Capítulo 33

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ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO NÃO CONDIZ TOTALMENTE COM A REALIDADE. BEIJOS DE LUZ, BOA LEITURA. ❤️

ㅡ Podem se sentar. ㅡ Nos sentamos assim que o juiz mandou. ㅡ Vamos começar com a advogada de defesa do senhor Jefrey Lins, senhorita Karen Murphy com a palavra. ㅡ A loira se levantou e ficou na frente do júri, seu ar de soberba revirou o meu estômago, ela olhava para Lizzy como se Jefrey já tivesse ganho a causa.

ㅡ Meritíssimo. ㅡ Ela começou.
ㅡ Recentemente o meu cliente, Jefrey, foi acusado pela sua ex esposa de maus tratos contra a sua filha, Maya, a qual ele criou com a ajuda de sua mãe que faleceu a dois anos. ㅡ Jefrey sorriu vitorioso enquanto ela falava. ㅡ O senhor Lins, um homem de bem, bastante conhecido aqui em Boston por conta de suas empresas bem sucedidas, é óbvio que ele jamais maltrataria sua única herdeira. ㅡ A vontade que eu tinha de pedir Protesto era enorme, mas não podia, prefiro deixar para outra hora. ㅡ Ao contrário de Jefrey, Lizzy sim maltratava sua filha, odiava a menina, tanto que a deixou e foi embora sem nenhum remorso. ㅡ Aí já foi demais.

ㅡ Protesto. ㅡ Me levantei rapidamente torcendo para que o juiz concedesse. Ele balançou a cabeça indicando que eu poderia prosseguir. ㅡ A advogada de defesa está acusando falsamente a minha cliente.

ㅡ Protesto concedido. ㅡ Juiz bateu o martelo. ㅡ Tem provas, senhorita Murphy? ㅡ Karen de branca passou a ficar vermelha igual a um pimentão.

ㅡ É claro, senhor juiz, meu cliente é a prova disso. ㅡ Achei fraca demais, nunca devemos ter como prova apenas a palavra do cliente. ㅡ Além do mais todos conhecem a sua boa índole, é só perguntar por aí, inclusive aos seus empregados que trabalham para ele em casa. ㅡ O juiz balançou a cabeça positivamente, mas ainda sim parecia desconfiado. Karen continuou enrolando até que desse seu tempo de fala, ou até que o juiz se enchesse dela.

ㅡ Com a palavra, a advogada de acusação, senhorita Sofia Cooper. ㅡ Me levantei e fui para a frente do júri, mas antes apertei a mão de Lizzy e Sorri vagamente para ela, eu ia fazer o possível e o impossível para ganhar esse caso, por ela e pela sua filha.

ㅡ Meritíssimo. ㅡ Ele acenou com a cabeça e eu prossegui. ㅡ A advogada de defesa já introduziu o caso, então creio que não preciso falar como tudo ocorreu. Porém, a advogada ocultou a verdade ao dizer que Maya Lins não sofreu nenhum maltrato dentro de sua residência, pois ela sofreu sim.

ㅡ Protesto. ㅡ Karen se levantou e eu encarei ela e Jefrey, ele parecia que queria me fuzilar com os olhos, a raiva estava estampada no seu rosto. Totalmente diferente do homem que entrevistei um mês atrás, sabia que era só uma farsa. ㅡ A advogada está blefando e prejudicando a imagem moral do meu cliente.

ㅡ Protesto concedido. Tem provas, senhorita Cooper? ㅡ Eu sorri, por saber que não tinha apenas o depoimento da minha cliente como prova.

ㅡ É claro, senhor juiz. ㅡ Sorri. ㅡ Com uma autorização judicial para me aproximar de Maya Lins, na tarde de quarta-feira da semana passada, fui até a escola da adolescente conversar com ela, e Maya confirmou que sofreu sim maus-tratos vindos do seu pai. Tenho em mãos o áudio da moça. ㅡ Meu celular já estava no gravador, então apenas cliquei no botão vermelho para que o áudio rodasse, e quando começou, os componentes do júri ficaram perplexos, e Lizzy começou a chorar por escutar o que sua filha passava.
ㅡ Conclui-se que o senhor Lins não pode mais ter a guarda de sua filha por seu comportamento agressivo e abusador.

