Capítulo 53

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A campainha tocava insistentemente, eu escutava lá do meu escritório. Era sábado, não estava trabalhando, tirei esse final de semana para ler meus romances.

Sim, romances.

Desenvolvi o hábito de ler por Axel, assim como aprendi a gostar do basquete. Não sei, acho que devido ao fato de eu sentir falta dele que quando lia era como se estivesse com ele ao meu lado, mesmo que não conseguisse perdoar ele, eu ainda o amava e sentia saudades.

Me levantei irritada para abrir a porta, não é possível que não tenha ninguém para fazer isso. Abri a porta com o maior desinteresse e raiva por terem me tirado da minha leitura, mas quando olhei para quem estava diante de mim toda aquela raiva foi embora.

Ele estava ali, o motivo das minhas noites sem sono, dos meus livros de romance e de passar noites assistindo a jogos de basquete.

ㅡ O que faz aqui?. ㅡ Fingi estabilidade, nunca que eu ia demonstrar que minhas pernas fraquejaram só de olhar nos seus lindos olhos.

ㅡ Vim ver você, Cooper. ㅡ Axel olhava nos meus olhos, mas logo desceu seu olhar para a minha boca e em seguida para meu corpo, vi a cor dos seus olhos ficarem mais escuras, só aí lembrei que estava apenas de shorts e uma blusa de alça, só que o shorts era bem curto, era o que eu costumava ficar em casa, no meu escritório sem ser perturbada por ninguém. Percebi que Axel ainda me olhava e um sorriso brotou no meu rosto, seria porque os olhos dele revelavam... desejo?

Mas, com seu intenso olhar comecei a ficar com vergonha e minhas bochechas começaram a ficar quentes, foi então que tomei uma iniciativa: puxei sua mão e ele veio para dentro de casa, parecendo se assustar um pouco.

ㅡ Meus olhos são aqui em cima, Axel.
ㅡ Lhe olhei com um sorriso tentando disfarçar minha vergonha, mas ele parecia ainda estar em transe. ㅡ Axel?
ㅡ Estalei os dedos na frente dele que foi quando ele piscou duas vezes e me olhou.

ㅡ Desculpa, eu estava distraído. ㅡ Ele balançou a cabeça devagar e de forma negativa e se sentou no sofá da minha mãe, depois olhou para mim como quem não queria nada.

ㅡ O que quer aqui, Axel? ㅡ Me escorei no outro sofá.

ㅡ Vim passar o dia com você, sua mãe disse que não ia ficar ninguém na casa e que não era bom você ficar só e me pediu para te fazer companhia. ㅡ Falou simplesmente como se fosse o que ele faz todos os finais de semana.

Eu, por outro lado, estava em choque. Como minha mãe e minha avó não me avisou que sairíam? E a Lívia? Na verdade, Lívia está bem estranha esses dias, preciso conversar com ela sobre. Inconformada, saí da sala e fui até a cozinha ver se realmente não tinha ninguém em casa, e realmente não tinha, voltei para a sala onde Axel já tinha ligado a televisão.

ㅡ Eai, viu que não tem ninguém mesmo? ㅡ Falou sem ao menos me olhar.

ㅡ Você não tem o que fazer? sua namorada não vai ficar brava de você ter vindo pra cá? ㅡ Perguntei sem pensar a última coisa mas só me toquei disso depois, quando ele me olhou com um sorrisinho convencido, aquele que eu tanto odiava.

ㅡ Ciúmes, amor? ㅡ Estreitei os olhos pela sua pouca vergonha de me chamar de amor, por outro lado, senti algo familiar no meu estômago.

ㅡ Nem que você fosse o único homem existente.  ㅡ Eita como mente, me virei a tempo de ver ele sorrir mais um vez e fui logo para o meu escritório, me sentei na minha poltrona com meu livro em mãos e observei Axel entrar, ele logo viu a estante de livro de romances que tinha ali, pareceu surpreso e começou a analisar cada um deles.

ㅡ Uau, Cooper, não sabia que você tinha começado a gostar de ler. ㅡ Eu comecei por você, seu idiota.

ㅡ Comecei recentemente. ㅡ 2 anos.

Ele se virou para mim parecendo estar pensado em algo, o que eu desejei muito saber o que era. Axel se aproximou mais de mim com algo diferente nos olhos, o mesmo de quando estava na porta. Ele apoiou suas mãos no braço da poltrona e aproximou o seu rosto do meu devagar, e cada vez que ele se aproximava parecia que estava se controlando.

Porque não me beija logo?

Foi quando ele intercalou seu olhar entre meus olhos e minha boca, depois de analisar todo o meu rosto, fazendo eu sentir calor e com certeza eu estava igual a um pimentão. Minha respiração estava começando a ficar desregular e naquele momento deixei de ter razão e só queria que ele me beijasse, mas ele parecia hesitar tanto.

Axel olhou para baixo e observou o livro que eu estava lendo.

ㅡ A hipótese do amor? ㅡ riu, mas eu ainda podia sentir sua respiração no meu rosto e o seu perfume forte, comecei então a analisar as tatuagens dele, as quais Justin disse que a maioria eram em minha homenagem. Uma era a minha data de aniversário, outra era o desenho da minha flor favorita, no seu ante braço tinha um S bem pequeno e bonito.

ㅡ Gostou? ㅡ Ergui meu olhar para ele que que tinha um sorriso irônico no rosto.

Não me aguentei, não consegui.

Na verdade, acho que não estava mais nem em mim quando puxei a nuca de Axel para mais perto e o beijei com toda vontade e saudade que tinha em meu peito.

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⏰ Last updated: May 16 ⏰

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