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... o é tão bom.
Aquelas palavras refletiam o que ele sentia também. Fizera amor inúmeras vezes, mas com Nina isso parecia ser mais do que bom. parecia perfeito.
O corpo pequeno de Nina se ajustava tão bem ao seu que pensou que não conseguiria se controlar. Mergulhou ainda mais no corpo dela, esperando não machucá-la, mas só ouviu um suspiro de prazer.
Beijou-a novamente, apreciando a boca macia que se submetia à sua invasão, os tímidos movimentos de Nina excitando-o ainda mais.
Apesar da inexperiência, Nina podia sentir o quanto Marc se esforçava para se conter. Beijou-o avidamente, os dedos afundando-se nos cabelos dele, as pernas se abrindo ainda mais para Marc.
Ele gemia na medida em que o ritmo das investidas se intensificava, os músculos das costas ficando tensos sob as carícias de Nina. Ela estremeceu, o corpo instintivamente procurando mais intimidade com o dele.
Ficou sem fôlego quando a mão de Marc buscou pelo centro de seu ser, os dedos com precisão certeira. Agora era ela quem perdia o controle. As emoções se avolumavam novamente, mais intensas devido à invasão masculina.
Sentiu o primeiro espasmo, então nova avalanche recaiu sobre ela, surpreendendo-a com o impacto devastador que teve sobre seus sentidos.
Percebeu quando Marc parou, o corpo anunciando o subseqüente terremoto que o levou ao paraíso. Deixou em Nina sua essência, unindo-os da maneira mais primitiva imaginável.
Nina o abraçou, deliciando-se com a sensação de proximidade.
Quando ele se afastou, percebeu que estava mais do que fisicamente unida a ele. O amor que sentia parecia preencher todo seu ser. Mal conseguia respirar sem sentir uma pontada no peito, alertando-a que a prioridade de Marc sempre seria Geórgia.
Virou-se para ele, a confissão já se formando em sua cabeça. Só então percebeu que ele dormia.
— Marc? — Ela o sacudiu de leve.
Não recebeu resposta.
Nina suspirou e abraçou-se a ele; contaria pela manhã. Passaria mais aquela noite nos braços dele.
Nina percebeu que havia algo errado assim que abriu os olhos na manhã seguinte. Estava sozinha na cama e podia ouvir o som de vozes por toda a casa.
Saiu da cama, vestiu-se e correu até o quarto de Geórgia, vendo que a sobrinha acabava de acordar e esticava as mãozinhas ao vê-la. Pegou a menina no colo e viu Paloma entrar no quarto com ar abatido.
— O que houve, Paloma?
A mulher se sentou na cadeira mais próxima, o rosto pálido.
— Signore Marcello faleceu durante a noite. Marc está com ele agora.
— Oh, céus! — Nina exclamou.
— Todos já esperavam, mas mesmo assim é muito triste. Apesar de todos os defeitos, todos nós gostávamos muito dele.
— Posso ajudar em alguma coisa? Paloma sorriu com tristeza.
— Já fez uma grande diferença na vida dele nestes poucos dias, Signori. Ele morreu mais feliz por ter conhecido a única neta.
Nos dias que se seguiram, era doloroso para Nina ver Marc esconder a dor pela perda do pai para cuidar dos negócios da família. Nem sonhava em revelar seu segredo agora. Ele mal conseguia lidar com os preparativos para o funeral. A única coisa que podia fazer era deixar que ele se perdesse em seus braços todas as noites, como se a união física fosse a única maneira que ele encontrara de aliviar a dor da perda. Mas Marc sempre parecia retraído durante o dia, tal qual um lobo desconfiado.
No dia seguinte ao enterro, Marc a chamou ao escritório.
— Quero conversar sobre o futuro de Geórgia. Nina sentiu o coração pular no peito. Será que ele já pensava no divórcio? Talvez a morte do pai o deixasse livre para anular aquela união indesejada.
— S-sobre o futuro dela?
— Quero adotar Geórgia.
Ela engoliu em seco, sentindo-se em pânico.
— Quero ser o pai dela. Contaremos sobre André quando for o momento apropriado. Mas por enquanto, serei o único pai dela.
Nina não sabia o que dizer. Via como Marc agia com a sobrinha, segurando-a no colo, brincando com ela ou murmurando coisas afetuosas em sua própria língua. Ninguém poderia questionar o quanto seria um pai maravilhoso, mas não poderiam iniciar o processo de adoção porque ela não era mãe de Geórgia. Não queria revelar a verdade justo agora, sabendo o quanto ele estava sofrendo.
— Você não parece muito entusiasmada — ele observou depois de longo silêncio.
— N-não gosto da idéia.
— Por que não?
— Ninguém pode tomar o lugar de André. É o pai dela, mesmo que não esteja mais. aqui. Não quero deixar Geórgia confusa.
— Nina, tenho feito tudo o que um pai faria. Não sei por que Geórgia tem que me chamar de tio pelo resto da vida se tudo o que quero é ser pai dela.
Nina tentava pensar em algo que pudesse dissuadi-lo.
— Não confio o suficiente em você. Ele suspirou exasperado.
Casei com você, não? Foi mais do que meu irmão fez.
— Só se casou por senso de dever.
— O que há de errado nisso? Esperava que eu me apaixonasse e jurasse amor eterno?
Nina desviou o olhar.
— Não, claro que não. Mas não deixo de pensar que há algo por trás disso. Assim que eu baixar a guarda, vai roubar Geórgia de mim. Ameaçou fazer isso diversas vezes.
Marc suspirou novamente.
— Compreendo sua apreensão e peço desculpas pelas ameaças, mas eu só queria garantir a segurança de Geórgia. Tinha ouvido tantas coisas a seu respeito que a considerava incapaz de criar a menina.
— E agora? — Nina o encarou. — Acha que sou capaz de criá-la?
Marc a observou antes de responder.
— Minhas antigas dúvidas foram respondidas. Contudo, ficaria mais feliz se Geórgia fosse oficialmente registrada como minha filha.
— Pensarei no assunto — Nina respondeu, querendo ganhar tempo.
— Aceito sua decisão por enquanto, mas saiba que não descansarei até conseguir o que quero.
Nina sabia que ele dizia a verdade. Toda aquela teia de mentiras parecia sufocá-la, os fios apertando seu coração sempre que pensava que perderia Geórgia e Marc ...

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