ㅡ PROTESTO. ㅡ Karen bateu forte na mesa. ㅡ Ela pode muito bem ter induzido Maya a falar isso, já que ela quer ficar com a mãe.

ㅡ Protesto concedido. Senhorita Cooper, o que tem a dizer sobre isso?

ㅡ Eu já previa que a advogada faria esse questionamento. E eu devolvo a pergunta, porque acha que Maya quer ficar com a mãe que supostamente a abandonou sem dó nem piedade ao invés de ficar com o pai exemplar que cuidou dela? ㅡ Me aproximei de Karen. ㅡ O que me diz? Nada, não é mesmo?! Por que é tudo mentira, Meritíssimo.
ㅡ Me virei para o juiz. ㅡ Jefrey forçou Lizzy abandonar a filha, caso contrário ele faria a vida da menina um inferno. Deu a ela uma quantia em dinheiro para que sumisse, ameaçou ela, usou sua própria filha para isso. É só olhar a movimentação da conta de Lizzy desde que foi embora de casa.

ㅡ PROTESTO. ㅡ Jefrey furioso ficou de pé, coitado.

ㅡ Protesto negado. ㅡ O juiz respondeu na lata. ㅡ O acusado não foi autorizado a falar. ㅡ Jefrey se sentou novamente, transbordando raiva. ㅡ Pode continuar, advogada.

ㅡ Do que mesmo a sua mãe morreu? Jeffrey?

ㅡ ... Infarto. ㅡ Observei sua expressão e no quanto ele demorou para responder e ficou nervoso.

ㅡ É certo que uma pessoa com 56 anos de idade pode morrer de infarto, porém. ㅡ Fui atrás dos exames feitos na senhora Eva Lins, a dois anos. Foi detectado no último exame antes da senhora morrer, que havia uma substância no seu corpo, a qual estava fazendo seu coração acelerar e assim causou o infarto do miocárdio. ㅡ Levei um dos papéis que tinha na minha mão e entreguei ao juiz que começou a analisar. ㅡ Fui atrás de informações sobre essa substância, e é nada mais nada menos que uma variante do veneno asp, por isso que ela não teve uma morte agonizante. ㅡ Entreguei os papeis que comprovavam isso para o juíz.

ㅡ PROTESTO. ㅡ Karen se levantou. ㅡ Cooper está fazendo acusações falsas contra meu cliente, quem pode provar que foi ele quem envenenou dona Eva?

ㅡ Simples, câmera de segurança. ㅡ Sorri para ela. ㅡ Como sabemos, Jeffrey é um homem muito influente e há riscos de sua casa ser invadida, mesmo tendo uma segurança muito alta. Então, com uma autorização judicial, entrei no sistema de segurança de sua casa.

ㅡ PROTESTO. ㅡ Karen se levantou novamente.

ㅡ PROTESTO NEGADO. ㅡ O juiz alterou sua voz, já estava irritado com Karen. ㅡ Prossiga, advogada.

Peguei meu celular e compartilhei a tela no telão que tinha atrás do Juiz.

ㅡ Vejam nessas imagens que Jeffrey sempre almoçava em sua casa, e sempre se sentava antes de todo mundo. ㅡ Dei um zoom na imagem. ㅡ Olhem como ele tira um frasco do bolso e coloca na comida de sua mãe. E isso ocorre todos os dias. ㅡ Fui passando os vídeos em duas alternados e encerrei o compartilhamento assim que vi que já tinha provado tudo. ㅡ Então, fica provado que Maya não tem segurança perto de Jeffrey, mas sim perto de sua mãe, Lizzy.

ㅡ Pode se sentar, advogada. ㅡ Obedeci o juiz e sentei ao lado de Lizzy, olhei para Justin que já me olhava, ele parecia orgulhoso.

Acho que Axel, com toda a sua implicância, também ficaria.

Droga... Tenho que parar de pensar nele.

Passaram alguns minutos e o juiz levantou, nós levantamos também.

ㅡ Seguindo os passos da audiência, o resultado será divulgado amanhã, nesta mesma sala. ㅡ Ele se retirou e nós também saímos.

ㅡ Obrigada por tudo o que está fazendo por nós. ㅡ Lizzy sorriu e eu sorri de volta, era gratificante demais receber isso das pessoas, valia mais do que o dinheiro alto que o Jeffrey pagaria.

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