Capítulo 96

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Pov's Harry Styles

Nova Iorque está gelada quando saio do aeroporto. Por conta do fuso horário a brisa fria da manhã ainda bate no meu rosto com força e o céu está cinzento acima da minha cabeça.

Saio direto para um estacionamento lotado, com carros entrando e saindo sem parar.

Levo uma mala em cada mão, enquanto procuro o tal táxi que meu pai disse que estaria me esperando. Eu imagino que ele seja amarelo como aparece nos filmes. Sempre quis andar em um desses.

Tenho que procurar muito até encontrar um cara alto com o meu nome escrito numa folha sulfite A4. É claro que o meu pai não viria me buscar.

- Sou eu. - digo á ele.

- Pela descrição do homem tenho certeza de que é mesmo. - ele responde seco e abre a porta do carro para mim.

Ele realmente duvidou de mim? Ou melhor, ele realmente não pediu documentos?

Depois de arrumar as minhas malas no banco de atrás, o homem não demora a começar dirigir.

- Então, - ele olha para mim através do espelho retrovisor - de onde você é exatamente?

- Londres.

- Ah, dá para perceber. - um sorriso estranho se abre na sua face - As garotas daqui ficam loucas com esse sotaque bobo. Você não vai ter problemas, filho.

Eu não respondo nada porque além de ser desnecessário, ainda é extremamente perturbador ver este homem de meia idade sorrir desse jeito.

A viagem até a casa do meu pai é demorada, e consigo ver uma grande parte da cidade no trajeto.
A maior parte do que vi são prédios, outdoores chamativos, e muitos carros e muitas pessoas.
Parece um pouco sufocante na verdade; paramos em um cruzamento e foi bizarro ver uma fila de gente atravessar a faixa ao mesmo tempo.

Eu já andei no centro comercial de Londres, mas aquilo não é nada comparado á isso.

Alguns muitos minutos depois o homem disse que estávamos chegando. Aparentemente a casa de meu pai fica em um bairro residencial.

Paramos em frente á uma casa branca de dois andares, rodeada por um muro decorado com hera e um portão largo de ferro.
A casa é, tenho que admitir, impressionante. Do tipo que você jamais verá no lugar de onde eu vim. De onde ele veio.

- Meu pai já te pagou, certo? - pergunto, quando o motorista termina de me ajudar a tirar a malas do carro.

- Sim. Quer ajudar para levar as coisas para dentro?

Olho mais uma vez para toda a plenitude da casa á minha frente e penso que talvez eu precise de um tempo antes de entrar.

- Não precisa. Obrigado.

- Por nada. - o cara, que descobri  se chamar Mitchell, acenou para mim e entrou no carro.

Quando Mitchell e seu táxi desapareceram na esquina, eu arrastei minhas malas para mais perto do portão e me sentei em um dos degraus da escada de entrada.

Nunca imaginei meu pai vivendo em lugar desses, ou na sua casa em Londres ou na pequena casa luxuosa em Chesire. Dez anos longe de nós realmente fez bem á ele.

Prisoners - h.sWhere stories live. Discover now