͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏08. beto ⋆✴︎˚。⋆

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— De jeito nenhum. É um milhão de vezes mais gostosa — comenta Henry. Então dá de ombros. — Sei lá, talvez não seja ninguém.

Seu irmão sorri.

— Depois eu pergunto pra ela por que parece conhecida. Sabe como é, quando ela estiver de joelhos na minha frente.

Cerro os punhos junto das coxas. Preciso fazer isso ou vou esmurrar o irmão de Henry, e aí Henry vai ficar puto. Gosto do Henry.

Por sorte, Brody decide parar de ser um babaca, como se, em algum nível inconsciente, soubesse que estou perto de acabar com a raça dele. Ele se vira para mim e comenta:

— Mikey falou que você vai abrir o próprio negócio.

Faço que sim com a cabeça.

— Esse é o plano.

— Já sabe o que vai ser?

— Tenho algumas ideias, mas não resolvi nada ainda. Tô me concentrando no hóquei.

— É, sei como é.

— Mas, quando sair da faculdade, vou avaliar as opções.

— Se precisar de ajuda, me fala. Tenho uns contatos aí numas oportunidades novas. Só coisa que tá indo bem no começo. Não sei quanto dinheiro você tem, mas esses investimentos não estão abertos pro público. Um dia você tem uns duzentos mil, e três anos depois você é um bilionário, depois que o Facebook vem te comprar. — Ele estala os dedos, como se fosse assim tão fácil.

— Parece interessante. Talvez eu te ligue quando estiver pronto pra decidir alguma coisa. — Aceno de novo com a cabeça, mas, sério, não tenho nenhum plano de ligar para Brody para pedir conselho de investimento. Obrigado, mas prefiro não ser enrolado por um esquema de pirâmide.

Beatriz volta com uma bandeja na mão, e, na mesma hora, toda a minha atenção pertence a ela. De pé junto ao meu ombro, ela pousa nossas bebidas na mesa. Acho que é porque ofereço menos perigo de agarrar sua bunda, e não porque ela quer esfregar os peitos na minha bochecha.

— Daqui a pouco eu volto pra ver se vocês precisam de mais alguma coisa — murmura, antes de desaparecer da nossa frente.

Nossa. Olho para Beatriz admirado, desejando poder correr atrás dela e abraçá-la. Servir um monte de caras da Briar — para não falar de um com quem ela transou — não deve ser confortável para ela. Podia ter pedido para o chefe trocá-la de seção, mas não o fez. Continua trabalhando como se nossa presença não a afetasse nem um pouco.
Pela meia hora seguinte, eu e os rapazes assistimos às strippers fazerem o que sabem fazer. Bem, eles assistem. Eu? Estou todo focado em Beatriz. Lanço olhares para ela a todo instante, mal prestando atenção ao que está acontecendo ao meu redor. Registro, distraído, risos, gritos e trechos de conversas, mas todo o meu mundo se reduziu a Beatriz Dourado. O balanço sensual do seu quadril quando ela caminha. Os saltos altos, que fazem suas pernas compridas parecerem impossivelmente mais compridas. Toda vez que passa por nossa mesa, luto contra o impulso de puxá-la para o meu colo e beijá-la até não poder mais.

— Quanto custa uma menina como você? — uma voz alta e embriagada ressoa atrás de mim.

— Não sou dançarina.

Meus ombros ficam rígidos quando reconheço a voz de Beatriz. A mulher no palco acabou de terminar seu show, e a música baixou um pouco, enquanto a próxima garota se prepara para subir. Quando viro em minha cadeira, vejo que os idiotas dos garotos de fraternidade estão em ação de novo.

— Mas você seria, pelo preço certo — diz um dos babacas.

— Não. Só sirvo bebidas. — De onde estou, posso ver a tensão nos ombros.

A Conquista | BETRIZ Where stories live. Discover now