͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏03. beatriz ⋆✴︎˚。⋆

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Beto fica parado ali, um sorrisinho no rosto e uma ereção imensa nas calças. Molho os lábios com a língua, sentindo a excitação percorrer minhas veias. Nossa, que delícia vai ser ter esse gigante dentro de mim.

Meu olhar se detém na barba bem aparada, e me pergunto, por um instante, se devia ter deixado Cora ter uma chance com ele. Afinal, barba estava na lista dela. Mas agora eu estou com vontade de saber qual vai ser a sensação de ter esses pelos entre as minhas pernas. Suave? Será que pinica? Aperto as coxas, ansiosa.

Hope e Cora tinham razão. Estou mesmo precisando transar e, jogador de hóquei ou não, acredito que Beto seja o cara certo para isso. Ele é autoconfiante sem egocentrismo, o que é a coisa mais excitante que existe. Quando respondeu à minha pergunta sobre o que ele queria dizendo “você”, quase tive um orgasmo.

E parece um sujeito equilibrado, como se nem um terremoto fosse capaz de abalá-lo. Até admirei o jeito como defendeu Basilio, embora saiba que a lealdade seja equivocada. Beto devia saber que, se tivesse mentido sobre a amizade com Basilio, talvez pudesse ter tido mais chances comigo, mas ele escolheu a honestidade, o que valorizo mais do que qualquer coisa.

— Precisa de alguma instrução? — Sua voz é baixa e rouca, alongando as sílabas. Ins-tru-ção.

Deus do céu, que sotaque.

— Estou só avaliando minhas opções. — Adoro o jeito como fica parado ali, me deixando fazer o que quiser com ele. Como se seu pau grande existisse só pra mim.

Mal posso esperar, mas não consigo decidir o que quero primeiro. Minha boca está salivando só de pensar no seu membro tocando minha língua, mas por dentro estou pulsando com a expectativa de senti-lo me abrindo e me enchendo por inteiro.

— Por que não começa com um beijo, já que gosta tanto disso? — sugere ele.

Encontro seu olhar ardente.

— Onde? — pergunto, tímida, o que é estranho, porque nunca sou tímida. Mas alguma coisa na confiança que ele exala desperta a mulher em mim, e percebo que não me importo nem um pouco com isso.

Ele toca o lábio inferior com seu dedo comprido.

— Bem aqui.

Com o máximo de sensualidade que consigo demonstrar, rastejo sobre o painel até seu colo, deixando meus sapatos caírem no chão do carro. Ele abre a boca num convite, mas não pressiono os lábios nos dele de imediato.

Em vez disso, corro os dedos por sua barba, de um lado da mandíbula até o outro.

— Macia — murmuro.

Seus olhos escurecem e se enchem de tanta luxúria que é difícil respirar. E então ele me agarra, cansado de esperar e cansado de falar.

Nossas bocas se chocam. Ele enfia uma das mãos no meu cabelo, não sei se é para conseguir um ângulo melhor ou se é para aumentar a força da sua invasão. Seja como for, sua língua está me fazendo sentir coisas mágicas lá embaixo. Não lembro mais por que quase o dispensei.

Quer dizer, alto, gostoso, cabelo loiro, barba deliciosa? Por que foi que hesitei? Ah, já sei. Porque ele joga hóquei.

Afasto a boca e ofego:

— Só pra deixar bem claro, odeio jogadores de hóquei. Isso aqui nunca vai se repetir

Ele afasta meu cabelo para expor o pescoço.

— Entendido. Não vou nem te lembrar disso quando estiver me implorando por uma segunda rodada.

Rindo, agarro sua cabeça e a aperto contra mim, e ele decide abrir um caminho com a língua do meu pescoço até os meus seios.

A Conquista | BETRIZ Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon