Estendo o braço e deslizo a mão pela parte de trás da sua cabeça. Faz muito tempo desde que a toquei, preciso deste pequeno contato.
— Quer que eu te leve num médico? — ofereço.
— Pareço tão mal assim?
— Não, você tá linda, mas falou que andou enjoada… — e você parece frágil (mais frágil que cristal) sob a minha mão. — Quero cuidar de você.
— Não quero ir ao médico.
— É o dinheiro? Porque se você não quiser que eu pague a gente pode ir pra Hastings e usar a clínica da faculdade.
Ela balança a cabeça, fazendo um movimento lento de um lado para o outro contra a minha palma. Desço a mão para massagear seu pescoço, e ela geme. O som vai direto para o meu pau abandonado.
— Tenho convênio. Só preciso descansar — insiste. — E amanhã é domingo, o que significa que vou poder passar o dia inteiro na cama, de bobeira.
Decido não pressionar.
— Que coincidência. Pensei em fazer exatamente isso.
Desta vez, quando nossos olhares se encontram, ela parece tão faminta quanto eu. Piso no acelerador um pouco mais fundo do que pretendia.
++++
— Um hotel? — exclama, dez minutos depois, quando paro na frente do Fairmont.
Sorrio.
— Feliz Natal atrasado.
O manobrista se aproxima e abre a porta dela. Salto do carro e o contorno pela frente, agradecendo a ele enquanto entrego as chaves. Isso está me custando uma nota preta, mas não ligo. Também não ligo que o porteiro esteja dando um sorrisinho irônico para a roupa de Beatriz e o nosso carro. Ele provavelmente acha que vou me dar mal por trazer uma prostituta para o meu quarto.
— Seu presente tá na minha casa — diz ela, triste, quando a alcanço na calçada.
Envolvendo-a pelas costas, conduzo-a com gentileza.
— Amanhã você me dá, quando a gente estiver de bobeira.
— Combinado.
Sigo direto para os elevadores e fixo os olhos no display digital, para não a atacar no saguão deste lugar pomposo.
— Certeza que todo mundo aqui acha que sou uma prostituta — diz, secamente.
— Se eles acharem isso, deve ser porque esse é o único motivo para alguém tão bonita quanto você me deixar pôr essas patas sujas no seu corpo.
— Mentira, mas foi um bom elogio.
— Te beijaria agora, mas, como faz dez dias que não te vejo, no mínimo ia perder o controle e tentar te comer aqui no hall.
— Posso esperar. — Ela lança um olhar indiscreto para a protuberância na minha calça jeans. — Mas, pelo contorno desse monstro nas suas calças, acho que ninguém iria se surpreender.
O apito do elevador encobre meu rosnado, mas, a julgar pelo sorriso que se abre no rosto de Beatriz, acho que ela ouviu.
Saímos no quarto andar. Mal entro no quarto e a pressiono contra a porta, enfiando a língua na sua boca e as mãos no casaco para apalpar os seios.
Ela geme, mas não é de tesão.
Afasto as mãos na mesma hora.
— Machuquei você?
— Não. — Ela me puxa de novo para si. — Meus peitos estão supersensíveis, não sei por quê.
Corro as mãos pelas laterais do seu corpo.
YOU ARE READING
A Conquista | BETRIZ
FanfictionDe todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, Beto Sobral se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe um dia, abr...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏21. beto ⋆✴︎˚。⋆
Start from the beginning
