͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏14. beatriz ⋆✴︎˚。⋆

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Claro que é. Nenhuma menina no mundo ficaria com esse cara e depois arranharia a caminhonete dele com uma chave ou quebraria tudo com um taco de beisebol. Ele é legal demais. É impossível odiá-lo.

— Você tá com ciúme — provoca Beto.

— Tô nada — minto.

— Tá sim. — Vejo a alegria estampada em seu rosto. — Você gosta de mim.

— Não gosto — minto de novo. — Já falei: estava aqui perto. Pensei em dizer oi.

— Você é melhor do que isso, gata. Por que não acaba com esse sofrimento e diz logo que aceita?

— Aceito o quê?

— Sair comigo. Basta falar que sim.

Minha boca se abre para formar as palavras. Ou melhor, a palavra. Sim. Quero dizê-la, de verdade, mas odeio ser posta contra a parede. Sinto os olhares divertidos dos meus amigos em cima da gente, e agora alguns dos amigos dele também estão olhando. E Beto é bom e gentil demais, e eu sou vulgar e fria demais, e meu padrasto é a coisa mais nojenta que existe, e tudo isso é demais para mim agora.

Então, quando enfim respondo, não é com a palavra que ele queria ouvir.

— Seus amigos estão te esperando — murmuro, e corro de volta para os meus, antes que ele possa contestar.

Cora dá uma única olhada na minha cara e me leva para o estacionamento, onde D’Andre parou o carro.

— Ugh! — Solto um gemido, quando saímos do campo de visão de Beto. — Sou tão burra!

— Você não é burra — discorda Hope.

— Na verdade, você é inteligente demais — diz Cora. — Seu cérebro é o seu maior inimigo.

— Como assim?

— Você pensa demais. Todo mundo aqui viu a sua cara agora: você gosta dele. De verdade.

— Ele me assusta — deixo escapar.

Três pares de olhos me encaram, surpresos.

— Ele é perfeito demais, gente. — Solto outro gemido. — E eu sou uma bagunça completa a maior parte do tempo. Tenho medo de que, se ele me conhecer melhor, perceba isso.

— E daí? — argumenta Hope.

Meus dentes se afundam em meu lábio inferior.

Cora toca o meu braço.

— Você precisa sair com ele. Sério, Beatriz, você vai se arrepender se não sair. E a única coisa que sei que você odeia é arrependimento.

Ela tem razão. Sempre me odeio depois que deixo uma oportunidade passar.

— Quer saber — diz ela, quando hesito por tempo demais. — Vamos marcar um encontro duplo.

— Um encontro duplo? — repito, baixinho.

— Uuuuh, sexo em grupo. — Hope agita as sobrancelhas. — Que pervertido.

— Sossega o facho, Hope — ordena Cora. — Estou falando de um encontro duplo normal, dois casais.

Penso na ideia. Um encontro duplo diminuiria a pressão.

— Ok… Eu topo.

Cora abre um sorriso.

— Ótimo. Agora escreve pra ele antes que você mude de ideia. Ah, e o cara que você arrumar pra mim tem que ser gostoso. E saber usar a língua.

— Ei, eu tô bem aqui. — D’Andre ergue a mão. — Dá pra parar de ficar objetificando o clã masculino?

A Conquista | BETRIZ Donde viven las historias. Descúbrelo ahora