e e ele virou.

Jú: Que susto, garoto.- Fui até o armário pegando uma maçã.

Jota: Sou tão gato que chega a assustar né? - Gargalhei alto.

Jú: Você é muito feio, isso sim.- Me encostei na bancada de frente a ele.

Jota: Posso falar na pureza contigo? - Neguei.

Jú: No momento estou ocupada, tente novamente mais tarde.- Fui saindo mas ele segurou meu braço colando nossos corpos.- Para de fazer isso, me dá falsas esperanças pra no outro dia aparecer com uma puta qualquer, para. - Falei irritada e ele alisou minha bochecha.

Jota: Eu sou um idiota.

Jú: Você acha ? - Perguntei debochada colocando a mão na boca como se estivesse supresa.

Jota: Dá pra conversar namoral comigo? Fica com criancice.

Jú: Não é criancice não cara, isso machuca, dói, entende? Desde que eu cheguei aqui a única coisa que tu faz é falar coisas idiotas pra mim que pra tu pode não doer, mas aqui machuca demais.- Coloquei a mão no coração.- Eu sou frágil, eu me apaixono fácil, mas eu não sou uma pessoa de metades, se tu quiser, um dia algo sério, aí sim tu vem falar comigo.

Jota: Eu quero.- Revirei os olhos.- Tô sendo purão, eu quero tentar contigo, mas eu preciso que tu me ajude, eu não sei ser esse idiotas apaixonados que ficam todos bobos, mas eu prometo tentar ser o melhor pra tu.