Sofia Cooper, uma advogada renomada no Brasil com tão pouco tempo de carreira e ainda tendo apenas 25 anos. Fria, calculista, cheia de traumas por não conhecer nada do seu passado e ter crescido em um orfanato que a fez sofrer muito, mas agora reso...
Abri meus olhos lentamente encontrando um ambiente branco com alguns tons de azul. Minha vista estava um pouco embaçada, percorri o ambiente com os meus olhos e notei Axel sentado em uma poltrona perto da porta do que me parecia ser um quarto de hospital. Ele pareceu notar que eu havia acordado um pouco confusa, foi então que se levantou e veio para perto da minha cama.
ㅡ Bom dia, bela adormecida. ㅡ Ele tinha um sorriso completamente debochado em seu rosto, nem em momentos sérios ele deixava de implicar comigo.
ㅡ Porque estou aqui? onde está a Lívia? ㅡ Só me lembro de chegar no meu quarto e da Lívia gritando atrás de mim, de resto não lembro de mais nada.
ㅡ Lívia acabou de sair para fazer um curativo, vocês estão aqui por que levaram uma pancada na cabeça ontem a noite enquanto entravam no seu quarto. Lívia ficou desacordada por alguns minutos mas assim que acordou viu que você estava desmaiada com a parte de trás da cabeça sangrando muito, ela achou que você tivesse morrido. ㅡ Toquei a parte de trás da minha cabeça sentindo um curativo grande sobre ela. ㅡ Ela me ligou e eu fui pra lá ajudar vocês junto com uma ambulância. Daí estamos aqui, você sofreu uma pequena lesão na cabeça, mas acho que isso não vai fazer você ficar mais mal educada do que já é.
ㅡ Você não perde tempo, né? ㅡ Revirei os olhos, tinha uma resposta na ponta da língua para ele, mas minha cabeça estava doendo demais para argumentar, parecia que eu tinha bebido a noite toda e um caminhão tivesse passado por cima de mim.
ㅡ O seu namorado também estava aqui. ㅡ Deu de ombros e pegou a poltrona que estava sentado e colocou-a no lado da minha cama.
ㅡ Do que você está falando?
ㅡ Do seu namorado dono da Conway. ㅡ No seu tom de voz tinha uma coisa estranha, algo que eu não sabia identificar.
ㅡ O Justin? ㅡ Fiz uma careta percebendo que era uma idiotice o que Axel estava falando.
ㅡ Não, o presidente dos Estados Unidos. ㅡ Revirei os olhos assim que o escutei.
ㅡ Ele não é meu namorado.
ㅡ Não parece.
ㅡ Porque diz isso?
ㅡ Porque as vezes vocês se olham de um jeito estranho, com mais... amor. ㅡ Mais uma vez o seu tom de voz foi estranho, as vezes ele parecia incomodado de falar isso. Comecei a rir porque o que ele acabou de falar não tinha cabimento.
ㅡ Você é tão idiota. ㅡ Parei de rir porque minha cabeça estava doendo. ㅡ O amor não existe, Baker.
ㅡ Você fala isso porque a única pessoa que esse teu coração de pedra já chegou a amar, talvez, apenas TALVEZ, seja a Lívia que é como uma irmã para você. Na verdade eu nem acho que você tenha a capacidade de amar alguém.
ㅡ Idem.
ㅡ O que? Acha que eu sou assim?
ㅡ Não acho, tenho certeza. ㅡ Dei de ombros olhando para qualquer lugar, menos para ele.
ㅡ Não é porque eu ajo de forma fria com as pessoas e não levo papo com ninguém que isso quer dizer que eu não amo as pessoas ao meu redor, não sou como você, miniatura de mulher.
ㅡ É por isso que eu te odeio.
ㅡ Eu também te odeio, mal educada. ㅡ Revirei os olhos fechando a cara, não podia discutir com ele por causa da enorme dor de cabeça que estava sentindo.
A porta do quarto se abriu e Lívia entrou por ela com uma caixa de Donuts em mãos. Seus olhos me encontraram e ela quase deixou a caixa cair para vir até mim.
Ela me abraçou tão forte que já estava quase ficando com falta de ar. ㅡ Achei que você fosse me deixar, minha irmã. ㅡ Lívia me soltou com um enorme sorriso nos lábios.
ㅡ Ainda falta muito para eu deixar você, minha amiga. ㅡ Sorri para ela.
ㅡ Até porque vaso ruim não quebra fácil. ㅡ Axel falou entre dentes mas eu e Lívia conseguimos escutar, ela começou a rir mas eu só conseguia fuzilar ele com os olhos. Não podia perder meu réu primário ainda.
[...]
O médico me deu alta e dois dias de atestado, nós fomos direto para casa. Devo ressaltar que fomos no carro do Axel, ele não me deixou tocar no meu carro ainda. Nós paramos em frente ao prédio, eu e Lívia seguimos para nosso apartamento. Mas, assim que chegamos na porta do mesmo vi que Axel estava vindo junto com a gente, e com malas.
ㅡ O que está fazendo aqui com essas malas? ㅡ Cruzei meus braços o encarando, ele me imitou fazendo o mesmo que eu.
ㅡ Vou morar aqui com vocês a partir de hoje, miniatura de mulher.
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