͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏14. beatriz ⋆✴︎˚。⋆

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na testa.

Beto beija a morena na testa.

E depois bagunça o cabelo dela como se a garota fosse uma criança.

Cacete. Ela ganhou o beijo na testa? — murmura D’Andre. — Que pesado.

E daí. Foi um beijo! E não quero mais nem saber quem é essa garota. Eu me sinto uma idiota de ter vindo hoje.

Beto é o sr. Popular, tem um enxame de admiradoras, modos impecáveis e aquele cabelo dourado que o faz parecer saído de um seriado antigo em que a vida é perfeita.

Eu sou a garota esforçada, a bruxa que se mata de estudar e passa todos os segundos do dia tentando sair da sarjeta em que nasceu para não se sentir inferior aos outros alunos da Briar.

— Vamos embora — repito.

Meus amigos devem ter percebido que estou falando sério, porque todos eles dão um passo adiante. Estamos a meio metro do pé da escada quando ouço meu nome.

— Beatriz!

Merda. Fui vista.

— Espera. — Sua voz soa mais próxima agora.

Olho para Cora, num pedido silencioso de ajuda, mas ela apenas sorri. Quando me viro para Hope e D’Andre, eles fingem que estão mexendo no telefone. Traidores.

Suspirando, dou meia-volta e encontro Beto no meio do caminho.

Ele está visivelmente emocionado em me ver, os olhos brilhando e a boca sexy curvada num sorriso.

— O que você tá fazendo aqui?

Digo a primeira idiotice que me vem à mente.

— Estava aqui perto.

— Ah, é? — Seu sorriso se expande. — E por acaso você viu alguma coisa do jogo enquanto estava por aqui?

— O jogo inteiro, na verdade. Belo passe.

— Achei que você não sabia nada de hóquei.

— Não sei. Tô só repetindo o que o locutor falou.

— Beto! — chama um cara num grupinho de jogadores. — Você vem?

Ele vira de costas para gritar para o colega:

— Encontro vocês lá! — Quando se volta para mim, está sorrindo. — Quer passar lá em casa pra comemorar a vitória com a gente?

Faço que não com a cabeça.

— Tenho que ir pra casa. Trabalho amanhã. Além do mais… — Não diga isso… — Acho que não estou a fim… — Que merda, Beatriz, não diga isso! — … de ficar de vela — concluo, e quero me dar um soco por isso.

Ele arregala os olhos.

— Do que você tá falando?

Cerro os dentes.

— Princesa — insiste ele.

— A Branca de Neve ali — murmuro, apontando com a cabeça para a morena, que agora está conversando com um dos amigos de Beto. — Vocês dois pareciam estar num encontro.

— Num encontro? Hum, não. — Ele começa a rir. — Aquela é a Diana, uma amiga minha. — Ele faz uma pausa. — Quer dizer, uma ex.

Me agarro a essa informação.

— Tá vendo!

— Vendo o quê? Ela é minha ex, e minha amiga também. Sou amigo de várias ex-namoradas.

A Conquista | BETRIZ Where stories live. Discover now