Capitulo 40

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... não dorme e Marc.
— Ela está bem? — Nina perguntou.
— Sente falta da mãe.
— Onde está Nadia? Lúcia bufou.
— Não daquela mãe. de você. Sua irmã pegou o dinheiro e foi embora.
— Que dinheiro?
— O dinheiro que ela pediu por Geórgia — Lúcia informou.
Nina fechou os olhos.
— E. Marc? Como. como ele está?
— Zangado.
— Eu sei. — Nina mordeu o lábio. — Não o culpo.
— Onde você está? Ele quer vê-la.
— Ele disse que não queria me ver nunca mais.
— Isso foi antes. Apareça aqui esta noite. Levo Geórgia para minha casa e vocês podem resolver as coisas sossegados.
— Não sei se há o que resolver.
— Apenas volte para casa, Nina. Este 
� o seu lugar.
Nina estava sentada na beirada do sofá na casa de Marc quando ouviu o barulho do carro. Tinha passado uma hora com Geórgia antes que Lucia a levasse para casa.
Ouviu Marc praguejando ao entrar em casa. Levantou-se, apertando as mãos, os olhos hesitantes.
Marc parou ao vê-la, a cor desaparecendo do rosto, como se tivesse levado o maior susto de sua vida.
— Nina? — Ele deu um passo adiante. — É você?
— Sim, sou eu.
— Não tive certeza. — Passou a mão pelos cabelos, deixando-os ainda mais bagunçados. — Pensei que fosse sua irmã. Ela ligou hoje, pedindo mais dinheiro.
— E o que você disse?
Marc lhe deu uma breve olhada antes de responder.
— Não posso dizer muita coisa enquanto não tiver os papéis de adoção.
— Então ela o deixou adotar Geórgia?
— Por um bom preço, claro.
— Claro.
Marc buscou o olhar dela novamente, a expressão indecifrável.
— Por que está aqui?
— Queria ver Geórgia.
— Só isso?
— Não. — Ela meneou a cabeça. — Queria ver você.
— Por quê? — Havia um tom de acusação, como se ele pensasse que ela também só estava interessada em dinheiro.
— Queria pedir desculpas pelo que fiz. Pensei estar fazendo o melhor por Geórgia, mas. Agora percebo o quanto estava errada. Pensei que você a tomaria de mim, mas agora sei que não é o homem severo que finge ser. Você é. — Nina segurou um soluço. — É o homem mais maravilhoso que já conheci.
— E você é a melhor mãe que Geórgia poderia ter — ele disse, a voz rouca de emoção. — Foi errado falar com você daquela maneira. Eu estava zangado por ter sido enganado. Não parei para pensar nos sacrifícios que fez para proteger Geórgia de Nadia.
— D-do que está falando?
A boca de Marc ameaçou um sorriso.
— Você se entregou para mim. Não sabia o que você estava fazendo naquela hora. Simplesmente pensei que teve dificuldades ao dar à luz, nunca imaginaria que fosse virgem.
O rubor tomou o rosto de Nina, que desviou o olhar.
— Não. — Ele se aproximou e a segurou pelos ombros. — Não continue escondendo a verdade. Você se entregou para mim e quero saber por quê.
— Eu. não consegui evitar. Nunca tinha me sentido daquele jeito antes. — Ergueu novamente os olhos. — Acho que me apaixonei por você logo naquele primeiro dia, quando pegou Geórgia no colo com lágrimas em seus olhos. Estava sofrendo pela morte do irmão, mas ainda tinha um espaço para Geórgia em seu coração. E estava disposto a protegê-la. Eu sentia o mesmo. Não pude deixar de pensar que éramos parecidos. Foi impossível não me apaixonar.
Marc engoliu em seco, escondendo o rosto no ombro dela.
— Eu a tratei tão mal. Como pode me amar? Nina percebeu que ele chorava, então o abraçou forte.
— Não sei a razão. Apenas amo. Ele ergueu o rosto, a expressão sofrida.
— Não acredito que estou ouvindo isso. Então me perdoa pelas coisas que eu disse?
— Você estava zangado.
—Mais do que zangado. Estava magoado. Imaginava você rindo de mim por me ter feito de bobo.
Ela o encarou com ar indagador.
— Pensei que ninguém fosse capaz de magoá-lo.
Ele sorriu.
— Você não é a única que sabe contar mentiras, sabia? Claro que eu estava magoado. Apesar do que eu acreditava a seu respeito, acabei me apaixonando. Queria acreditar que você era incapaz de ter feito o que fez ao meu irmão, mas sempre me deixava confuso quando agia como Nadia.
— E mesmo assim se apaixonou por mim? Ele a abraçou mais forte.
— Como não poderia? Você sempre foi tão amorosa com Geórgia, sempre correspondia a mim com avidez. Pensava em você dia e noite, mesmo me odiando por minha fraqueza, mas era impossível não querer tocá-la.
Nina suspirou de encontro ao peito dele.
— Não acredito que me ama. Marc lhe acariciava os cabelos.
— Pois é melhor acreditar. Tenho procurado por você feito louco nos últimos dias. Não tenho dormi¬do nem comido.
Nina sorriu.
— Nem eu. Senti tanto a sua falta. Marc a fitou com seriedade.
— Eu ficava acordado de noite, pensando nas vezes em que a insultei. Sabe o quanto me tortu¬rei com isso? Você é uma pessoa linda, de natureza gentil e amável, e sua timidez é encantadora. Fui um idiota por não ter percebido nada. Acho que te-ria percebido se eu não estivesse tão aflito com as exigências de meu pai, que queria Geórgia a qual¬quer custo. Ele estava morrendo, eu não tinha mui¬to tempo, faria qualquer coisa para lhe satisfazer o último desejo.
Nina acariciou o rosto dele, os olhos úmidos de lágrimas.
— Não seja tão duro consigo mesmo. Fui eu que agi errado. Deveria ter desfeito o mal-enten¬dido logo que entrou no meu apartamento. Acabei agindo por impulso e, quando percebi, já era tarde demais.
— Eu a forcei a isso, cara — ele lamentou. — Só agora vejo. Só queria provar que era a mulherzinha oportunista que eu imaginava que fosse. Não dei espaço para explicações.
— Mas agora já acabou. Temos um ao outro, e temos Geórgia.
— Mas você perdeu tantas coisas. — Marc esta¬va sério novamente. — Não se casou na igreja, por exemplo, nem teve uma lua-de-mel. Não sei como, mas pretendo reparar tudo isso.
Nina exibiu um grande sorriso.
— Não me import

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