͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏41. beto ⋆✴︎˚。⋆

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— Como anda o anjinho do papai?

Dandara gorgoleja e me abre um sorriso desdentado. E, sim, não tenho dúvidas de que é um sorriso. Beatriz continua insistindo que são gases, mas acho que sei quando minha própria filha sorri para mim, tá legal?

Beijo sua bochecha incrivelmente macia, e ela esfrega o rosto bonito contra o meu peito. Na mesma hora, sinto uma dor aguda no mamilo. Solto um grito quando sua boca ávida tenta me chupar.

Merda, esqueci que estava sem camisa. Brody evita ligar o ar-condicionado se não for imprescindível, por isso, na maioria das vezes, deixamos as janelas abertas. Acabei me habituando a ficar só de bermuda e mais nada.

— Solta, princesa — repreendo, afastando seu rosto.

Sua boca abre e fecha depressa, enquanto ela tenta sugar o ar, o que faz meu coração derreter.

Ergo o rosto para trocar um sorriso com Beatriz, apenas para descobrir que seus olhos escuros estão vidrados, e a boca, aberta.

Franzo o cenho.

— O que foi?

Beatriz leva um segundo para responder. Quando o faz, sua voz soa meio rouca.

— Você acabou de me fornecer centenas de horas de material para minha diversão noturna.

Contenho uma risada.

— Como assim, Beatriz? Você tá ficando com tesão de ver nossa filha tentando mamar em mim?

— Não, com isso. — Ela aponta para nós.

Ainda não entendi.

— Um homem lindo, sem camisa, segurando um bebezinho — explica ela. — É a coisa mais sensual que já vi na vida.

Estaria mentindo se dissesse que meu pau não endureceu dentro da bermuda.

— Ah, é? — pergunto, lentamente.

— Ah, se é. — Ela suspira. — Que droga, Beto. Agora não vou conseguir me concentrar em contratos.

— Vou vestir uma camisa — ofereço, com gentileza.

— Faça isso. — Beatriz solta a sacola de fraldas, mas continua com a bolsa pendurada no outro ombro. Ela caminha até a mesa da sala, pousa a bolsa e começa a tirar os livros.

Dou um assobio baixinho. Cara, ela estava carregando aquela bolsa pesada de fraldas numa das mãos e todos esses livros na outra? Ela é o próprio Hulk.

— Como foi a aula da manhã?

— Cansativa. — Ela olha por cima do ombro. — É melhor eu estudar aqui ou no seu quarto?

— Pode ficar aqui. — Mudo Dandara de braço, amando seu peso e o pequeno rosto pressionado contra o meu ombro nu. — Tava pensando em levar a princesa para caminhar pelo quarteirão.

Beatriz assente.

— Certo, mas cuidado pra ela não pegar sol.

Concordo com a cabeça. Nós dois lemos os mesmos livros, então sei que luz solar direta é prejudicial para os bebês. Sempre que saio com Dandara, tomo cuidado de pôr chapéu e mantê-la coberta pelo protetor do carrinho. Trato-a praticamente como se fosse uma vampira.

— Se importa de segurar essa preciosidade aqui enquanto visto uma camiseta?

Beatriz abre os braços, e deposito Dandara neles. Meu peito se desmancha quando a vejo se abaixar para dar beijinhos nas bochechas e na testa de Dandara. Em resposta, Dandara se sacode feito uma lagartixa e agita os punhos no ar. Ainda não aprendeu a rir, pelo menos não com as cordas vocais, mas descobri que quando seu corpo se contorce é sinal de que está se divertindo.

A Conquista | BETRIZ Where stories live. Discover now