͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏08. beto ⋆✴︎˚。⋆

Comenzar desde el principio
                                        

— Tudo bem? — pergunta Fitzy. — Você parece irritado.

Inspiro.

— É, desculpa. Tava pensando no time.

Ele engole a mentira.

— Isso é de deixar qualquer um fervendo de raiva. Anda. Vamos pegar uma bebida e esquecer o hóquei.

Concordo com a cabeça, distraído, além de fascinado demais pelas costas de Beatriz. Estão completamente expostas, exceto por uma tirinha desprezível que parece que vai se soltar se eu soprar o laço. Meu olhar desce, assimilando a curva elegante de sua coluna e indo até o alto do shortinho de cetim preto.

Quando chegamos ao palco, já estou meio duro, o que é vergonhoso. Ficar com tesão assim só de ver a bunda de uma menina é uma coisa que não acontece comigo desde a época do colégio.

Me obrigo a olhar para cima bem a tempo de evitar uma mesa cheia de garotos de fraternidade. Um deles estende a mão para dar um tapa na bunda de Beatriz à medida que ela passa por eles.

Uma onda de raiva sobe por minha coluna. Abro caminho na direção do cara, mas um segurança sentado na frente do palco alcança o imbecil antes de mim.

— Nada de tocar as meninas, idiota. — Ele levanta o garoto pela camisa polo. — Anda.

— Ei, desculpa — protesta o babaca. — Foi reflexo.

Mas o segurança não dá ouvidos, e o cara é arrastado para fora. Seus amigos ficam só olhando.

Henry sorri.

— Eles são linha-dura por aqui.

— Precisamos daquele cara no time — comenta Fitzy.

— Não brinca.

Beatriz estende a mão apontando a mesa.

— O que posso fazer por vocês, rapazes?

A música ensurdecedora da boate torna sua voz quase inaudível.

— Um chope, qual você tiver. — Mantenho os olhos fixos acima do seu queixo, o que é um puta milagre.

Não deixo de notar a infelicidade no seu rosto. Não é preciso ser um gênio para desconfiar que ela está com vergonha, e não tenho nem como dizer que onde ela trabalha não faz a menor diferença para mim.

Brody ocupa a cadeira ao meu lado. Ele descansa os braços na mesa e se inclina para a frente, para observar uma mulher seminua dançando a um metro e meio de nós. A ruiva alta está tirando o fio dental, o que a deixa com nada além de um coldre de couro na cintura e duas armas de mentira.

— E você?

O irmão de Henry desvia o olhar da cowgirl nua e se volta para Beatriz.

— Uísque puro.

— É pra já.

— Obrigado, gatinha.

Com um sorriso forçado, Beatriz desaparece, e, de alguma forma, consigo conter a vontade de me jogar por cima da mesa para dar um murro em Brody. Beatriz não é a gatinha dele. Se ele a chamar assim de novo, não sei se vou conseguir não dar uma surra no sujeito.

— Ela parece alguém que eu conheço — grita Henry no meu ouvido. — A garçonete. Não é?

Dou de ombros.

— Não sei.

Fitzy se vira e a examina anotando um pedido debruçada em uma mesa perto da nossa.

— Acho que parece um pouco a Olivia Munn.

A Conquista | BETRIZ Donde viven las historias. Descúbrelo ahora