Mas fico em silêncio. Estou seguindo as regras dela aqui.
Seu quarto é pequeno, arrumado e nitidamente a sua fonte de refúgio. A cama de casal está feita e coberta com uma colcha azul-clara. A mesa é impecável, cheia de livros empilhados com cuidado. O lugar tem um cheiro limpo e fresco, uma fragrância de pinho, limão e algo tão feminino que chega a ser viciante.
Beatriz desabotoa o casaco e o pendura na cadeira.
Minha boca começa a salivar. Ela vestiu uma camiseta por cima do sutiã minúsculo do “uniforme”, mas ainda está de shortinho. E com os sapatos. Deus do céu, que sapatos.
— Então — começa ela.
Abro meu casaco.
— Então — repito.
Seus olhos escuros acompanham o movimento de minhas mãos enquanto jogo o casaco de lado. Em seguida, ela balança a cabeça bruscamente, como se estivesse tentando parar de… me secar? Acho que sim. Escondo um sorriso.
— Estava falando sério quando disse que não queria me envolver com ninguém — começa ela.
— Eu sei. Foi por isso que não liguei. — Caminho até a mesa, examinando os títulos dos livros, um zilhão deles.
Na parede há um pequeno quadro de cortiça, cheio de retratos. Sorrio para uma foto de Beatriz imprensada entre duas outras meninas. A da esquerda tem um cabelo vermelho-vivo e está mostrando a língua e apertando a bunda de Beatriz de forma exagerada. A da direita está de tranças finas e compridas, e dá um beijo na bochecha de Beatriz. Está na cara que a adoram, e fico feliz de saber que ela tem pelo menos duas pessoas que a apoiam.
— Minhas amigas — explica Beatriz, chegando ao meu lado. Ela aponta para a da direita. — Esta é Hope… — E depois para a da esquerda. — E Cora. Elas caíram do céu. Sério.
— Parecem legais. — Meu olhar percorre as outras fotos antes de pousar numa folha de papel branco com o emblema de Harvard no canto. — Puta merda — exclamo. — Isso é o que eu acho que é?
Todo o seu rosto se ilumina.
— É. Entrei na faculdade de direito de Harvard.
— Uau! — Viro na direção dela e a puxo para um abraço. — Parabéns, princesa. Tô orgulhoso de você.
— Também tô orgulhosa de mim. — Sua voz soa abafada contra o meu pescoço.
Ai, não. Este abraço foi uma má ideia. Agora só consigo pensar nas suas curvas, nos seios grandes apertados contra o meu peito. Juro que seus mamilos estão duros também.
Beatriz prende a respiração ao sentir a mudança no meu corpo.
— Desculpa — digo, arrependido, afastando o quadril. — Meu pau ficou confuso.
Um riso escapa da sua boca. Ela vira a cabeça para mim, os olhos brincalhões. E excitados. Não tenho dúvidas de que estou vendo uma centelha de excitação neles.
— Tadinho — murmura. — Preciso explicar pra ele a diferença entre um abraço e sexo?
Meu Deus. Esta mulher está proibida de dizer a palavra sexo. Nesses lábios carnudos, soa demais como uma promessa.
— Acho que é uma boa ideia — respondo, sério. — Embora ele não seja o cara mais inteligente do mundo: pode ser que precise de uma aula prática.
Ela ergue uma sobrancelha.
— O que aconteceu com o “sem pressão”?
— Ah, tava brincando. Não tem pressão nenhuma, princesa. — Quer dizer, tirando a pressão dentro da minha calça.
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A Conquista | BETRIZ
FanfictionDe todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, Beto Sobral se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe um dia, abr...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏09. beto ⋆✴︎˚。⋆
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