Henry encara o letreiro, boquiaberto.
— Sério? Um bar country de strip em Boston? Que merda. — Ele parece prestes a esmurrar o irmão.
— Você é mesmo uma mocinha. — Brody envolve os ombros de Henry com um dos braços e nos chama para entrar. — Vocês queriam mulher, não queriam? Bem, aqui está.
— É isso que acontece depois que você sai da faculdade? Tem que pagar pra comer alguém? — Henry abaixa a cabeça. — Nunca vou sair da Briar, cara. Nunca.
Eu rio.
— Ei, pensa só em todas as marias-patins que vão sobrar pra você quando Ulisses e Ronaldo começarem a jogar na liga profissional.
Isso o deixa animado na mesma hora.
— É verdade. E olha… — ele aponta para o letreiro — … agora você também não precisa ir embora de Boston. Quem precisa voltar pro Texas quando tem cowgirls bem aqui?
— Tentador — digo, secamente —, mas acho que vou manter o plano.
A menos que minha mãe de repente resolva que gosta da Costa Leste, vou voltar para Patterson depois de me formar. Não sei se nossa cidade pequena é um bom lugar para começar um negócio, mas posso tentar abrir alguma coisa em Dallas e voltar para casa nos fins de semana. Minha mãe se sacrificou muito para me colocar aqui, e não vou deixá-la sozinha.
A boate cheira a suor, cigarro e desespero. Encabeçando o nosso grupo, o irmão de Henry põe alguma coisa nas mãos do segurança, e eles têm uma conversa breve.
— Nada de tocar as meninas. Danças privadas começam em cinco contos. — Ele chama uma garçonete. — Primeira fila, palco da direita — diz a ela.
Todo mundo começa a se mover.
Todo mundo, menos eu.
— Algum problema?
A voz ríspida do segurança me põe em movimento.
— Não — respondo, descontraído.
Mas meio que tem. Um problema enorme, na verdade. Um problema gigante.
Porque sob o delineador pesado e o penteado volumoso, reconheço a garçonete. Merda, já passei as mãos e a boca por toda aquela pele exposta.
O olhar espantado de Beatriz encontra o meu. Vejo toda a cor sumir do seu rosto, o que significa muito, porque ela não pegou leve no blush.
— Por aqui — murmura, em seguida se vira, fazendo o cabelo escuro voar à sua volta, mas não antes de me lançar um olhar de advertência.
Pode deixar. Ela não quer que eu diga aos caras que a gente se conhece. Não a culpo. Isto é no mínimo constrangedor pra caramba para ela.
— Que tipo de mulher trabalha nesta espelunca? — pergunta Henry, babando na bunda incrível de Beatriz, que o shortinho minúsculo mal consegue cobrir.
— Do tipo gostosa — responde Fitzy, seco.
É um eufemismo. As mulheres aqui são mais do que gostosas. São simplesmente espetaculares. Fonte: meus globos oculares.
Altas, baixas, curvilíneas. Brancas, negras e todas as cores que existem entre uma coisa e outra. Mas meu olhar continua voltando para Beatriz, como se ele estivesse preso a um barbante invisível que é controlado por sua bunda perfeita.
— Retiro todas as grosserias que falei sobre cowgirls no estacionamento. Qualquer uma dessas meninas pode montar em mim.
Sinto um calor invadir minha barriga. Não gosto da ideia de Henry — nem nenhum dos caras aqui — sendo montado por Beatriz. Ela é minha.
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A Conquista | BETRIZ
ФанфикшнDe todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, Beto Sobral se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe um dia, abr...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏08. beto ⋆✴︎˚。⋆
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