͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏03. beatriz ⋆✴︎˚。⋆

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E ele não para de esfregá-lo, enfiando os dedos em mim. E continuo gozando. Deixo a cabeça cair para trás, minhas pálpebras se fecham, e me entrego ao prazer que invade meu corpo até virar uma massa trêmula de sensações.

Quando volto para o planeta Terra, me vejo debruçada contra seu peito, arfando. Nunca tive um orgasmo tão forte na vida, e o cara nem entrou em mim ainda. Meu coração está batendo insanamente rápido, e minha cabeça lenta está com dificuldade de acompanhar.

Ele é só um cara. Um cara normal, digo a mim mesma. Não tem nada de especial.

— Faz tempo que não transo com ninguém — murmuro, quando minha respiração começa a normalizar. — Tenho andado muito estressada. Meu corpo estava precisando muito relaxar.

Três dedos compridos se flexionam dentro de mim.

— Se pensar assim vai te fazer se sentir melhor, princesa, fica à vontade.

Sua voz tem um tom de presunção, mas o cara acabou de me levar ao orgasmo com os dedos (o que nunca acontece comigo), então acho que não posso culpá-lo. Ele retira os dedos, arrastando as pontas em minhas terminações nervosas sensíveis, o que provoca outro tremor involuntário em mim.

Beto ergue a mão entre nós, e, mesmo na cabine escura da caminhonete, seus dedos brilham com a umidade. Não estou preparada para o choque de excitação que me atinge quando ele os leva à boca.

Engulo em seco.

Com um puxão rápido da alavanca, o encosto do seu banco baixa por completo. Beto se deita e me chama de novo.

— Vem aqui e senta na minha cara. Preciso de mais do que isso.

Ai. Meu. Deus. Quem é esse cara?

Talvez eu não devesse levantar a saia até a cintura e obedecer, mas é o que faço. É como se ele tivesse lançado um feitiço em mim, e eu não fosse capaz de contrariá-lo.

— Se segura — avisa, com a voz rouca — porque vou fazer você gozar de novo.

— Você é tão arrogante.

— Não. Sou seguro. E você também. Agora senta aqui com essa boceta gostosa.

Ai, minha nossa. Sexo com Beto é mais safado e sensual do que imaginei. Não achei que seria assim, mas os quietinhos costuma ter essa fama, né?

Estou gostando, quase demais.

Me abaixo sobre seu rosto e sinto a respiração quente na minha pele.

— Delícia — é a última coisa que ele diz antes de a sua boca me tocar.

Beto não usa só a língua. Usa os lábios, e com os dentes arranha o clitóris hipersensível. Com uma das mãos segura meu quadril e usa a outra para enfiar o dedo em mim. E a língua? Me lambe demoradamente, acariciando, e até preciso abafar os gritos com a mão. Então ele me abre com dois dedos e mantém assim para me penetrar com força com a língua.

Ele tinha razão — preciso me segurar. Agarro as laterais do assento e me entrego. Ele me leva direto para a beira do precipício e me atira lá de cima.

Ainda estou tremendo pelo segundo orgasmo da noite quando Beto me ergue do seu rosto e me põe no colo. De alguma forma, o pau dele já está fora da calça jeans. Levo a mão até ele e o seguro.

— Espera — grita, mas é tarde demais.

Mordo o lábio conforme a cabeça larga me penetra devagar. Ávida, faço força para baixo, querendo que ele me preencha. Suas mãos seguram meu quadril, e solto um suspiro de satisfação antecipada, apenas para gritar de decepção quando ele me levanta de novo.

A Conquista | BETRIZ Where stories live. Discover now