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O garoto acenou que sim, erguendo o olhar aos poucos. Os olhos estavam cheios de lágrimas quando murmurou:

- Desculpe-me se fui mau e se magoei você, pai.

Alfonso ajoelhou-se e segurou o rosto o filho entre as mãos.

- E eu lamento ter gritado e não poder levá-lo para a Disneyworld.

- Não está mais bravo comigo, pai?

- Não. De jeito nenhum.

O rostinho adquiriu uma expressão feliz.

- Foi o que Anny disse.

- E estava certa - replicou Alfonso, tomando o menino nos braços e erguendo-o da cadeira.

- Pai, posso voltar a trabalhar com você? Vou me comportar.

- Bem, poderia, só que não vou voltar ao trabalho hoje.

- Interromper o serviço no meio da tarde não é papel de um homem responsável - recriminou Luiz.

Alfonso relanceou um olhar para o pai.

- Tem razão. Mas se um homem não consegue algumas horas de vez em quando para ficar mais com o seu filho não está se esforçado para ser um bom pai.

Luiz levantou-se, resmungando:

- Sempre pus comida na mesa.

- Tem razão. E quero que Arthur possa dizer mais do que isso a meu respeito. - Alfonso voltou-se de novo para o filho, afagando-lhe o rostinho entre as mãos e evitando que ficasse nervoso, como sempre acontecia quando via pai e avô discutindo.

- Não vai à Disneyworld, mas acho que gostará do que lhe trouxe. Mais do que um passeio na Space Mountain.

- É um avião? - perguntou Arthur animado, mexendo nos bolsos do pai.

-Não.

- Um carro? Um caminhão?

- Está frio, e não vai encontrar nada no meu bolso. A surpresa está lá fora, na entrada.

- Posso ver? Posso?

Arthur já corria para a porta, lutando com a maçaneta. E quando abriu, olhou para fora e de novo para o pai, fazendo Alfonso deliciar-se com sua alegria de criança.

- Um cachorrinho! - exclamou Arthur, segurando a bolinha preta e fofa que tentava escalar uma caixa de papelão e subir pelas suas pernas. - É meu? Posso ficar com ele?

- Acho que é ele quem quer ficar com você. - Alfonso riu ao ver o pequeno cão latir de modo esganiçado e lamber o rosto do menino.

- Olhe, vovó, ganhei um cãozinho! É meu! Ele vai se chamar Pancho!

- E uma gracinha, meu bem - disse Helena. - Olhe para as patas. Logo será maior que você. Precisa tratá-lo muito bem, Arthur.

- Vou tratar, prometo. Olhe Anny, veja Pancho!

- E lindo... - Sem resistir, Anny abaixou-se e recebeu as lambidas no rosto. - Tão fofinho e meigo... - Ergueu o olhar para Alfonso. - É adorável.

- É bom para um menino ter um cachorro - comentou Luiz ainda aborrecido com o comentário do filho. - Mas quem tomará conta dele quando Arthur estiver na escola e você trabalhando? Seu problema é que nunca raciocina direito, faz as coisas por impulso e não analisa nada.







Gente lindaaaaa chegamos aos 1k de votos!!!!
Estou tão feliz!
Obrigada a todos vocês que acompanham a fanfic, que estão sempre votando, amo vocês♡
E como prêmio vou fazer tipo uma maratona postando 4 capítulos hoje,okay?

Obrigada mesmoooo
#rumoaos2k





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I really like youOnde histórias criam vida. Descubra agora