— Isso nunca vai acontecer.
— Nunca diga nunca. Assim fica mais fácil mudar de ideia. Mais elegante.
Suas palavras soam levemente abafadas, pois ele enterrou o rosto entre os meus seios. Com a mão calejada, puxa minha camisa para baixo, então ouço um grunhido de frustração, pois o decote não cede o suficiente para dar acesso ao que ele quer.
Ainda bem que estamos no mesmo clima. Levo a mão à barra da camisa e a tiro, e sua boca envolve o meu mamilo antes que eu consiga abrir o sutiã. Quando alcanço o fecho em minhas costas, as mãos dele afastam as minhas.
Rio de sua urgência, mas o som morre em minha garganta quando ele envolve um seio nu com a palma da mão. Arqueio as costas diante da carícia bruta. Ai, nossa, faz muito, muito tempo. Enquanto Beto se ocupa em chupar um dos mamilos enrugados, seus dedos apertam e provocam o outro.
Ele é bom nisso. Sabe a intensidade com que chupar, a força com que deve morder, a suavidade do beijo, e, apesar do volume na calça, age como se pudesse fazer isso a noite toda.
Esfrego a parte inferior do corpo sobre seu membro, puxando a saia para senti-lo de verdade. Quero esse homem, droga. Quero esse corpo nu se esfregando contra o meu. Quero Beto dentro de mim.
Quero tudo.
Procuro a barra da sua camiseta. Ele não oferece qualquer assistência, porque está ocupado demais com meus seios agora. Encontro a bainha e puxo com força. Só então Beto se afasta de mim, e o ar frio na caminhonete faz com que meus mamilos se contraiam ainda mais.
— Não preciso de mais preliminares — digo, tirando a camiseta dele pela cabeça.
Minha nossa, que músculos. Muitos e muitos músculos lisos e definidos deslizando sob minhas mãos. Como não amar atletas?
Ele enfia a mão na minha saia.
— Tudo bem se eu fizer isso?
Não tem nada de gracioso no jeito como seus dedos afastam minha calcinha, e, sem qualquer aviso prévio, ele enfia dois deles dentro de mim. É tão erótico e devasso.
Inspiro fundo por entre os dentes.
— Gosta disso, é? — murmura.
— Um pouco — minto, e, na mesma hora, ele me pune, retirando os dedos. — Tá bom. Gosto sim.
Ele tira os dedos de novo, agora molhados, e os utiliza para esfregar de leve meu clitóris. Meu corpo inteiro se contorce e implora por mais.
— Só gosta, é? — provoca.
Acabo cedendo.
— Adoro. É uma delícia.
— Eu sei. — Ele parece convencido. — Odeio dizer isso, Beatriz. Mas você cometeu um grande erro.
— O quê? Por quê?
Seus dedos puxam minha calcinha com força, o tecido cortando meus lábios inchados.
— Porque você nunca mais vai querer ninguém. Peço desculpas de antemão.
Ele então afasta o tecido para o lado e enfia três dedos. A safadeza explícita do ato é um choque e tanto. Sinto aquilo — ele — em todos os lugares. Até as pontas dos dedos do pé. Uma onda de excitação me invade. Puta merda, ele está me fazendo gozar. Será que isso é possível?
Encaro-o, boquiaberta, e ele sorri de volta, os dentes brancos, a pele branca, alva, a barba, plenamente consciente de que está me deixando louca. Seus dedos se movem de novo, dois deles esfregando aquele ponto que quase ninguém além de mim é capaz de encontrar.
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A Conquista | BETRIZ
FanfictionDe todos os jogadores do time de Hóquei da universidade de Briar, Beto Sobral se destaca por ser o mais sensato, gentil e amável. Diferente de seus amigos mulherengos, ele sonha mesmo é com uma vida tranquila: esposa, filhos e, quem sabe um dia, abr...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏03. beatriz ⋆✴︎˚。⋆
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