— Tudo bem? — pergunta Fitzy. — Você parece irritado.
Inspiro.
— É, desculpa. Tava pensando no time.
Ele engole a mentira.
— Isso é de deixar qualquer um fervendo de raiva. Anda. Vamos pegar uma bebida e esquecer o hóquei.
Concordo com a cabeça, distraído, além de fascinado demais pelas costas de Beatriz. Estão completamente expostas, exceto por uma tirinha desprezível que parece que vai se soltar se eu soprar o laço. Meu olhar desce, assimilando a curva elegante de sua coluna e indo até o alto do shortinho de cetim preto.
Quando chegamos ao palco, já estou meio duro, o que é vergonhoso. Ficar com tesão assim só de ver a bunda de uma menina é uma coisa que não acontece comigo desde a época do colégio.
Me obrigo a olhar para cima bem a tempo de evitar uma mesa cheia de garotos de fraternidade. Um deles estende a mão para dar um tapa na bunda de Beatriz à medida que ela passa por eles.
Uma onda de raiva sobe por minha coluna. Abro caminho na direção do cara, mas um segurança sentado na frente do palco alcança o imbecil antes de mim.
— Nada de tocar as meninas, idiota. — Ele levanta o garoto pela camisa polo. — Anda.
— Ei, desculpa — protesta o babaca. — Foi reflexo.
Mas o segurança não dá ouvidos, e o cara é arrastado para fora. Seus amigos ficam só olhando.
Henry sorri.
— Eles são linha-dura por aqui.
— Precisamos daquele cara no time — comenta Fitzy.
— Não brinca.
Beatriz estende a mão apontando a mesa.
— O que posso fazer por vocês, rapazes?
A música ensurdecedora da boate torna sua voz quase inaudível.
— Um chope, qual você tiver. — Mantenho os olhos fixos acima do seu queixo, o que é um puta milagre.
Não deixo de notar a infelicidade no seu rosto. Não é preciso ser um gênio para desconfiar que ela está com vergonha, e não tenho nem como dizer que onde ela trabalha não faz a menor diferença para mim.
Brody ocupa a cadeira ao meu lado. Ele descansa os braços na mesa e se inclina para a frente, para observar uma mulher seminua dançando a um metro e meio de nós. A ruiva alta está tirando o fio dental, o que a deixa com nada além de um coldre de couro na cintura e duas armas de mentira.
— E você?
O irmão de Henry desvia o olhar da cowgirl nua e se volta para Beatriz.
— Uísque puro.
— É pra já.
— Obrigado, gatinha.
Com um sorriso forçado, Beatriz desaparece, e, de alguma forma, consigo conter a vontade de me jogar por cima da mesa para dar um murro em Brody. Beatriz não é a gatinha dele. Se ele a chamar assim de novo, não sei se vou conseguir não dar uma surra no sujeito.
— Ela parece alguém que eu conheço — grita Henry no meu ouvido. — A garçonete. Não é?
Dou de ombros.
— Não sei.
Fitzy se vira e a examina anotando um pedido debruçada em uma mesa perto da nossa.
— Acho que parece um pouco a Olivia Munn.
ESTÁS LEYENDO
A Conquista | BETRIZ
FanfictionDe todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, Beto Sobral se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe um dia, abr...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏08. beto ⋆✴︎˚。⋆
Comenzar desde el principio
