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... ernas fraquejando, agarrando-se a Marc para não cair.
As mãos dele vagaram até seus quadris, puxando-a ainda mais. Nina sentiu o volume a ereção e suspirou de prazer quando ele se pressionou contra ela.
Marc afastou-se dela, os olhos brilhando de desejo.
— Disse a mim mesmo que não a tocaria. Depois da noite passada.
A entrada dos criados trazendo o jantar os interrompeu. Nina sentou novamente e tomou um longo gole de água, e ficou aliviada quando o jantar terminou. Tinham comido em silêncio, ocasionalmente fazendo um comentário ou outro sobre os pratos que eram servidos.
Marc veio puxar a cadeira para Nina levantar-se e a acompanhou até o andar de cima.
Ele lhe abriu a porta do quarto e a encarou com expressão insondável.
— Gostaria que considerasse a possibilidade de nosso casamento se tornar real.
Nina sentiu o coração acelerar no peito.
— Quero o melhor para Geórgia e, apesar do que meu irmão contou, agora acredito em você também. Por isso acho que o ideal seria nos comportarmos como um casal normal. Não seria bom que Geórgia crescesse com pais que brigam o tempo todo. — Marc sorriu ao prender uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. — Você está cansada da viagem. Deixarei que durma em paz. Por enquanto.
Ela não queria dormir em paz! Queria dormir com ele, mas como poderia dizer isso sem revelar seus verdadeiros sentimentos?
— Vá, cara — ele disse, vendo que ela não se movia. — Estou tentando ser um cavalheiro, mas você não está tornando as coisas fáceis.
— N-não? — Ela umedeceu os lábios.
— Não mesmo. Basta olhar para você para que eu queira levá-la para a cama. Agora vá, enquanto ainda tenho forças para resistir.
Nina entrou, ouvindo a porta se fechar atrás de si.
Não sabia se gostava da idéia de Marc ser capaz de resistir a ela, especialmente quando não tinha a mesma força no que dizia respeito a ele. Mas Marc não estava apaixonado por ela, Nina lembrou-se com aflição. Ele a odiava, mesmo desejando-a. Decidira colocar o ódio de lado pelo bem de Geórgia. Será que a odiaria ainda mais quando descobrisse quem ela realmente era?


CAPÍTULO TREZE

Nina acordou durante a noite com a costumeira cólica que a atormentava desde a puberdade. Gemeu de dor enquanto se arrastava para fora da cama.
Foi até o banheiro e, depois de tomar dois analgésicos, sentou-se na beirada da banheira, esperando que fizessem efeito antes de voltar para a cama.
— Nina? — A voz de Marc soou do outro lado. — Está tudo bem?
— Sim.
— Pensei que estivesse gemendo. Está doente?
— Não exatamente.
— Precisa de alguma coisa? Ela se levantou e abriu a porta.
— Estou bem. Não é nada que não tenha me acontecido antes.
Marc franziu a testa, compreendendo lentamente.
— Está menstruada?
— Está salvo, Marc — Nina disse ao passar por ele. — Não será pai. Não fica feliz?
Ele a segurou pelo braço.
— Está pálida. Tem certeza de que está bem?
— Geórgia está dormindo, Marc. Não precisa fingir que se preocupa comigo no momento.
— Está vivendo sob o teto de minha família e, portanto, sob minha proteção.
Nina se desvencilhou dele.
— Não estou doente! Só preciso ficar sozinha. Será pedir muito? — Ela sentiu as lágrimas turvarem sua visão e virou-se para a porta.
Marc a puxou pela roupa de dormir e viu os olhos marejados, sentindo algo disparar dentro de si.
Passou o polegar pela bochecha onde uma lágrima deixava um caminho cristalino.
— Você está chorando — ele disse, parecendo surpreso.
— Não diga. — Ela soluçou e esfregou os olhos com a mão livre.
— Por que está chorando? Nina ergueu a cabeça.
— Existe lei contra isso, Marc? Preciso pedir permissão para chorar?
— Não. Só estava perguntando.
— Estou chorando porque sempre choro quando estou menstruada — ela soluçou. — Não consigo evitar. Fico emotiva demais e começo a choramingar pelas coisas mais bobas. — Nina assoou o nariz no lenço que ele oferecia. — Não queria acordá-lo. Sinto muito. mas eu.
Marc a puxou para si, os dedos acariciando os sedosos fios de cabelo.
Nina apoiou o rosto no peito dele, os braços segurando a cintura.
— Shh — ele murmurou. — Não chore.
A gentileza dele só piorou as coisas. A culpa que Nina sentia pelas mentiras a fizeram soluçar ainda mais.
Depois de um tempo, Marc percebeu que ela se acalmava, o choro quase havia cessado. Ficou com Nina em seus braços, o queixo apoiado em sua cabeça, aspirando o perfume de gardênia de seus cabelos. Queria parar o tempo e ficar ali com ela para sempre, o corpo comunicando silenciosamente o amor que fora incapaz de impedir de sentir.
— Desculpe. — Nina se afastou. — Molhei sua camisa.
Ele viu a mancha úmida e sorriu.
— Não tem problema. Eu já ia tirá-la mesmo. Nina o fitou com embaraço, a mão procurando pela porta.
— É. é melhor eu voltar para a cama. Está tarde. Marc tomou-lhe a mão e a levou à boca, os lábios tocando cada dedo enquanto os olhos se mantinham fixos nela.
— Marc. Eu.
— Não fale, Nina.
— Acho que não. — Ficou calada quando ele levou um dedo aos lábios dela.
— Não fale — ele insistiu. — Mudei de idéia. Eu a levarei para minha cama. Não para fazermos sexo; isso pode esperar. Só quero ficar abraçado com você.
— P-por quê? — Nina perguntou assim que ele afastou o dedo de sua boca.
Ele a olhou nos olhos por incontáveis segundos antes de responder:
— Porque quando te abraço, esqueço meu irmão. Esqueço minha dor. Só consigo pensar na sensação de tê-la em meus braços.
Nina ficou com o ar preso no peito, o coração apertado devido à honestidade que via naqueles olhos escuros.
— Certo. — Ela baixou os olhos. — Eu durmo com você.
Saíram do banheiro, os dedos dele segurando os dela enquanto cruzavam a passagem até o quarto dele, cada passo lembrando Nina de cada mentira que contara.
Ele estava ...

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